Olá, pessoal.
Hoje vou falar sobre uma distopia que me surpreendeu muito: O DOADOR DE MEMÓRIAS do LOIS LOWRY, relançado pela editora ARQUEIRO.
LOIS LOWERY
Série: O Doador
Editora: ARQUEIRO
Nº págs: 192
Gênero: Distopia
SINOPSE: Lois Lowry contrói um mundo aparentemente ideal onde
não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro
lado, também não existe amor, desejo ou alegria genuína.
Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas,
pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças
do antigo mundo foram apagados de suas mentes.
Uma única pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o
objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria
necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.
Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá
seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de
que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem,
disciplina e muita força, mas não faz idéia de que seu mundo nunca mais será o
mesmo.
Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo
extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a
terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.
O DOADOR DE
MEMÓRIAS anteriormente foi lançado pela ARQUEIRO
com o título de O DOADOR. Apesar de
ter visto o livro várias e várias vezes, nunca havia me interessado pela
leitura mesmo porque, não tinha lido a sinopse e não fazia ideia que se
tratava de uma distopia. Esse ano, como a
história ganhou adaptação cinematográfica, todo mundo começou a falar dele,
então procurei saber mais sobre o enredo e fiquei bastante curiosa com a
leitura.
Por todo mundo ter falado muitíssimo bem de O DOADOR DE MEMÓRIAS, minha expectativa estava nas alturas, e
fiquei um pouco assustada quando cheguei a metade do livro e não achei que
estava sendo tão excelente assim. Não que estivesse ficando decepcionada, mas
tinha a sensação que já tinha lido distopias muito melhores e que o livro era
fraco diante dessas outras.
De repente fui largando mão de ficar fazendo comparações e passei a me
dedicar à leitura de forma mais intensa; eis que fui me apaixonando por Jonas e
sua história. Uma coisa que gostei muito foi o fato de termos um protagonista
do sexo masculino. A maioria das distopias que li até agora, se não todas elas,
a personagem principal sempre era uma jovem.
Quanto ao mundo que LOIS criou,
achei fascinante, principalmente no que concerne a questão do núcleo familiar.
Achei interessante como as famílias foram formadas e estruturadas. Aliás, a
estrutura de toda a sociedade é bastante interessante, ainda mais por tão cedo
termos crianças já recebendo suas funções dentro dela. Por conta disso, podemos
perceber que os personagens são bastante maduros para a idade. Jonas mais
ainda, pois recebe a tarefa mais importante.
Nesse ponto, já estava gostando bastante do livro, mas foi a descoberta de
Jonas em relação aos bebês que me surpreendeu. Não que não tivesse imaginado.
Muitas vezes tive certeza do que acontecia com os recém-nascidos que não eram
considerados aptos àquela sociedade, mas ver a situação confirmada por Jonas
foi bastante triste. Chegou a me dar um nó no peito.
Foi diante dessa descoberta que Jonas tomou uma decisão que jamais
imaginei que tomaria. Imaginei algum tipo de confronto, mas achei que o garoto iria
compreender os porquês de as coisas funcionarem daquela forma e aceitar, mesmo
que com revolta. Eis que Jonas me surpreendeu, não apenas por sua maturidade,
mas também por sua coragem ao tomar uma decisão inimaginável e seguir por um
rumo completamente diferente. E então o
livro acabou! Não vou mentir, fiquei com raiva, pois senti que esse primeiro
volume foi finalizado de forma bastante abrupta. Ao mesmo tempo achei interessante
essa quebra, pois me deixou bastante curiosa e ansiosa pela continuação.
Espero que o filme faça bastante sucesso e isso ajude a ARQUEIRO trazer o próximo volume bem
depressa, pois quero muito saber o que vai ser de Jonas e quais serão as conseqüências
da decisão dele. Super recomendo a leitura.
Quero muito ler esse livro por causa do filme, Mari. E como tenho visto opiniões diferentes a curiosidade aumenta. Bom saber que é uma série. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Olá Mari, Ufaaaa pensei que só eu tinha sentido que faltava algo nesse livro...
ResponderExcluirÉ verdade que a gente fica comparando ele com outros e, de repente, ele é uma das distopias mais diferentes que já li.
Percebi esse fato do personagem ser masculino e a questão dos bebês e também dos idosos imaginei que o redirecionamento fosse o que realmente é, mas confesso que também me assustei quando Jonas descobriu, foi um choque para ele e acaba sendo para o leitor por ver a reação dele...
Apesar de ser interessante e a história ser realmente boa, faltou-me empolgação e o fim foi tãoooo parado e tãooo o que vai acontecer.... que seria necessário a continuação para eu saber exatamente como me sinto em relação a esse livro.
Oi Mari! Eu também nunca tinha dado atenção a esse livro antes de começar os comentários todos por conta do filme, mas mesmo assim ainda não me deu tanta vontade de ler. Tenho curiosidade sim, mas não ao ponto de sair correndo atrás do livro, sabe? Acho que vou fazer o que não gosto de fazer e ver o filme primeiro, aí, se eu gostar, vou atrás do livro.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
Stolen Nigths