16 de setembro de 2014

RESENHA: MARCADOS - Caragh M. O'Brien (Ed. Gutenberg)



Oi, gente!

Hoje vou falar de uma distopia incrível: MARCADOS da CARAGH M. O’BRIEN, lançado pela editora GUTENBERG.

MarcadosMARCADOS (vol. 1)
CARAGH M. O’BRIEN
Série: Marcados
Editora: GUTENBERG              
Ano: 2014                  
Nº págs: 368
Gênero: Distopia

SINOPSE: No futuro, o mundo é árido e hostil, dividido entre os que moram dentro do conforto da muralha, o chamado Enclave, e os que duramente tentam sobreviver no miserável lado de fora, como a jovem Gaia Stone. Aos 16 anos, assim como sua mãe, segue o ofício de parteira, e cumpre sem questionar o dever de entregar uma cota dos recém-nascidos para o Enclave. Porém, sem que ela entenda o porquê, seus pais são presos pelas mesmas pessoas a quem eles sempre serviram e desaparecem. Os esforços de Gaia para resgatá-los a levam para dentro da muralha, e ela acaba descobrindo a existência de um código, cujo significado pode colocar muita coisa em risco, mas que também ameaça sua vida e a segurança de sua família. 

Quando MARCADOS foi lançado, não tive o mínimo interesse em ler. Não porque não tivesse achado a sinopse interessante, mas porque já tenho tantas séries distópicas começadas que não queria iniciar mais uma. Decidida a não ler, continuei com minhas leituras e parei de me preocupar com o livro. Eis que um belo dia resolvi ver a nota e opiniões sobre MARCADOS no Skoob. Pronto, fui obrigada a mudar de ideia. De repente, estava doida para conferir esse livro e ver a razão das excelentes notas.

Já nos primeiros capítulos compreendi a razão. MARCADOS é uma distopia singular. Obviamente, traz as diferenças sociais entre grupos, mostra os privilegiados e os “renegados”, fator comum em vários livros do gênero. Mas a diferença está na forma como essa sociedade privilegiada se forma. Seus bebês vêm do lado de fora de seus muros, do povo marginalizado, pois uma doença acomete aqueles que nascem dentro da muralha.

Achei bastante interessante a autora mostrar que mesmo com todo conforto e privilégio que cerca o povo que está em uma situação social elevada, os problemas não deixam de existir. Mas a situação agrava pelo modo como esse povo resolveu agir para resolver seus problemas, gerando aí a tensão que ronda o enredo.

A protagonista dessa história é Gaia, uma destemida garota, que aos 16 anos já é parteira e tem o dever de entregar uma cota de recém-nascidos que viverão com todos os privilégios dentro dos muros. Um dia os pais de Gaia são levados como prisioneiros e acusados de traição, então a garota resolve ir ao encontro deles e descobrir a verdade oculta que separa seu povo daqueles que vivem no interior da muralha.

É a partir daí que a história fica eletrizante! A forma de narrar de O’BRIEN é contagiante, o que dá um ritmo avassalador da história, sendo impossível largar o livro e sempre nos deixando ávidos por mais e mais.

Como é de praxe, um romance se inicia em meio ao caos, mas ele é retratado de forma adorável e com bastante pé no chão. Nada de mimimi. Exatamente por isso gosto dos casos amorosos retratados nas distopias. Como os adolescentes são bastante maduros, devido ao “terror” e angústia que vivem, eles não têm tempo para ficar com frescuras, o que torna as passagens românticas bastante objetivas.

Não vou dizer que li MARCADOS sem ficar chocada com a vertente que CARAGH tomou. Esse negócio de dar os bebês foi bastante forte, e muitas vezes deixou meu coração pequenininho. Achei bastante interessante esse sentimento que aflorou, pois, na imensa maioria das vezes, gosto de ler distopias para saber sobre o caos que se instaurou na terra e como os poucos sobreviventes fazem para conseguir viver em um novo ambiente. Poucos foram os livros do gênero que despertaram algum tipo de sentimento em mim que não fosse angústia, e MARCADOS conseguiu fazer com que eu sentisse a dor daqueles que tiveram seus filhos entregues. Achei que a autora foi bastante corajosa em explorar a história dessa forma.

Corajosa ela também foi ao explorar a figura de Gaia, que apesar de ser a jovem determinada e inteligente comum a muitas distopias, foge dos padrões de beleza dessas garotas, pois ela tem uma marca, uma cicatriz em sua face, o que faz com que muitos, inclusive ela mesma, pensem em feiúra quando a. Essa cicatriz é responsável por uma revelação bastante forte, que me deixou chocada, mas não surpresa. Aliás, na capa do livro temos os dizeres “um código determinará o futuro. Uma cicatriz revelará o passado”, e a todo momento fiquei ansiando por mais passagens sobre o código, que está em posse de Gaia por causa de sua mãe, e sobre a cicatriz, que está em seu rosto e que acredito que no próximo volume trará muito mais esclarecimentos.

Achei MARCADOS um livro incrível! Com certeza é impossível não amar essa leitura. É o tipo de livro que dispensa os dizeres de recomendo, as notas altas já são o suficiente para instigar para a leitura. Excelente!



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2 comentários:

  1. Se eu já queria ler esse livro agora eu preciso dele! Que premissa e enredo maravilhosos, Mari! Vou ter que ler. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Mari, eu tenho um problema com distopias. Adoro as sinopses e fico bastante curiosa quanto às histórias, mas morro de preguiça de lê-las, não sei porquê. Então acabo demorando bastante tempo para ler os livros do gênero, o que significa que acumulo muitos deles aqui em casa sem ler. Então tento nem ler as sinopses e comentários a respeito de séries novas distópicas, e não tinha a menor noção sobre o que era esse livro. Parece muito bom, mas não devo ler agora. Quem sabe um dia, mas se eu ler eu devo gostar bastante.

    Beijos,
    Adri - Stolen Nights

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