Muito boa noite, pessoal!
Prosseguindo com nossa Semana Especial dedicada ao Grupo Editorial Record,
fiquem agora com a resenha de QUARTOS
FECHADOS da CARE SANTOS, lançado
pela RECORD.
CARE SANTOS
Editora: RECORD
Nº págs: 462
Gênero: Drama
SINOPSE: Na agitada e fascinante Barcelona no início do século
XX, Maria del Roser Golorons, a matriarca de uma das famílias mais importantes
da cidade, prepara a mudança dos Lax para sua nova residência. A belíssima
mansão, vizinha do então incipiente Paseo de Gracia, está destinada a se tornar
a zelosa guardiã de vidas dominadas por ambição, segredos inconfessáveis e
paixões ocultas. Violeta Lax, no início do século XXI, segue para Barcelona
para ver o afresco pintado pelo avô, Amadeo Lax, em seu local original, na
mansão da família. É sua última chance de fazê-lo, pois logo a residência será
transformada em um biblioteca pelo governo da cidade. Porém, durante as obras
de transferência do retrato, uma pequena despensa é descoberta atrás do mural
e, no interior dela, um cadáver é encontrado. É o início das investigações de
Violeta, estimulada a montar o intrincado quebra-cabeça que é a história dos
Lax, em um enredo instigante construído com maestria.
Assim que li a sinopse de QUARTOS
FECHADOS, fiquei interessada pelo livro. A premissa me lembrou muito os
intensos dramas históricos da LUCINDA RILEY (que adoro) e o fato de termos
Barcelona como cenário fez com que eu ficasse ainda mais interessada, afinal,
sou fã incondicional do ZAFÓN e queria ver essa maravilhosa cidade retratada
pelos olhares de outro autor. Vi em QUARTOS
FECHADOS essa oportunidade.
Devido a grande quantidade de livros policiais que a RECORD lança, e que sempre dou preferência na hora de solicitar,
acabei deixando QUARTOS FECHADOS
passar, mas não consegui esquecer do livro. As coisas que tinha pensado sobre
ele ficaram martelando na minha cabeça e acho que acabaria tento um “treco” se
não o lesse logo. Eis que quando as novas solicitações foram abertas resolvi
pedi-lo.
Foi com enorme empolgação que dei início à leitura. O começo já me deixou
com um sorriso, pois foi possível perceber, logo nas primeiras páginas, que CARE traria uma história com diversas
ramificações e que me levaria a uma maravilhosa viagem no tempo. E durante
muitas páginas me senti completamente fascinada por tudo que SANTOS apresentou. Ficou bastante claro que a autora teve um trabalho imenso
para elaborar os mais significativos e importantes detalhes dessa trama.
Se já estava conquistada por conta dos mais diversos motivos, o fato de QUARTOS FECHADOS falar sobre um pintor
já falecido me deixou ainda mais ávida pela leitura. Intercalando a história
com passado e presente (adoro esse jogo temporal nas narrativas), CARE foi trazendo a tona o passado de
Amadeo, o renomado pintor, e sua esposa, Teresa, através das descobertas de
Violeta, a neta deles.
Foi fascinante e instigante acompanhar as descobertas de Violeta,
principalmente no que concerne ao caráter dos avós. Confesso que em alguns
momentos fiquei estarrecida e horrorizada com muitas das atitudes de Amadeo,
que era cheio de rompantes e insatisfações. Apesar disso, foi o que mais gostei
no livro, descobrir que o grande e perfeito homem que todos acreditavam, tinha
muitas e muitas falhas.
Teresa também foi uma personagem interessantíssima de acompanhar. Daquelas
que nos dignamos a torcer mesmo já sabendo como será seu final. Aliás, no
quesito personagem, CARE foi
espetacular. Criou uma gama muito grande dos mais diversos tipos de pessoas.
Algumas que encantam, outras que despertam raiva, e até algumas que nos levam a
ter pena.
Até pouco mais da metade do livro, estava achando QUARTOS FECHADOS incrível e estava pronta para considerá-lo um dos
melhores romances que li nesse ano, mas então algo aconteceu. Não sei explicar
direito o que foi, se foi o rumo que a narrativa tomou no final, se foram
algumas das atitudes e escolhas de Violeta, simplesmente não sei explicar, mas
alguma coisa dentro de mim arrefeceu e passei a achar a leitura mediana. De
repente, aquela narrativa que estava me fascinando tanto, passou a ser
enfadonha e chata. Achei que a autora estava enrolando demais, dando volta
demais para deixar claro o que já era óbvio desde muito antes. O imenso prazer que estava sentindo deu espaço a uma monotonia imensa, e
fui lendo o final bastante devagar, pois já estava desinteressada e um pouco
decepcionada com o caminhar que as coisas estavam tomando. Creio que se tivesse
tido um pouco mais de objetividade na conclusão, minha nota teria sido maior.
Mas por ser saído de um início que me levou às alturas, para mergulhar numa
conclusão que fez me sentir como se tivesse despencado, dei apenas 3 estrelas. Esse
é o tipo de livro que acho que cada um deve ler e tirar suas próprias
conclusões, não tem como ser um “Recomendo” ou “Não Recomendo”.
Até o último paragrafo tinha certeza que precisava ler, mas seus comentários finais me deixaram em dúvida, Mari. Enrolação não dá. Mas talvez leia para tirar minhas conclusões. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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