RESENHA: ENDGAME - O CHAMADO - James Frey & Nils Johnson-Shelton (Ed. Intrínseca)

Boa tarde, pessoal!

Esta semana só teremos resenhas de livros fantásticos! E hoje vou falar de uma leitura que me deixou CHO-CA-DA, tanto pelo enredo maravilhoso, quanto pelo desenrolar surpreendente, estou falando de ENDGAME: O CHAMADO dos autores JAMES FREY & NILS JOHNSON-SHELTON, lançado pela INTRÍNSECA.

ENDGAME: O CHAMADO (vol.1)

JAMES FREY & NILS JOHNSON-SHELTON

Série: Endgame

Editora: INTRÍNSECA              

Ano: 2014                  

Nº págs: 504

Gênero: Distopia

SINOPSE: A história começa há doze mil anos, quando seres poderosos desceram do céu entre fumaça e fogo e criaram a humanidade, deixando-nos regras segundo as quais viver. Precisavam de ouro, e, para extraí-lo, instalaram aqui as doze linhagens que deram origem às nossas antigas civilizações. Quando conseguiram o que queriam, foram embora. Mas avisaram que um dia retornariam e que, quando isso acontecesse, seria para o Jogo. O Jogo que determinaria nosso futuro. Os Jogadores terão que achar três chaves, que estão espalhadas pelo planeta. Quem achá-las primeiro ganha. Endgame: O Chamado acompanha a busca dos doze Jogadores pela primeira chave. Terra. Agora. Hoje. Amanhã. O Endgame é real e vai começar. O futuro ainda não está escrito. O que tiver que ser será. Doze jogadores. Jovens, mas pertencentes a linhagens ancestrais. Das quais descende toda a humanidade. Linhagens escolhidas milênios atrás. E que vêm se preparando desde então. Eles não têm poderes sobrenaturais. Não podem voar, não transforma chumbo em ouro nem curam a si mesmos. Quando a morte chega, eles morrem. Eles e todos nós. São os herdeiros da Terra, e cabe a eles resolver o Grande Mistério da Salvação. Um deles precisará conseguir fazer isso, ou todos estaremos perdidos. Leia o livro. Encontre as pistas. Decifre o enigma. Só um pode ganhar. O Endgame é real e vai começar.

Que estamos vivendo um ponto alto na literatura distópica ninguém duvida, mas o que me impressiona é como os autores conseguem apresentar tantas coisas diferentes envolvendo o gênero. ENDGAME já me ganhou logo nas primeiras páginas, pois o enredo é narrado de forma bastante dinâmica, o que torna a leitura extremamente rápida, interessante e impossível de largar.

Uma coisa que me incomodou no início da leitura, mas que depois acabei me acostumando, foi o alinhamento do texto, que não é justificado. A princípio, causou-me uma estranheza ENORME, mas depois acabei por achar que a formatação tinha tudo a ver com a história foi contada.

Em ENDGAME temos 12 jovens que são treinados para salvar o mundo, mas não todas as pessoas que vivem nele. Cada um dos 12 só poderá salvar sua própria linhagem, ou seja, tanto os outros 11 participantes, como seus descendentes serão eliminados. O mote pode até parecer uma distopia clichê, mas é justamente nisso que os autores souberam apontar um diferencial, enquanto na imensa maioria dos livros do gênero temos o fim do mundo como o conhecemos devido ao governo, em ENDGAME temos a presença de alienígenas! Yes! ETs!!! <3. Foram eles os responsáveis pelo povoamento da terra e são eles os responsáveis por querer acabar com tudo, por motivos que vocês terão que ler para entender, mas que nos leva a refletir bastante sobre os aspectos levantados.

Para vencer a batalha, os personagens vão passando por pontos históricos e nos inserindo um pouco de conhecimento sobre os locais pelos quais passam e os objetos que encontram. Nesse quesito, fiquei impressionadíssima com os autores, que foram mesclando monumentos “pouco” conhecidos pela humanidade, inserindo objetos que se encaixavam neles, etc. Foi gratificante e impressionante ler tais passagens.

Quanto aos personagens, posso afirmar que foi delicioso acompanhá-los, isso porque o livro é contado através da perspectiva de cada um deles, tento várias divisões exatamente por isso. Não vou negar que temos alguns personagens desmiolados, outros violentos, e alguns até medonhos, mas todos eles, não importa o desvio de caráter que possua, têm algo de interessante a acrescentar. Contudo, como é de praxe em livros com muitos personagens, sempre tem um que se sobressai e acaba chamando mais atenção, e nesse caso foi Sarah, uma garota que me conquistou no início por ser amável e fofa, mas que assim que foi para o ENDGAME me surpreendeu com algumas atitudes. Na verdade, as mudanças de Sarah me deixaram tanto boquiaberta como desgostosa em relação a ela. Se no começo a garota ganhou minha simpatia, com o passar das páginas passei a achá-la meio sacaninha em relação a um aspecto e já não me senti tão conectada assim a personagem, tendo até um pouco de raiva dela em alguns momentos.

O desfecho desse primeiro volume me surpreendeu bastante, ainda mais por ter sido permeado por morte e violência. Algumas passagens me deixaram completamente angustiada e descrente do que havia ocorrido. Claro que depois acabei aceitando, compreendendo e até achei acertadas as decisões tomadas, nem por isso deixei de ficar meio embasbacada no momento em que ocorreram, pois, mesmo sendo uma distopia, mesmo sabendo que coisas ruins iriam acontecer, não imaginei que seriam assim, logo de cara no primeiro livro. Foi meio brutal, mas brilhante. 

Adorei ENDGAME com todas as minhas forças e mal posso esperar para ler a continuação, que espero que não demore, pois a curiosidade está enorme. Quem gosta de distopia, pode ter certeza de que esse livro vai conquistar o coração. LEIAM!

Posted in: Distopia,Intrínseca,Resenha