Muito boa tarde, pessoal!
Essa semana será especialíssima! De hoje até domingo vocês poderão
conferir resenhas do GRUPO EDITORIAL
RECORD. Começaremos a semana com as resenhas da GALERA RECORD, depois iremos para as da RECORD e terminaremos com a da BERTRAND
BRASIL.
Para abrir essa semana, escolhi começar por O QUE RESTOU DE MIM, da KAT
ZHANG, lançamento da GALERA RECORD
que tem uma capa divina!
KAT ZHANG
Série: As Crônicas Híbridas
Editora: GALERA RECORD
Ano: 2014
Gênero: Sci Fi, Distopia
SINOPSE: Addie e Eva são híbridas duas almas no mesmo corpo.
Em sua realidade, todos nascem assim mas, ainda na infância, uma das almas
torna-se dominante. Mas isso nunca acontecia com as duas. Considerados
instáveis e perigosos, os híbridos foram perseguidos e eliminados das Américas.
E quando o segredo delas é ameaçado, Eva e Addie descobrirão da pior forma que
há muito mais sobre os híbridos do que os noticiários de TV e os livros de
história contam.
Obviamente, o que primeiro me chamou atenção em O QUE RESTOU DE MIM foi a capa. Além de linda, essa mistura de
faces me deixou curiosíssima, e após a leitura da sinopse só fiquei ainda mais.
Quando iniciei, já fiquei surpresa, pois me deparei com a narrativa super
fluida da KAT, que escreve em ritmo
alucinante e frenético. Diante tantos YA
semelhantes, é extremamente prazeroso encontrar um que apresente algo
completamente diferente; o mesmo digo em relação às distopias, pois, para mim,
o livro pertence a esse gênero também. Quanto à distopia, ele foge de praticamente
todos os moldes de tudo o que li até agora, e exatamente por isso me conquistou
de forma ferrenha.
A história que KAT criou foi
bastante original: duas almas que pertencem a um mesmo corpo, mas que até
determinada idade têm que se definir e passar a ser apenas uma. Quando isso não
acontece, as pessoas são consideradas híbridas e tiradas do convívio de seus
familiares. Como existe certo mistério sobre o que de fato acontece com os
híbridos, Addie e Eva decidem manter em segredo que ainda não se definiram, mas
existe muitos nessa situação.
Claro que uma parte do enredo é bastante óbvia e sabemos desde o princípio
que o segredo não será mantido por muito tempo, mesmo porque, não teríamos
história se a situação permanecesse sempre a mesma. Mas a autora foi bastante
feliz ao criar um laboratório muito interessante e cheio de tecnologia que
analisa essas crianças dúbias. Essas “análises”
me deixaram angustiada. Sofri com as experiências a que submeteram as crianças,
fiquei triste ao ver a dor e sofrimento delas aumentar cada vez mais, fiquei de
coração murcho ao perceber que muitas queriam suas famílias, que algumas vezes
haviam abandonado-as de vez por acreditarem que eram aberrações. Apesar de toda
essa angústia, vibrei ao descobrir que no laboratório existia alguém com
objetivos diferentes e que estava disposto a ajudar, alguém que mesmo parecendo
em cima do muro na imensa maioria das vezes, resolveu tomar um partido. Gosto
muito quando temos um personagem que parece ter consciência dos abusos e
absurdos ministrados por seus superiores.
Em relação aos personagens, todos são fantásticos. E claro que admirei
muito a autora por criar personalidades tão diferentes que viviam num mesmo
corpo, no caso dos híbridos. Achei esses seres tão interessantes que os que não
eram me pareceram comuns demais. Contudo, até mesmo esses foram bastante bem
explorados e nada deixaram a desejar. Mas é claro que Addie e Eva roubaram a
cena.
A princípio li O QUE RESTOU DE MIM com uma imensa dor no coração. Foi difícil acompanhar o martírio de Addie e Eva no mesmo corpo e ambas querendo continuar presentes nele. No início fiquei meio desgostosa com Addie. Achei-a meio egoísta, medrosa
e chatinha, mas quando ela venceu suas resistências e deu espaço para Eva,
passei a considerá-la um pouco mais humana e menos egoísta. Mas foi só após
elas terem sido levadas para testes que passei a ter uma admiração verdadeira
por Addie, que mudou completamente e se transformou em uma garota destemida e
cheia de vontade para enfrentar as pessoas e os perigos. Eva havia me ganhado
desde o início, e permaneceu fiel à suas características do começo ao fim.
Acredito que por Addie ter amadurecido e transformado a si mesma, é que acabou
sendo minha favorita. Adoro personagens que mudam no decorrer da história e
mostram que são capazes de se adaptar ao meio.
Adorei esse primeiro volume de AS
CRÔNICAS HÍBRIDAS e não vejo a hora de ler o próximo, pois O QUE RESTOU DE MIM terminou daquele
jeito que deixa todo mundo curioso e sedento por mais. Leiam! <3
Nossa, nunca iria imaginar que esse livro é tão interessante, Mari. Fiquei curiosa para ler. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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