Oi, gente!
Hoje vou falar de
um livro fofíssimo da NOVO CONCEITO:
COLIN FISCHER, dos autores MILLER & STENTZ.
MILLER & STENTZ
Editora: NOVO CONCEITO
Nº págs: 176
Gênero: Drama
SINOPSE: Resolvendo
o crime. Uma expressão facial por vez. O ano letivo de Colin Fischer acabou de
começar. Ele tem cartões de memorização com expressões faciais legendadas, um
desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico e um caderno
surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar suas experiências com a
MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver dispara na cantina,
interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas, Colin é o único que
pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não foi Wayne Connelly,
justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma para a escola. Afinal
de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos
de glacê…
Depois que li O Projeto Rosie e Passarinha fiquei louca para ler outros livros que tratavam da
Síndrome de Asperger. Apesar da dificuldade de socialização e empatia dos que
são acometidos pela Síndrome, é sempre gostoso acompanhar os personagens e suas
peculiaridades, principalmente suas genialidades.
Faz pouco, li Um Mundo À Parte, da Jodie Picoult, um livro que fala do
Asperger na figura de Jacob, um protagonista já adolescente e que é fascinado
por mistérios. Quando comecei a ler COLIN
FISCHER fiquei imediatamente encantada, pois percebi que Colin era uma
versão em menor idade de Jacob, afinal, ambos são fascinados por resolver
mistérios.
Fischer é o típico
garoto excluído na escola. Os alunos o acham esquisito e muitas vezes ele sofre
algum tipo de agressão, mas a forma como os autores exploraram essa parte da
história foi bastante interessante, pois não ficamos penalizados. Os autores não tentaram transformar essas situações em um drama,
pelo contrário, a meu ver, exploraram-nas mostrando que Colin era
como qualquer garoto que sofria na escola (e quem nunca sofreu?), mas que
conseguia tirar aquilo de letra.
Quando uma arma
dispara dentro da escola, e um valentão, que por acaso é o agressor de Colin, é
acusado, Fischer desconfia que há algo errado e resolve investigar para
inocentar o rapaz, a partir daí a história segue por rumos inesperados.
Não vou dizer que COLIN FISCHER é um livro policial, ou
algum tipo de suspense, mas também não vou dizer que é um livro mais juvenil ou
coisa do tipo, pelo contrário, após o disparo, a narrativa tornou-se mais densa e o personagem foi passando por lugares nada infantis e conhecendo um tipo de gente nada recomendável ao universo infanto. E, para mim, isso foi uma surpresa, pois, considerando
a leveza no modo de narrar do início, não imaginei que eles penderiam a investigação
por onde foram. Acreditei que a resolução seria simples e sobre adolescentes,
nada saindo desse universo do colegial, mas achei bastante interessante os caminhos que a investigação foi tomando e como Colin se mostrou apto em situações que
fugiam do seu cotidiano.
Além do mistério a
ser resolvido, COLIN FISCHER traz
uma bonita lição de amizade, e, mais uma vez, achei incrível a forma como os
autores narraram o florescer da amizade de Colin com um garoto sem soar
dramático. Foi comovente, claro, mas foi assim porque sabemos que quem tem o
Asperger “sofre” para conseguir se doar em uma relação, e foi simplesmente belo
ver como Fischer, aos poucos, foi aprendendo a fazer isso.
Aliás, o garoto
aprendeu a fazer diversas coisas que acreditava não ser possível por causa da
Síndrome. O mais interessante é que Colin não foi tentando se adaptar para
parecer “normal”, foram as circunstâncias e situações pelas quais passou que o
ensinaram tais comportamentos. Adorei ver que o personagem não se
esforçou para tentar se ajustar e ser aceito, ele apenas quis ajudar um
inocente, e para isso foi absorvendo todo o conhecimento do meio em que vivia
para poder se misturar.
Uma leitura
incrível e adorável. Recomendo de olhos fechados <3