30 de novembro de 2014

RESENHA: VINTE GAROTOS NO VERÃO - Sarah Ockler (Ed. Novo Conceito)



E só para deixar vocês mais cansados hoje, olha eu aqui de novo *_*

Agora sim, essa é a última resenha da Semana Especial NOVO CONCEITO, que acabou acumulando praticamente tudo para um dia. Vocês devem estar achando estranho que até agora, praticamente, só postei resenhas de livros da editora que não me agradaram, acontece que esses foram os que justamente acabaram ficando para trás. Obviamente, os que gosto falo logo, afinal, fico em uma empolgação enorme de contar para vocês o que senti durante a leitura, esses que não me agradam vou deixando para momentos como esse, em que preciso de resenhas e estou sem tempo para ler. Vou encerrar falando de VINTE GAROTOS NO VERÃO, da SARAH OCKLER, que li em abril desse ano, mas saibam que ainda tenho resenhas antigas guardadas aqui, qualquer dia desses elas vão ao ar, rs.

Vinte garotos no verãoVINTE GAROTOS NO VERÃO
SARAH OCKLER
Editora: NOVO CONCEITO              
Ano: 2014                  
Nº págs: 288
Gênero: Romance, Drama

SINOPSE: Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que vocêaprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.

Desde antes da Bienal do ano passado já tinha ouvido falar desse livro e estava louca para ler. Foram tantos blogueiros falando dele e ansiosos pela leitura, que, obviamente, também fiquei. Quando os livros de abril chegaram, já coloquei VINTE GAROTOS NO VERÃO no topo das futuras leituras, queria muito conferir esse livro que todo mundo dizia ser uma belíssima história de amor e morte, e já estava preparada com os lenços, afinal, amor e morte de certo me fariam chorar, mas não, simplesmente achei o livro detestável ¬¬

O começo até me atraiu. Gostei de acompanhar o relacionamento da Anna (a protagonista e narradora), Frankie (sua melhor amiga) e Matt (irmão de Frankie e melhor amigo de Anna). Como desde a sinopse sabemos que o livro vai falar de amor e morte, já fica óbvio o que vai acontecer, mas, ainda assim, mesmo com todos os clichês, continuei achando a história interessante, o que mudou completamente quando as garotas viajaram para praia e vieram com essa idéia de VINTE GAROTOS NO VERÃO (afffffff).

Desse ponto em diante passei a achar o livro extremamente fútil! Pensei estar diante de um drama lindo, uma história sobre crescimento e amadurecimento, e de fato isso até acontece com Anna, mas Frankie é uma personagem tão nojenta e insuportável, que atrapalhou ver o amadurecimento de Anna depois de ter que lidar com a morte.

Frankie é uma personagem completamente fútil, que só pensa em cabelo e meninos. O objetivo dela é fazer com que Anna perca a virgindade na viagem e para isso está disposta a se esfregar em qualquer um e a jogar a amiga para cima de qualquer um também. Anna, que é uma boa garota, decide que é hora de deixar o passado para trás e acaba se deixando influenciar pela amiga.

Nunca li nada tão frívolo e tão bobo, sério! O pouco de situações legais que encontrei no livro foram murchadas pela presença da Frankie. Ok, ela tem que lidar com a perda de um ente querido, mas não acho que querer transformar a amiga em uma pegadora desvirginada seja o melhor caminho para superar a tragédia.

Foi extremamente irritante acompanhar a trajetória das duas garotas na praia e ver a imbecilidade de Frankie em relação a corpo, cabelo, maquiagem, roupa, comportamento. Ela queria mandar em Anna, queria que a amiga se comportasse como ela, se importasse com as mesmas babaquices que ela. Acho que nós já vivemos em um mundo bastante superficial e ligado ao exterior para que eu perca tempo vendo uma autora explorando isso em uma personagem para justificar a tristeza da perda sofrida por ela. Além disso, Frankie é retratada como uma personagem completamente burra, já que erra ao falar até palavras simples e é sempre corrigida pela amiga, o tipo do estereótipo que odeio ver em mulheres.

Confesso: Anna é uma graça de menina, a personagem que retrata o sofrimento e o amadurecimento, mas a presença da insuportável Frankie é tão constante, que acaba por ofuscar aquilo que Anna tem de bom para mostrar.

Quando achei que a história não podia piorar, que não havia como achar Frankie mais detestável e fútil do que já estava achando, ela veio com uma revelação que fez com que eu ficasse ainda mais p* da vida com o comportamento da garota. Ela, que se dizia uma grande mulher, uma sábia em relação a certos assuntos, acabou por admitir que não conhecia nada a respeito da questão e que, pior, havia mentido para Anna. A mentira nem teria sido o problema, até vejo como um direito dela querer ou não contar vantagem para a amiga, o problema foi ela querer empurrar Anna para fazer algo que não estava nos planos dela, foi ela ficar influenciando e pressionando.

Sei que essa resenha ficou um pouco estranha, mas para contar o que eu realmente achei do livro e todas as razões pelas quais o considerei péssimo, teria que ir especificando situações e ir soltando spoilers para poder explicar de onde veio toda essa abominação em relação ao livro e a personagem. 

VINTE GAROTOS NO VERÃO foi uma leitura extremamente banal, que tirando a tremenda raiva que senti de Frankie, não acrescentou nada em minha vida, pelo contrário, foi uma total perda de tempo. Não recomendo! 


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2 comentários:

  1. Mari, eu jurava que já tinha lido resenha sua desse livro, mas acho que foi comentário só rs. Eu tenho que dizer que eu gostei tanto desse livro, que até me assustei com a sua nota. Mas depois que li a resenha entendi o porque, e realmente, também senti muita raiva da Frankie. Mas optei por ignorar ela da história, e foquei na Anna. O início do livro é extremamente lindo, e isso me fez me apaixonar pela história. Algumas atitudes da Anna me irritaram bastante, mas no geral gostei do livro, apesar de ter sido diferente do que eu esperava.

    Beijos,
    Adri
    Stolen Nights

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  2. Confesso que nem tinha lido a sinopse desse livro por causa do título, Mari. E com seus comentários me pergunto como a autora foi fazer isso. Enfim, ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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