Oi, pessoal!
Hoje vou falar
sobre A QUEDA, o último livro que a SUMA DE LETRAS lançou de um de meus
autores preferidos, MICHAEL CONNELLY.
MICHAEL CONNELLY
Série: Harry Bosch (não
precisa ser lida na ordem)
Editora: SUMA DE LETRAS
Nº págs: 312
Gênero: Policial
SINOPSE: A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no
Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele
recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No
primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime
cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito
anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma
criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais. O
segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem,
certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving – um antigo
inimigo de Bosch – pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais
surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de
Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch. Em A queda, Michael
Connely mantém a narrativa perspicaz e repleta de reviravoltas. Na trama, o
detetive protagonista busca descobrir os indícios para solucionar os dois
casos. Afinal, há três décadas, um assassino opera secretamente na cidade e uma
conspiração política age no departamento de polícia corrompendo a instituição.
O primeiro livro
que li do CONNELLY foi CIDADE DOS
OSSOS. Apesar de ter idolatrado o livro, o autor não tinha entrado para minha
lista de “preciso ler tudo o que ele já escreveu”, mas quando a SUMA DE LETRAS passou a publicar os
livros dele e me enviou REVIRAVOLTA, isso mudou. A Halime, que é quem cuida das
parcerias da SUMA, me viciou no CONNELLY e fez eu querer ler cada vez
mais livros dele. A empolgação foi tanta que corri para conseguir todos os
livros. Demorei, mas esse ano enfim completei minha coleção. Uma vez que a
coleção estava completa, era só aguardar por A QUEDA, mais um livro do autor com o detetive Harry Bosch como
protagonista.
Bosch é o tipo de
detetive que adoro: destemido, sem papas na língua, não se dobra aos
superiores, não se converte ao alto escalão e não deixa que os poderosos que
comandam a cidade dite regras em sua investigação. Além disso, tem um
pensamento ágil, língua ferina e sempre tem uma pergunta jamais imaginada na
cabeça. Adoro seu modo de investigar e se doar para cada caso. Para ele, “todo
mundo importa ou ninguém importa”, o detetive não faz diferença, não
estabelece prioridades e tenta manter todas as investigações em que trabalha em
um mesmo nível.
Em A QUEDA, ele vai tentar descobrir sobre
o suposto suicídio do filho de um importante vereador, e também sobre um
assassinato, ocorrido há quase 20 anos, onde o DNA de um homem, agora com 29
anos foi encontrado. Façam as contas... Será que esse homem foi uma criança
assassina?
Não sei dizer qual
das duas vertentes me atraiu mais na leitura. Adoro livros policiais que
envolvem políticos, suas sujeiras, tramóias e corrupções. Não bastando, essa
vertente também nos insere nas sujeiras da polícia, que guarda segredos e
rancores. A situação é muito instigante e ficamos sem saber qual é o jogo do
vereador. Na verdade, a situação toda é tão interessante que quando chegamos ao
final ficamos estarrecidos com algumas revelações e motivos.
Do outro lado, temos Bosch investigando o rapaz que aparentemente assassinou uma moça de 19
anos quando tinha apenas 8. A investigação de Bosch leva o leitor a uma
realidade bastante triste de pedofilia e abusos físicos e sexuais. Fiquei tensa
em muitas passagens, principalmente quando o enredo caminha para o desvendar de
toda situação, quando provas e mais provas são encontradas. As descrições de
fotos, vídeos e do conteúdo que continham é verdadeiramente repugnante e
assustador, e faz o leitor refletir sobre o mal, que inclusive é uma questão
bastante abordada no livro.
Um ponto bem
interessante na leitura é que as duas investigações são paralelas mesmo, não
existe aquela coisa da conexão final que geralmente acontece nos livros
policiais, mas CONNELLY deixa claro
desde o começo que Bosch estará investigando dois crimes que nada tem a ver,
mas, ainda assim, é incrível como o autor conduz a narrativa de modo unificado.
As linhas investigativas estão sempre mescladas dentro de uma e outra história,
Bosch está sempre dando atenção as duas ao mesmo tempo, deixando o leitor ávido
por mais a cada página.
Além desses dois
crimes, CONNELLY também explora de
forma brilhante a vida pessoal de Bosch: o relacionamento com a filha
adolescente, após a morte da ex-esposa, se desenvolve de forma ótima, pois ela
é uma jovem compreensiva, que dá força, apóia o pai, e tem muito orgulho dele,
sem contar que um dia também pretende ser detetive, então é completamente
prazeroso ver esse relacionamento dos dois, ainda mais quando o pai já vai
dando dicas e ajudando a filha na profissão que ela escolheu. CONNELLY também resolveu inserir um
novo amor na vida de Bosch, uma mulher fantástica, mas com um problema familiar
muito sério. Ainda não deu para saber se será um relacionamento que irá para
frente, acredito que no próximo volume será mais desenvolvido.
Confesso que A QUEDA não é um dos melhores livros do
CONNELLY, mas é fascinante mesmo
assim. Gostei muito da leitura, mas achei que faltou dar umas retomadas no
passado de Bosch para relembrar alguns pontos de sua personalidade, mas,
tirando isso, ADOREI, como adoro tudo que CONNELLY
escreve. Leiam logo!
Mais um autor que preciso conferir. Bom saber que todos os livros tem excelente qualidade. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari! Nossa, com tanto de história assim em um livro só, como ele fez para o livro não ficar completamente confuso? rs. A história parece ótima, me deixou completamente curiosa.
ResponderExcluirMas fui olhar, e esse é o décimo quinto livro da série :/. Por que eu insisto em querer lê-los na ordem? rs. O primeiro livro da série é Cidade dos Ossos? Não consegui descobrir certinho. Mas esse parece ter bastante história pessoal do personagem, né? Daquela que vai acompanhando pela série, então é bom ler na ordem. Um dia eu consigo rs.
Adorei, acho que nunca li um livro em que tivessem dois casos totalmente paralelos, normalmente acaba sempre um colaborando com o outro e vendo pontos em comum. Fiquei curiosa para ver como o autor consegue colocar isso, vou ver se consigo os primeiros livros da série.
Beijos,
Adri Brust
http://stolenights.blogspot.com
Oi, Adri.
ExcluirVou confessar que não sei a ordem dos livros do Connelly e nem tento ler na ordem, mesmo porque, alguns livros foram lançados antigamente e nunca foram republicados... Se deixarmos para ler na ordem, não vamos ler nunca, hahahaha.
Mas é sério mesmo, não precisa ler na ordem e todos eles são ótimos.
Bjs