17 de novembro de 2014

RESENHA + SORTEIO: A DAMA DO LAGO - Raymond Chandler



Oi, gente!

Sejam bem vindos a mais uma Semana Especial. Dessa vez as resenhas serão das editoras SUMA DE LETRAS e ALFAGUARA, e serão muitos os sorteios que vão acompanhar essas resenhas. Começo hoje falando de A DAMA DO LAGO, do RAYMOD CHANDLER, do selo ALFAGUARA.

A Dama do LagoA DAMA DO LAGO (vol.4)
RAYMOND CHANDLER
Série: Phillip Marlowe
Editora: ALFAGUARA              
Ano: 2014                  
Nº págs: 272
Gênero: Policial

SINOPSE: O detetive Philip Marlowe é contratado por um executivo do ramo dos perfumes para investigar o desaparecimento de sua impulsiva mulher, Crystal Kingsley. As pistas o levam a Bay City; em seguida, à cidade de veraneio de Puma Point. E logo o colocam no rastro de outra misteriosa mulher, Muriel Chess, também desaparecida, cuja fuga de casa pode estar ligada não só ao sumiço de Crystal, como a um caso muito mais intrincado, envolvendo médicos inescrupulosos e policiais corruptos. Escrito durante a Segunda Guerra Mundial, A dama do lago é um livro marcante de Raymond Chandler, com sua ironia e seus personagens não só memoráveis, mas de uma complexidade pouco vista na literatura policial.

Fiquei empolgadíssima quando vi que a ALFAGUARA iria relançar a obra desse grande mestre da literatura policial, mas fiquei ainda mais empolgada quando pude tocar nessa edição belíssima e super caprichada da editora. A capa tem um textura diferente e a fonte grande nas páginas amareladas deixaram a leitura muito confortável e a transformaram em algo de imenso prazer.

Apesar de já ter tido contato com CHANDLER (com livros de bolso), devo admitir que uma edição cuidadosa eleva a outro nível o gosto pela leitura desse autor tão fabuloso. A narrativa dele é deliciosa, do tipo que nos prende e que faz com que deixemos o mundo ao nosso redor de lado para nos rendermos a magnífica experiência que é ler seu enredo.

O título do livro logo entrega quem é a provável dama no lago, por mais que algum suspense é feito e algumas situações despistem, ao leitor é totalmente possível ter a certeza de quem é o corpo da mulher que está no lago, mas isso não tira o brilhantismo da obra, muito menos do engenhoso mistério, que a cada página se torna mais envolvente.

Quando A DAMA DO LAGO termina, somos brindados com alguns apêndices em que o autor expõe sua opinião sobre a literatura policial, alguns autores do gênero e os mais diversos tipos de leitores. Fiquei triste ao saber que não sou a leitora ideal para CHANDLER, pois o autor não gosta dos que bancam o detetive, e isso é o que mais gosto de fazer quando leio um livro policial. Fiquei chocada e escandalizada com algumas opiniões, às vezes severas e bem negativas, que o autor possuía sobre grandes nomes dessa literatura, como, por exemplo, minha diva AGATHA CHRISTIE. Gosto muito do RAYMOND, mas não nego que meu coração doeu e que fiquei com certa raiva dele por falar mal da Rainha do Crime. Mas o mais interessante nesse apêndice é observar o olhar do autor sobre a literatura policial, e essa foi uma parte realmente significante para mim, pois concordo com muito do que o autor falou.

Fiquei extremamente contente ao ler que CHANDLER acha que o autor do gênero policial deve dar pistas ao leitor, mas que não deve elaborar explicações mirabolantes só para surpreender. RAYMOND afirma que o desfecho tem que ser condizente, possível, real com o que foi apresentado durante o enredo, mesmo que o leitor consiga desvendar o culpado, o mistério, ou qualquer coisa da história. Adorei vê-lo falando sobre isso, pois penso da mesmíssima forma. Nada me irrita mais que chegar ao final de um romance policial e ver que o autor poderia ter dado um final bastante digno e impressionante para o livro, mas que só para surpreender e não dar a chance de o leitor descobrir, optou por uma explicação mirabolante que muitas vezes se “desencaixa” do apresentado. Nesses últimos meses, li diversos policiais que optaram por esse tipo de finalização, e vocês podem observar em algumas resenhas que fiz esse tipo de comentário, que teria sido melhor e mais impressionante se o autor tivesse apontado o óbvio como culpado. Muitas vezes menos é mais, e gostei de ver que CHANDLER pensa assim também.

Mais feliz ainda fiquei em ver que o autor não fala isso da boca pra fora. Ele realmente põe em prática seus mandamentos na hora de escrever seu enredo, tanto que o final de A DAMA DO LAGO não é nem um pouco surpreendente, pois ao acompanharmos a história vamos colhendo pistas que nos levam ao desenlace. Contudo, a percepção antecipada dos fatos não fez com que a história em nenhum momento parecesse menos grandiosa ou impressionante, pelo contrário, foi um prazer enorme ver que CHANDLER finalizou sua história de forma “redondinha”, a bater com tudo o que tinha apresentado até ali.

A DAMA DO LAGO foi uma leitura incrível, dessas que a gente começa e não solta até terminar. A ALFAGUARA está de parabéns pela edição, ainda mais por trazer as preciosidades dos apêndices. É maravilhoso ler um ótimo livro de um autor excelente, é maravilhoso sentir que suas palavras nos transportam para outro mundo, mas é extremamente significativo poder conhecer o autor mais a fundo, seus pensamentos e ideias, e a editora possibilitou isso. Recomendo de olhos fechados! <3

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Regras Gerais:

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- O blog não se responsabiliza por eventuais extravios, roubos ou perdas dos correios.

