20 de setembro de 2014

RESENHA: SIMPLESMENTE ANA - Marina Cervalho (Ed. Novo Conceito)



Boa tarde, pessoal.

Como combinei com vocês na semana passada, agora todo sábado vou postar as resenhas atrasadas da NOVO CONCEITO. A resenha abaixo foi escrita no dia 25/10/2013, há quase um ano, e ficou aqui para ser postada, mas sempre acabei protelando. Como semana passada postei resenha de um livro nacional que amei, hoje optei por postar de um nacional que odiei. Confiram então o que achei sobre SIMPLESMENTE ANA, da brasileira MARINA CARVALHO.

Simplesmente AnaSIMPLESMENTE ANA (vol.1)
MARIANA CARVALHO
Série: Simplesmente Ana
Editora: NOVO CONCEITO              
Ano: 2013                  
Nº págs: 304
Gênero: Romance

SINOPSE: Imagine que você descobre que seu pai é um rei. Isso mesmo, um rei de verdade em um país no sudeste da Europa. E o rei quer levá-la com ele para assumir seu verdadeiro lugar de herdeira e futura rainha… Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex. Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro. A não ser… A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.
                                                                                         
Fiquei bastante feliz ao ver que a NOVO CONCEITO estaria lançando mais um livro nacional. Houve um tempo em que a editora deu bastante espaço aos nossos autores, mas logo isso acabou. Foi por ver que uma nova brecha se abria que quis muito ler SIMPLESMENTE ANA.

Pela sinopse, já havia percebido que iria encontrar algo tipo O DIÁRIO DA PRINCESA, mas mesmo assim quis conferir a história, afinal, é de uma brasileira!

A forma como MARINA narra é uma delícia. A escrita é bastante fluida, as palavras escolhidas levam a uma leitura rápida e gostosa, ou seja, a autora TEM TALENTO, mas o enredo... Aí foram outros quinhentos.

Achei tudo MUITO, MUITO parecido com os filmes O DIÁRIO DA PRINCESA I e II: a reação de Ana ao ver o tamanho do quarto que ela tinha na casa do pai foi MUITO igual a de Mia; Alex, o mocinho, lembra demais o rapaz do segundo filme d’O DIÁRIO, e vários outros pontos me fizeram lembrar dos filmes.

Ana foi uma personagem que não me cativou. Parecia certinha demais, queria que a gente ficasse achando ela o máximo, a menina mais linda e compreensiva do universo. A figura do pai, que foi quem deu o ponto de partida para a história acontecer, pouco aparece, e o relacionamento de pai e filha, que deveria ser o foco da história, perde total espaço para a história de amor com Alex, que demora muito a acontecer.

Aliás, o que deveria ter acontecido de forma mais lenta e gradual, aconteceu como um tiro, e coisas que deveriam ter sido mais rápidas demoraram muitas e muitas páginas. Por exemplo, o pai de Ana envia uma mensagem no facebook e revela que é o pai dela; em pouco tempo se encontram, conversam, e ela vai morar com ele (em outro país!). Em contrapartida, depois de estar em Krósvia, Ana passa páginas e mais páginas falando de Alex, de sua beleza, de seu físico, de sua arrogância... Foi muito Alex, muita repetição, e pouco papai, para meu gosto. Afinal, se Ana havia sido abandonada, creio que o correto seria dar uma maior ênfase nesse reencontro entre pai e filha e mostrar as dificuldades de se engatilhar um relacionamento quando vinte anos afastaram duas pessoas.

A sensação que tive foi que essa história de Ana não ter pai só serviu de desculpa para ela poder ser princesa e ficar falando de amor. Ou seja, foi só mais um romance entre jovens que tentou enganchar em algo maior que foi deixado para trás. Não gostei, não recomendo, e provavelmente não lerei outro livro da autora L



 

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4 comentários:

  1. Oi Mari..
    Nossa voce não gostou mesmo ..rs
    É a primeira pessoa que vejo que não gosto do livro. Bom eu ainda não li, nem posso falar muito.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  2. Apesar de ter visto inúmeros elogios ao livro, não me interessei justamente por achar que seria muita cópia de O Diário da Princesa. E pelos seus comentários, Mari, acho que eu também não iria gostar. Se a relação pai-filha tivesse mais enfase seria diferente, mas assim não. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  3. Oi Mari, já tinha comentado antes pelo fb e passei só pra dizer que citei sua resenha no podcast do Eu Insisto, e coloquei link para a mesma, ok? http://euinsisto.com.br/podcast-saldao_do_mes-set14/
    bj
    Debyh

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  4. Oi Mari, que pena que você não gostou. Também percebi que a história lembra O Diário da Princesa, mas como sou apaixonada pela série, isso acabou me fazendo ter mais vontade ainda de ler. Ainda não consegui ler, mas foi bom ter lido sua resenha para eu não ir com tantas expectativas, né? Espero que, mesmo com essa falta do relacionamento entre pai e filha e o exagero da história sobre o Alex, eu goste do livro. Tomara rs.

    Beijos,
    Adri - Stolen Nights

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