Oi, gentes.
Vou começar essa semana falando de um livro que estava muito curiosa para
ler, mas que infelizmente acabei abandonando: MATAR ALGUÉM do ROGER
FRANCHINI, lançado pela editora PLANETA.
ROGER FRANCHINI
Editora: PLANETA
Ano: 2014
Nº págs: 368 SEM NOTA/ ABANDONEI
Gênero: Policial,
SINOPSE: Em uma chuvosa madrugada, durante um plantão que se encaminhava para a
total tranquilidade, nas ruas do centro de São Paulo, os policiais e parceiros
Maurício e Rodrigo se deparam com a morte de um fotógrafo. Seria mais um caso
comum assumido pela delegacia de homicídios da maior e mais movimentada cidade
do país, se, em meio às pistas deixadas no apartamento do defunto, não fosse
encontrado um pen drive com a gravação de várias conversas telefônicas do
secretário de Segurança do Estado. Qual a ligação dessa morte com uma série de
assassinatos de policiais militares na periferia da cidade, realizados por
membros do Primeiro Comando da Capital (PCC)? Por que um alto funcionário do
governo estadual estaria se encontrando secretamente com uma jornalista? Qual a
razão de um suposto fotógrafo ter grampeado um secretário de governo? É o que
Matar Alguém, quarto romance policial do advogado e ex-investigador Roger
Franchini, vai revelar em suas páginas recheadas de teorias de conspiração,
violência e sexo.
Fiquei bastante curiosa com a sinopse de MATAR ALGUÉM, mas fiquei ainda mais curiosa para ler depois de ter
visto as outras obras já lançadas pelo autor. ROGER escreveu livros sobre a Von Richthofen, o caso Yoki e mais...
Resolvi que queria conhecer sua narrativa por um livro que misturasse ficção com
realidade, não com um que fosse trazer apenas a verdade nua e crua. Contudo, MATAR ALGUÉM me decepcionou e acabei
abandonando antes de ter lido 1/3 do livro. O motivo: diálogos rasos e
vulgares.
Vocês sabem que leio muitos livros policiais, justamente por isso sou
acostumada com diálogos inteligentes e significativos, mas o que encontrei em MATAR ALGUÉM foi de uma boçalidade
enorme! Os diálogos, além de extremamente rasos, eram de um linguajar vulgar e
depreciativo, mas o pior foi ver a figura estereotipada do policial brasileiro
presente nas páginas. Muita gente pensa que policial brasileiro só sabe falar
palavrão e babaquice, e o autor parece que fez questão de mostrar que é exatamente
assim. Os diálogos foram permeados de palavrões e rudez, mas o pior foi ver
como os policiais falavam das mulheres. Em um dos diálogos, logo no início do
livro, dois policiais estão conversando, um, o padrasto da moça, que também
trabalha na polícia, e o outro, o ex-namorado que ela abandonou. Eis que o
padrasto solta: “Mulher gostosa dá trabalho”. Gente, pasmei! Minha cabeça não
compreende um pai, mesmo que um padrasto, falar em alto e bom tom que a enteada
é gostosa! Peguei nojo do policial na hora! Já conseguia até imaginar o
ordinário assediando a garota quando ela era jovem. Como disse, os diálogos
foram de um mal gosto imenso, a isso soma-se também a fala sobre a bunda da
personagem. Desculpem, mas estou acostuma com um pouco mais de classe por parte
dos autores.
Não nego que a escrita de ROGER
é bastante fluida e que o autor recorre a todos os detalhes possíveis para
deixar o livro verossímil, mas em um livro policial seria necessário não
apresentar um personagem tão nojento como o que foi retratado. Por causa dele,
abandonei a leitura. Acredito que não irei pegar outro livro do autor para
ler. Fiquei chocada com o muito que encontrei, mas principalmente horrorizada
com os diálogos ordinários cheios de insignificâncias. Passei pra frente... Ou
melhor, deixei MATAR ALGUÉM para
trás :S
Fiquei chocada, Mari. A premissa é mesmo ótima, mas diálogos rasos e vulgares? Pior por saber que o autor é advogado e fica usando tais esteriótipos. Realmente é pra passar. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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