Olá, pessoal.
Hoje vim falar de mais uma decepção literária lançada pela NOVO CONCEITO: VERMELHO COMO O SANGUE
da SALLA SIMUKKA.
SALLA SIMUKKA
Editora: NOVO CONCEITO
Ano: 2014
Nº págs: 240 SEM NOTA/ABANDONEI
Gênero: Suspense
SINOPSE: No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível
quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar
no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue. Aos
17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para
trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia
aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas
perfeitos. Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de
sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram
cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e
para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus
negócios. Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre
que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre
também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez
seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.
Vi tanta gente falando sobre esse livro nas redes sociais que estava
morrendo de curiosidade para conferir. Tinha certeza de que a mistura de contos
de fadas com policial seria inovadora e de tirar o fôlego, contudo, até agora
me pergunto: cadê o conto de fadas e o mote policial em VERMELHO COMO O SANGUE?
O que encontrei de conto de fadas foi mínimo e dizer que esse livro é um
suspense policial é praticamente uma piada de mau gosto, de MUITO mau gosto.
Realmente achei que essa seria uma história promissora, mas ao ver a idade da
protagonista já pensei que não seria aquela maravilha toda. Como venho
criticando em muitas de minhas resenhas, não sei o que está acontecendo com os
autores que só sabem apresentar personagens na faixa etária dos 16 aos 20 anos.
Estou pegando uma birra tão grande que penso em incluir em minhas metas para
2015 a abolição total de livros com protagonistas nessa idade. Sério, já deu,
já saturou. Não que essa idade não tenha nada para mostrar, mas ou os autores
optam pelo famoso mimimi adolescente, ou meio que variam das ideias, como foi o
caso de SIMUKKA com sua protagonista
Lumikki, uma garota simples, vinda dos cafundós, mas que de repente se vê em
meio a uma trama “policial” e consegue fugir das mais mirabolantes situações,
como se fosse uma agente superfodástica com anos de treinamento.
Quero deixar claro que não sou contra os livros com protagonistas
adolescentes, vide as distopias, por exemplo, em sua enorme maioria os
personagens são dessa idade, mas são pessoas maduras, que não têm o mimimi, e
conseguem sair das diversas dificuldades porque foram treinadas para esperar as
mais diversas situações, ou, se não foram treinadas, os acontecimentos do mundo
as levaram a ter uma percepção mais complexa da realidade. Mas o que temos
nesse primeiro volume da trilogia BRANCA DE NEVE é uma garota que simplesmente
se torna A FODONA! Ok, já ouvi várias vezes a expressão “quando a água bate na
bunda a gente se vira”, mas em algumas situações apresentadas, até agentes
experientes teriam dificuldade, mas claro que Lumikki não teve problema algum
em resolver tudo ¬¬. Em alguns momentos achei que ela iria se apresentar como
Bond, James Bond.
Sério, quando leio um livro assim, passo a acreditar que o autor me acha
pouco inteligente, simplesmente porque nada parece verossímil, na verdade, nada
parece sequer possível. Talvez se a autora tivesse apresentado personagens menos “sou foda” seria
mais possível de a história ter algum fundamento. Mas é impossível acreditar
que gente tão esperta possa ser tão burra.
Sim, li parte do livro esperando um enredo policial, um thriller com um
suspense bem intenso, e com mortes baseadas nos contos de fadas originais,
talvez por isso minha decepção tenha sido tão gigantesca, pois nesse enredo não
tem ABSOLUTAMENTE nada do que pensei que teria. O lado bom de não ter gostado é
que não terei mais uma série a acompanhar, mas que me sinto meio enganada e
bastante frustrada, não nego. Esse também vai para a listinha de Não Recomendo
:S
Mari, terminei de ler esse livro hoje e tenho que concordar com você em tudo. Não esperava encontrar um livro ótimo, pois já tinha visto os comentários negativos, mas também não esperava me decepcionar mesmo assim. Afinal, eu não esperava que ele fosse bom. Acho que com o penúltimo parágrafo você descreveu de uma forma perfeita o sentimento que tive ao ler esse livro: a autora chamando nós leitores de burros.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
Stolen Nights