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16 comentários:

  1. Oi Mari!
    Que bom ver mais blogueiros divulgando Raymond Chandler. Ele é espetacular, como você mesma disse.
    Essas edições da Alfaguara eu ainda não vi pessoalmente, mas parecem ser lindas pelas fotos que vi.
    Beijos
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  2. Explicações mirabolantes são mesmo desnecessárias, mas as pistas são bem vindas sempre, hehe.
    Que capa né, fiquei doida por ela. Nunca li nada do autor, mas como gosto do gênero, fiquei bem curiosa.
    Opa, nem sabia desse episódio sobre o autor ter falado da Rainha do Crime...vou dar uma pesquisada sobre isto já que também sou fã dela.

    Beijo, Vanessa Meiser.

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  3. Participando! Não é de hoje que quero ler algo do Chandler! bjs

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  4. É estranho ver um excelente autor criticar um outro que também adoramos né? Quero muito ler os livros do Chandler, Mari. E você amentou ainda mais minha curiosidade. Então claro que estou participando do sorteio. [rs] Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  5. Chandler é muito bom!!! Só li os livros de bolso e estou super animada com essa edição *---* Está mega linda!!! Amei o enredo (apesar da obviedade). E sendo Chandler não tem como não ser envolvente!
    Excelente resenha!!

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  6. Eu sei que Raymond Chandler é um clássico da literatura policial e que influenciou muitos autores mas infelizmente eu ainda não li nenhum de seus livros, apesar de ser grande fã de tramas policiais. É bem estranho gostar muito de um livro e ver que o autor tem opiniões e gostos completamente diferentes dos nossos; acho que o maior perigo em ler sobre o autor antes de ler seus livros é que a gente pode antipatizar com suas idéias e por isso achar que seus livros não serão interessantes, por outro lado é positivo constatar que apesar de não concordar com as opiniões de um autor podemos amar sua obra. Quanto ao tipo de leitor que o escritor acha ideal, vamos combinar que depois de publicado o livro se torna uma entidade independente do autor e quem determina como ler e que atitude tomar é o leitor.

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  7. Já que ler ! todos os livros que voce resenha vao pra minha lista , bjs

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  8. Dois dos meus livros preferidos são de literatura policial, por isso fiquei tão ansiosa em ler esse, porém o fato dele não ter escrito um final nem um pouco surpreendente me deixou meio receosa em pegá-lo para ler. Mas por já ter ouvido falar muito bem de seus livros estou interessada em lê-lo.
    E eu não sabia que ele tinha feito esse crítica à Agatha Christie, fiquei chocada!
    Beijos!

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  9. Gosto de romances deste tipo. São fascinantes e empolgantes de se ler. Fiquei bastante curiosa depois que li seus comentários na resenha. Espero conseguir ler logo.
    Beijos.
    elizabethmsalles@hotmail.com

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  10. fiquei curiosa p/ conhecer a escrita do autor neste romance policial nem um pouco surpreendente.que faz com que o leitor descubra no decorrer do livro quem esta por tras do crime. gostei mais ainda de "dama do lago" por ser um livro que prende o leitor, e faz com que o mesmo se esqueça do mundo a sua volta. quero ler, ja!

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  11. Comecei a ler os clássicos da literatura policial agora e fiz minha iniciação com Agatha Cristie após ter lido vários comentários a respeito da genialidade dela. E olha, gostei mais do que imaginava e já estou querendo comprar muitos outros livros dela. Por isso, não se surpreenda com que o vou dizer agora: nunca li nada do autor e se não desse uma olhada nos catálogos da editora nunca teria conhecido as obras dele (shame on me!). Mas lendo sua resenha, vejo que vou gostar bastante da leitura, ainda mais se for nessa edição caprichada. ;)
    Beijos,
    Isabelle | http://www.mundodoslivros.com/

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  12. Só acho que o Chandler viajou nessa fala dele em relação aos leitores-detetives, pois é quase impossível você ler algo do gênero e não começar suas próprias investigações. Outra coisa que não gostei foi saber que ele criticou a Agatha. Mas é gosto dele, então nem se discute. Já em relação a esse livro, me interessei, principalmente depois de saber que o final é condizente com toda a trama. Como você dissse, ultimamente os finais não tem se sido os melhores. Enfim, quero ler em breve.

    @_Dom_Dom

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  13. Nunca li nada do autor e como gosto muito desse tipo de leitura fiquei curiosa e concordo com tudo que falou na resenha, acho falido que o autor dê algumas pistas pra o leitor, e tudo mais.Já entrou pra lista de leitura.

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  14. Eu também dou uma de detetive direto ao ler livros com essa temática. Mas confesso que também não sou muito fã da Agatha. Já li coisas maravilhosas a respeito deste livro,mas ainda não consegui lê-lo. Beijos!

    Roberta de Oliveira

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  15. Eu adoro policiais, e sou como vc, prefiro mesmo que a trama se concluia de modo coerente e não só para fugir dos bisbilhoteiros e o autor muda o autor do crime. E esse autor eu nao conhecia, e também sou mega ultra fã da Agatha! Como pode falar mal dela???
    Beijos
    Adriana

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