Ei, gente!
Hoje vou falar de um livro policial que me saltou aos olhos, mas que ao
final achei bastante morno: TODAS AS
CORES DA ESCURIDÃO do PETER ROBINSON,
lançado pela editora RECORD.
PETER ROBINSON
Série: Inspetor Banks
Editora: RECORD
Nº págs: 424
Gênero: Policial
SINOPSE: Todas as cores da escuridão marca a volta do
inspetor-chefe Alan Banks. Os livros de Peter Robinson já venderam mais de 10
mil exemplares só no Brasil. No thriller, o bem-sucedido cenógrafo Mark
Hardcastle é encontrado morto preso a uma árvore. A detetive Annie Cabbot não
consegue entender as motivações do que indicaria ser um suicídio. Quando o
companheiro de Mark, Laurence Silbert, também é encontrado morto, com requintes
de crueldade, Cabbot recorre ao experiente inspetor-chefe Alan Banks para
solucionar o caso. Peter Robinson ganhou o prestigiado prêmio Edgard Allan Poe
e já teve suas obras traduzidas para 19 idiomas
Sempre que a news da RECORD
chega fico doida. São tantos os policiais que eles lançam que fico sem saber o
que escolher. Achei a premissa de TODAS
AS CORES DA ESCURIDÃO bem interessante e fiquei curiosa para conhecer mais
um autor policial que já tem alguns livros publicados por aqui.
Foi empolgada que comecei a leitura e foi quase decepcionada que a
terminei. Como fui acometida por uma dose gigante de sono, não vou poder falar
para vocês sobre o ritmo da leitura. Fiquei uma semana inteira para ler o
livro, mas não sei dizer que a culpa foi toda minha ou se em parte foi do
livro, que confesso ter achado bem enfadonho algumas vezes.
Adoro detalhes e acho que bons livros policiais precisam deles para que
sejam incríveis. Mas, obviamente, gosto quando termino a leitura e sinto que
todos aqueles detalhes foram importantes para desvendar o crime, para deixar a
história mais rica e interessante. E, infelizmente, não senti isso com TODAS AS CORES DA ESCURIDÃO. Pelo
contrário, senti que muitos detalhes poderiam ter sido descartados, pois não
colaboraram em nada e não fizeram diferença, apenas encheram linguiça e minha
paciência.
Como todo bom policial, o livro conta com duas vertentes: a primeira, um
aparente assassinato seguido de suicídio, e a segunda, uma morte entre gangues.
Como não acho tão interessante essa coisa de gangues, meu interesse diminuía
nessas partes, mas o início da primeira vertente me interessou bastante, mas,
com a infinidade de detalhes e caminhos desnecessários seguidos foi me
irritando. Adoro livros policiais, mas detesto histórias de espionagem, e de
repente, o assunto foi inserido no livro. Confesso: daí em diante li com o
maior desgosto. De repente, começou-se a falar de espiões, Rússia,
Inglaterra... E foi estranho, porque dava claramente para perceber que isso não
fazia diferença na trama, que não dava liga com o restante, a mim, ficou claro
que o autor inseriu essas partes para dar volume ao livro, e DETESTO quando
isso acontece, pois ele tinha uma história fascinante para contar, uma vez que
as duas mortes iniciais deu-se entre um casal. Sabem quando menos é mais? Pois
é, PETER ROBINSON não soube. Adorei
a premissa, mas acho que o autor poderia ter explorado-a de forma diferente,
mais intensa, mais emotiva, mais de forma a enredar pelo lado passional da
relação.
Quanto aos personagens, no
início gostei deles. Acho bacana livros policiais que têm uma equipe para
desvendar o crime e que todos se destacam, não apenas um que fica com o brilho,
mas não demorou para meu interesse nos personagens arrefecer, pois eles se
tornaram chatos, entediantes e nada interessantes. Não consegui me apegar a
nenhum deles nem as suas histórias de vida, que achei bem parcamente trabalhadas.
Contudo, compreendo que esse é o décimo oitavo volume da série, e acredito que
quem a acompanha já deva estar saturado de saber sobre a vida do investigador,
eu, no entanto, achei que faltou coisas interessantes em sua vida e que
sobraram informações desnecessárias.
PETER ROBINSON é um autor de
policiais bastante famoso, por isso esperei mais desse primeiro contato. Não
que tenha sido uma total decepção, mas confesso ainda não saber se daria outra
chance ao autor. Seria preciso que estivesse me sobrando MUITO tempo para
leitura para que tentasse ler outra obra dele. O livro me deixou bastante em
dúvida quanto a seguir a série.
A premissa realmente é interessante e gosto de tramas de espionagem, mas se o autor a inseriu só para "encher linguiça" realmente não dá. Uma pena quando isso acontece. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Mari, que pena que você se decepcionou. Esse é o 18º livro da série? Eu sempre gosto de ler na ordem, porque ao ler um livro assim aleatório na história fica, como você mesma disse, faltando coisas para compreender mais o personagem, saber do passado dele e tudo mais. Mas como aqui costumam lançar fora de ordem, nem tem como fazer nada, né? Pela sinopse a história parece mesmo bem interessante, mas é uma pena que o autor não soube levar a história adiante, que acabou enrolando demais com outras coisas, acaba fazendo a gente pensar que o autor estava querendo nos enrolar, né? Que pena. Provavelmente não vou ler o livro.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
Stolen Nights