Olá, pessoal!
Hoje vou falar sobre O MORCEGO do
JO NESBO, lançado pela editora RECORD.
JO NESBO
Ano: 2016
Nº págs: 350
Gênero: Policial, Suspense, Thriller
SINOPSE: Do submundo de Sydney às lendas aborígines, Jo Nesbø conduz o leitor por
uma trama violenta e eletrizante, no primeiro grande caso de Harry Hole. O
corpo de uma jovem norueguesa é encontrado em um rochedo no fundo de um
penhasco. O caso intriga a polícia: a vítima apresenta sinais de
estrangulamento e suspeita-se de violência sexual, mas não há qualquer vestígio
de DNA ou impressão digital do criminoso. Para colaborar com as investigações,
a Divisão de Homicídios da Noruega envia o inspetor Harry Hole à cidade. Junto
com o policial Andrew Kensington, Harry se depara com um caso mais complexo do
que imagina: o que inicialmente parecia ser um crime isolado é apenas mais um
em uma série de assassinatos cometidos por todo o país, sem qualquer relação
aparente entre si. Um serial killer está à solta na cidade e, para Harry, a
caçada começou.
Quem acompanha o blog sabe o quanto gosto do NESBO, mas confesso quase ter tido uma síncope quando a RECORD anunciou o lançamento de O MORCEGO, não, não foi por ser um novo
livro do autor, e sim por ser O PRIMEIRO CASO do detetive HARRY HOLE! Galera,
eu ADORO o Hole e fiquei em êxtase ao saber que esse era seu primeiro caso.
Confesso, apesar de a premissa policial ser fantástica, intrigante e
fabulosa, minha atenção estava na vida de Hole, afinal, em todos os demais
volumes fala-se muito sobre o alcoolismo do protagonista, até torrando o saco
do leitor em alguns momentos de tanto que isso é repetido, mas ter acesso de
como se deu esse seu vício... OMG! Foi fabuloso! Sim, dei mais atenção a vida
pessoal do protagonista que a sua investigação, afinal, como detetive sei que
ele é grandioso, inteligente e sempre dá “pitacos” certos, ou quase certos no
caso desse livro, mas conhecer o protagonista em seu começo, em suas angústias,
em todo seu sofrimento e motivos para sua derrocada, para mim não teve preço.
Foi como conhecer o passado da vida de alguém que há muito faz parte da minha
mas que relutava em revelar seus segredos mais profundos.
Ao tomar conhecimento do passado de Harry, lembrei-me de alguns momentos
em que me senti meio de saco cheio com a repetição de NESBO ao falar do alcoolismo do personagem e me senti até mal
comigo mesma, afinal, ele tem motivo para se sentir péssimo. O engraçado é que
mesmo agora, tendo conhecimento desse seu passado e de sua culpa, ainda
continuo amando o personagem e o considerando um dos maiores exemplos de bons
investigadores da literatura policial. Harry ganhou minha adoração e sinto que
é tarde demais para mudar isso.
Claro, não vou deixar vocês às cegas em relação aos crimes, que são muito
bem elaborados e até medonhos. Durante muitas páginas apostei em um determinado
personagem, suspeitei e desconfiei dele, mas, mais que isso, DESEJEI que ele
fosse o culpado, apenas por ser uma coisa meio Freud explica. Porém, quando se
revelou o verdadeiro culpado, fiquei meio atônita, pois em momento algum havia
desconfiado! E sabem aquela coisa que eu digo que detesto em livros policiais?
Aquilo de o autor nos conduzir a um caminho durante todo o livro e depois
arrumar uma “desculpa” mirabolante para por a culpa em outro só para não
permitir que o leitor não adivinhe? Pois é, não foi o caso aqui, NESBO dá pistas do assassino sim, porém
meu foco estava tão grande em outro personagem que sequer pensei na
possibilidade de suspeitar de mais alguém. Para quem for ler, e gostar de
bancar o detetive, uma dica: mantenha a mente aberta quanto ao assassino, não
pré-julgue e não deseje que seja uma coisa determinada, dessa forma, sua
brincadeira de tentar ser Harry Hole surtirá mais efeito e o culpado se
revelará.
Quem nunca leu nada do NESBO,
essa é a chance de conhecer e começar pelo início de tudo. Leiam, conheçam, e se tornem fãs, tanto quanto eu! NESBO é vida! <3
