Oi, gente!
Hoje vou falar de uma distopia incrível: MARCADOS da CARAGH M.
O’BRIEN, lançado pela editora GUTENBERG.
CARAGH M. O’BRIEN
Série: Marcados
Editora: GUTENBERG
Ano: 2014
Nº págs: 368
Gênero: Distopia
SINOPSE: No futuro, o mundo é árido e hostil, dividido entre
os que moram dentro do conforto da muralha, o chamado Enclave, e os que
duramente tentam sobreviver no miserável lado de fora, como a jovem Gaia Stone.
Aos 16 anos, assim como sua mãe, segue o ofício de parteira, e cumpre sem
questionar o dever de entregar uma cota dos recém-nascidos para o Enclave.
Porém, sem que ela entenda o porquê, seus pais são presos pelas mesmas pessoas
a quem eles sempre serviram e desaparecem. Os esforços de Gaia para resgatá-los
a levam para dentro da muralha, e ela acaba descobrindo a existência de um
código, cujo significado pode colocar muita coisa em risco, mas que também
ameaça sua vida e a segurança de sua família.
Quando MARCADOS foi lançado,
não tive o mínimo interesse em ler. Não porque não tivesse achado a sinopse
interessante, mas porque já tenho tantas séries distópicas começadas que não
queria iniciar mais uma. Decidida a não ler, continuei com minhas leituras e
parei de me preocupar com o livro. Eis que um belo dia resolvi ver a nota e
opiniões sobre MARCADOS no Skoob.
Pronto, fui obrigada a mudar de ideia. De repente, estava doida para conferir
esse livro e ver a razão das excelentes notas.
Já nos primeiros capítulos compreendi a razão. MARCADOS é uma distopia singular. Obviamente, traz as diferenças
sociais entre grupos, mostra os privilegiados e os “renegados”, fator comum em vários
livros do gênero. Mas a diferença está na forma como essa sociedade privilegiada se
forma. Seus bebês vêm do lado de fora de seus muros, do povo marginalizado,
pois uma doença acomete aqueles que nascem dentro da muralha.
Achei bastante interessante a autora mostrar que mesmo com todo conforto e
privilégio que cerca o povo que está em uma situação social elevada, os
problemas não deixam de existir. Mas a situação agrava pelo modo como esse povo
resolveu agir para resolver seus problemas, gerando aí a tensão que ronda o enredo.
A protagonista dessa história é Gaia, uma destemida garota, que aos 16
anos já é parteira e tem o dever de entregar uma cota de recém-nascidos que
viverão com todos os privilégios dentro dos muros. Um dia os pais de Gaia são
levados como prisioneiros e acusados de traição, então a garota resolve ir ao
encontro deles e descobrir a verdade oculta que separa seu povo daqueles que
vivem no interior da muralha.
É a partir daí que a história fica eletrizante! A forma de narrar de O’BRIEN é contagiante, o que dá um
ritmo avassalador da história, sendo impossível largar o livro e sempre nos
deixando ávidos por mais e mais.
Como é de praxe, um romance se inicia em meio ao caos, mas ele é retratado
de forma adorável e com bastante pé no chão. Nada de mimimi. Exatamente por
isso gosto dos casos amorosos retratados nas distopias. Como os adolescentes
são bastante maduros, devido ao “terror” e angústia que vivem, eles não têm
tempo para ficar com frescuras, o que torna as passagens românticas bastante
objetivas.
Não vou dizer que li MARCADOS
sem ficar chocada com a vertente que CARAGH
tomou. Esse negócio de dar os bebês foi bastante forte, e muitas vezes deixou
meu coração pequenininho. Achei bastante interessante esse sentimento que
aflorou, pois, na imensa maioria das vezes, gosto de ler distopias para saber
sobre o caos que se instaurou na terra e como os poucos sobreviventes fazem para
conseguir viver em um novo ambiente. Poucos foram os livros do gênero que
despertaram algum tipo de sentimento em mim que não fosse angústia, e MARCADOS conseguiu fazer com que eu sentisse a dor daqueles que
tiveram seus filhos entregues. Achei que a autora foi bastante corajosa em
explorar a história dessa forma.
Corajosa ela também foi ao explorar a figura de Gaia, que apesar de ser a
jovem determinada e inteligente comum a muitas distopias, foge dos padrões de
beleza dessas garotas, pois ela tem uma marca, uma cicatriz em sua face, o que
faz com que muitos, inclusive ela mesma, pensem em feiúra quando a.
Essa cicatriz é responsável por uma revelação bastante forte, que me deixou
chocada, mas não surpresa. Aliás, na capa do livro temos os dizeres “um código determinará o futuro. Uma cicatriz
revelará o passado”, e a todo momento fiquei ansiando por mais passagens
sobre o código, que está em posse de Gaia por causa de sua mãe, e sobre a
cicatriz, que está em seu rosto e que acredito que no próximo volume trará
muito mais esclarecimentos.
Achei MARCADOS um livro
incrível! Com certeza é impossível não amar essa leitura. É o tipo de livro que
dispensa os dizeres de recomendo, as notas altas já são o suficiente para
instigar para a leitura. Excelente!
Se eu já queria ler esse livro agora eu preciso dele! Que premissa e enredo maravilhosos, Mari! Vou ter que ler. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Mari, eu tenho um problema com distopias. Adoro as sinopses e fico bastante curiosa quanto às histórias, mas morro de preguiça de lê-las, não sei porquê. Então acabo demorando bastante tempo para ler os livros do gênero, o que significa que acumulo muitos deles aqui em casa sem ler. Então tento nem ler as sinopses e comentários a respeito de séries novas distópicas, e não tinha a menor noção sobre o que era esse livro. Parece muito bom, mas não devo ler agora. Quem sabe um dia, mas se eu ler eu devo gostar bastante.
ResponderExcluirBeijos,
Adri - Stolen Nights