Oi, gente!
Hoje vou falar sobre um livro que foi muito comentado nas redes sociais e
que me deixou bastante curiosa com a leitura: A VIAJANTE DO TEMPO, primeiro volume da série OUTLANDER, da DIANA GABALDON,
relançado pela SAÍDA DE EMERGÊNCIA.
DIANA GABALDON
Série: Outlander
Nº págs: 800
Gênero: Romance Histórico
SINOPSE: Claire, a protagonista de A viajante do tempo é uma
mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens
violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes
acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido
Frank pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar na
Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram e
retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro não
ocorre da forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um
distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao
visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer
seu destino.
A maioria deve saber que a série OUTLANDER
inicialmente foi lançada no Brasil pela editora Rocco. Faz muito tempo que vejo
vários blogueiros e leitores falando sobre essa série, mas por causa do alto
preço nunca a coloquei na lista de leituras futuras. Com o lançamento pela SAÍDA DE EMERGÊNCIA isso mudou. Creio
que muita gente que tinha curiosidade para conferir a série vai poder fazer
isso agora, uma vez que a editora aplica preços muito mais baixos para seus
lançamentos.
Assim como muitos, quando vi que a série seria republicada dei uma
surtada, não porque a conhecia nem nada, simplesmente porque tantos falam tão
bem que era a chance de conhecê-la. Como tenho parceria com a editora, não
hesitei, solicitei para poder conferir, mas, infelizmente, não compartilho da
opinião de que a obra é essa maravilha toda.
O começo de A VIAJANTE DO TEMPO
foi bastante legal e fiquei vidrada com a leitura, mas mesmo nesse começo fiquei meio injuriada com quantidade de detalhes irrelevantes, como quando
Claire resolveu descrever como escovava seus cabelos e ficou uns bons três
parágrafos para fazer isso. Como gosto de livros policiais, sou fã de detalhes,
mas gosto que eles sejam pertinentes a história, gosto de terminá-la com a
sensação de “todos aqueles inúmeros detalhes serviram para algo”, e não foi o
caso com essa passagem, pois tinha certeza de que ela não faria com que eu
pensasse isso mais para frente.
Apesar de aborrecida com esses detalhes, que para mim foram
desnecessários, segui com a leitura, pois a estava achando interessante e
estava doida para conferir como Claire iria fazer essa viagem no tempo. Eis que
tive a primeira decepção com A VIAJANTE
DO TEMPO, pois não houve uma explicação para essa viagem no tempo! Claire
simplesmente vai até um círculo de pedras que recebia rituais de algumas
mulheres consideradas bruxas e “puff” volta no tempo! Ok, apesar de bastante
frustrada, não pensei em desistir da leitura, afinal, tinha muitas e muitas
páginas pela frente e também mais 7 volumes, com cerca de 800 páginas cada um. Portanto,
continuei a leitura convicta de que em algum momento tal fato seria melhor
explicado, já que o excesso de detalhes caracterizam a narrativa da autora.
Mas, quando se deu a passagem no tempo, fui acometida por mais uma
decepção, dessa vez por parte da protagonista, que imaginei que daria uma
surtada (o que seria normal) e tentaria achar respostas, mas, ao contrário
disso, Claire se adaptou maravilhosamente bem ao novo ambiente e mesmo passando
maus bocados não se desesperou por ter voltado no tempo... tsc, tsc, tsc.
Com tantas páginas e com tantos detalhes, imaginei uma explicação mais
plausível e uma reação mais escandalosa da protagonista. Enfim... Continuei a
leitura porque a quantidade de elogios é simplesmente gigante. Contudo, quanto
mais avançava, mais ia ficando desgostosa com uma coisinha ou outra. Confesso:
parte da culpa foi minha. Depositei uma expectativa gigante na história e
imaginei algo diferente, com mais ação, aventura, mortes, batalhas, etc. Mas o
que vi foi um enredo que, depois da volta no tempo, se comportou como um
romance histórico comum, e foi assim que passei a ver A VIAJANTE DO TEMPO.
Não nego que o livro é MUITO BEM ambientado, que os detalhes sobre
lugares, paisagens, lutas, personagens, etc, são riquíssimos e valem a pena ler. Após as decepções citadas, essas partes estavam me deixando bem
satisfeita, eis que o relacionamento de Claire com Jamie começa a se desenvolver.
Sei que Jamie é o mocinho da história e deveria ser visto como herói, mas,
para mim, não colou. Achei o heroísmo do sujeito exacerbado demais! Até para
levar uma surra no lugar de uma garota ele se oferece. A mim, ele não pareceu
um herói natural, mas sim um personagem que recebeu todos os maus tratos possíveis
para que o leitor tivesse pena dele e o visse como o mocinho. Senti que foi
imposto pela autora que o víssemos como o bom moço. E foi quando cheguei a um
ponto que (não vou entregar qual foi) não consegui ver nada demais em Jamie,
pois apesar de suas boas ações, ele era um bronco, um bruto. E se já tinha
simpatizado pouco com o personagem até então, passei a suportá-lo em nível
zero, a mim, ele ficou parecendo esses mocinhos “bad boys” dos New Adults de
hoje. Achei algumas atitudes dele de muitíssimo mau gosto. Confesso até que
pulei páginas e mais páginas que falavam das cenas tórridas entre ele e Claire,
pois eram tão açucaradas que chegavam a dar enjôo.
Claro que tenho consciência de que Jamie passou por muita violência,
física e psicológica, inclusive admito que uma das cenas me arrepiou e me fez
realmente sentir pena do sujeito, mas não foi o suficiente para que ele caísse
em minhas graças e eu mudasse de opinião em relação a ele, seu comportamento e
suas atitudes.
Em relação à ambientação, fatos históricos, situações de luta, etc, posso
dizer que gostei muito de A VIAJANTE DO
TEMPO, mas esse “melê” todo do romance fez com que eu quisesse distância
dos próximos volumes. Não tenho estômago para acompanhar mais 7 volumes de
tanta paixão. A experiência valeu para poder conhecer a obra e compreender o
auê em torno dela, mas não vou virar fã de forma alguma. Preciso de um bom
livro policial para tirar tanto romance que está entranhado em mim.
Nossa, Mari... Faz um tempinho quero ler essa série e estou adorando a adaptação da Starz. Admito que sua menção sobre o excesso de detalhes me deixa um pouco receosa, mas ainda quero muito ler. Enfim, ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Gabi, apesar de não ter gostado do livro, quero ver a série. Só espero que não tenha excesso de amor, éca :S
ExcluirBjs
Mari, que pena que você não gostou. Conhecia o livro antes da Saída de Emergência relança-lo, justamente por conta dos elogios que a série recebia. Morria de vontade de ler, mas era caro demais, então também deixei pra lá. Aí quando a Saída de Emergência o relançou, dei uma de lerda e não percebi que era o mesmo livro, nem dei atenção para ele. Mas desde que percebi que era o mesmo livro, fiquei morrendo de vontade de ler de novo, mas o tamanho do livro me assusta um pouco, justamente por esse fato dos detalhes. Fico com medo de achar a história lenta demais e acabar achando chato. Mas espero gostar mais do que você, já que já vou com as expectativas mais baixas e sabendo o que esperar.
ResponderExcluirBeijos,
Adri - Stolen Nights