E só para deixar
vocês mais cansados hoje, olha eu aqui de novo *_*
Agora sim, essa é
a última resenha da Semana Especial NOVO
CONCEITO, que acabou acumulando praticamente tudo para um dia. Vocês devem
estar achando estranho que até agora, praticamente, só postei resenhas de livros
da editora que não me agradaram, acontece que esses foram os que justamente
acabaram ficando para trás. Obviamente, os que gosto falo logo, afinal, fico em
uma empolgação enorme de contar para vocês o que senti durante a leitura, esses
que não me agradam vou deixando para momentos como esse, em que preciso de
resenhas e estou sem tempo para ler. Vou encerrar falando de VINTE GAROTOS NO VERÃO, da SARAH OCKLER, que li em abril desse
ano, mas saibam que ainda tenho resenhas antigas guardadas aqui, qualquer dia
desses elas vão ao ar, rs.
SARAH OCKLER
Editora: NOVO CONCEITO
Nº págs: 288
Gênero: Romance, Drama
SINOPSE: Quando
alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem
saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que
vocêaprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se
perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por
sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para
esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você
jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico
de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se
perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas
férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando
que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.
Desde antes da
Bienal do ano passado já tinha ouvido falar desse livro e estava louca para
ler. Foram tantos blogueiros falando dele e ansiosos pela leitura, que,
obviamente, também fiquei. Quando os livros de abril chegaram, já coloquei VINTE GAROTOS NO VERÃO no topo das
futuras leituras, queria muito conferir esse livro que todo mundo dizia ser uma
belíssima história de amor e morte, e já estava preparada com os lenços,
afinal, amor e morte de certo me fariam chorar, mas não, simplesmente achei o
livro detestável ¬¬
O começo até me
atraiu. Gostei de acompanhar o relacionamento da Anna (a protagonista e
narradora), Frankie (sua melhor amiga) e Matt (irmão de Frankie e melhor amigo
de Anna). Como desde a sinopse sabemos que o livro vai falar de amor e morte,
já fica óbvio o que vai acontecer, mas, ainda assim, mesmo com todos os
clichês, continuei achando a história interessante, o que mudou completamente
quando as garotas viajaram para praia e vieram com essa idéia de VINTE GAROTOS NO VERÃO (afffffff).
Desse ponto em
diante passei a achar o livro extremamente fútil! Pensei estar diante de um
drama lindo, uma história sobre crescimento e amadurecimento, e de fato isso até
acontece com Anna, mas Frankie é uma personagem tão nojenta e insuportável, que
atrapalhou ver o amadurecimento de Anna depois de ter que lidar com a morte.
Frankie é uma
personagem completamente fútil, que só pensa em cabelo e meninos. O objetivo
dela é fazer com que Anna perca a virgindade na viagem e para isso está
disposta a se esfregar em qualquer um e a jogar a amiga para cima de qualquer
um também. Anna, que é uma boa garota, decide que é hora de deixar o passado
para trás e acaba se deixando influenciar pela amiga.
Nunca li nada tão frívolo
e tão bobo, sério! O pouco de situações legais que encontrei no livro foram
murchadas pela presença da Frankie. Ok, ela tem que lidar com a perda de um
ente querido, mas não acho que querer transformar a amiga em uma pegadora
desvirginada seja o melhor caminho para superar a tragédia.
Foi extremamente
irritante acompanhar a trajetória das duas garotas na praia e ver a
imbecilidade de Frankie em relação a corpo, cabelo, maquiagem, roupa,
comportamento. Ela queria mandar em Anna, queria que a amiga se comportasse
como ela, se importasse com as mesmas babaquices que ela. Acho que nós já
vivemos em um mundo bastante superficial e ligado ao exterior para que eu perca
tempo vendo uma autora explorando isso em uma personagem para justificar a
tristeza da perda sofrida por ela. Além disso, Frankie é retratada como uma
personagem completamente burra, já que erra ao falar até palavras simples e é
sempre corrigida pela amiga, o tipo do estereótipo que odeio ver em mulheres.
Confesso: Anna é
uma graça de menina, a personagem que retrata o sofrimento e o amadurecimento,
mas a presença da insuportável Frankie é tão constante, que acaba por ofuscar
aquilo que Anna tem de bom para mostrar.
Quando achei que a
história não podia piorar, que não havia como achar Frankie mais detestável e
fútil do que já estava achando, ela veio com uma revelação que fez com que eu
ficasse ainda mais p* da vida com o comportamento da garota. Ela, que se dizia
uma grande mulher, uma sábia em relação a certos assuntos, acabou por admitir
que não conhecia nada a respeito da questão e que, pior, havia mentido para Anna. A mentira nem teria sido o problema, até vejo como um direito dela querer
ou não contar vantagem para a amiga, o problema foi ela querer empurrar Anna
para fazer algo que não estava nos planos dela, foi ela ficar influenciando e
pressionando.
Sei que essa
resenha ficou um pouco estranha, mas para contar o que eu realmente achei do
livro e todas as razões pelas quais o considerei péssimo, teria que ir
especificando situações e ir soltando spoilers para poder explicar de onde veio
toda essa abominação em relação ao livro e a personagem.
VINTE GAROTOS NO VERÃO foi uma leitura
extremamente banal, que tirando a tremenda raiva que senti de Frankie, não
acrescentou nada em minha vida, pelo contrário, foi uma total perda de tempo. Não
recomendo!