Olá, pessoal.
Hoje vou falar
sobre QUANDO TUDO VOLTA do JOHN COREY WHALEY, lançado pela NOVO CONCEITO.
JOHN COREY WHALEY
Editora: NOVO CONCEITO
Nº págs: 224
Gênero: Drama, Suspense
SINOPSE: Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro
lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão diferentes podem habitar a vida de
uma única pessoa? Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma
lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão,
Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro das atenções por onde passa. Mas
Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador. O
desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fica em segundo plano diante da nova
mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que
resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas. Em meio a uma cidade
eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre
com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem
realidade. E bem rápido.
Sabe quando você
acaba de ler um livro, odeia ele profundamente, mas vê notas altíssimas no
Skoob? Pois é, isso aconteceu comigo após a leitura de QUANDO TUDO VOLTA e
fiquei achando que sou um verdadeiro ET.
Comentei no
twitter que esse foi o livro mais “Oi?” que li, e agora vou explicar as razões.
O primeiro
capítulo me pegou de jeito. Cullen Witter parecia um rapaz engraçado em sua
melancolia, e de fato, o personagem me conquistou. Ele conta a história de sua
vida em Lily, no Arkansas, de um jeito bem humorado, mas com as palavras certas
para fazer com que o leitor sinta nas entrelinhas a tristeza que ele carrega em
alguns momentos. Ponto positivo.
A forma como o
personagem se envolve com sua família, seu irmão, Gabriel, e seu melhor amigo
Lucas, é fantástica. Todos esses relacionamentos são extremamente bem
trabalhados e detalhados, fazendo com que penetremos em Cullen, em suas
sensações e em seus sentimentos. Também sentimos tudo isso quando Cullen começa
a contar sobre sua vida sentimental. As moças que passam por sua vida, as
experiências que têm, os conflitos que vive, todos esses aspectos são bastante intensos e
fazem com que nós leiamos essas passagens desesperadamente. Ponto positivo
também.
Mais um ponto
positivo: a profunda tristeza em que a família de Cullen mergulha após o
desaparecimento do irmão. O modo como o autor descreve as situações chega a ser
cruel de tão nua. Conseguimos sentir a dor e desespero de cada um dos
personagens com o sumiço de Gabriel, um adolescente fantástico.
A verdade é que a
única coisa que me desagradou em Cullen foi uma mania infantil dele de ficar
interrompendo fluxos de pensamentos sérios e com um grau de dramaticidade que
tocavam o leitor, para ficar falando de zumbis ¬¬
Aí vocês devem
estar se perguntando por que eu odiei tanto o livro se até agora só apontei
coisas boas. O problema é que as coisas ruins me irritaram em demasia e fizeram
com que fosse impossível pensar nos pontos positivos na hora de dar a nota.
Minha revolta
começou quando, paralelamente a história de Cullen, JOHN resolveu narrar sobre Benton Sage, um garoto oprimido
religiosamente por seu pai. Gosto muito quando livros abordam questões
religiosas, mas no sentido de causar alguma controvérsia ou levantar polêmica.
Quando ficam rodeando por um fanatismo louco, sem sentindo algum e totalmente
absurdo, me irritam de forma profunda.
O drama que
envolve Benton, é interessante, não vou negar, mas achei MUITO exagerado o
tanto em que se falou e se expôs o fanatismo religioso. Acredito que nesse
caso, menos seria mais. O autor de fato conseguiu alcançar seu objetivo, que
era fazer o leitor ter uma raiva imensa do pai de Benton, mas ele bateu tanto
na mesma tecla que a raiva pelo personagem arrefeceu, dando lugar para um
sentimento morno e uma necessidade de “espero que essa parte acabe logo”.
Em sua jornada,
Benton conhece um amigo, um rapaz com quem divide o quarto na faculdade e que,
um dia, ao encontrar alguns escritos de Benton, torna-se um fanático religioso;
um segundo papai Sage, digamos assim. E foi essa história de religião que me
aborreceu e achei desnecessária no livro. De repente, fala-se sobre a vinda do
anjo Gabriel a terra a mando de Deus, a queda dos anjos, a guerra dos Nephilin,
e a sensação que tive foi: “CASSANDRA CLARE, é você?”
E por que achei
desnecessária? Porque o foco do livro era falar sobre o desaparecimento de
Gabriel, e para justificar o uso dessas duas vertentes o autor fez uma salada,
uma mistureba totalmente fantasiosa para justificar os fatos e conectar as duas
histórias.
Quando o enredo começou a contornar pelo passado, ficou óbvio o que havia acontecido com
Gabriel (o garoto, não o anjo), e então todas as razões começaram a ser
expostas e eu só conseguia pensar se a tentativa do autor foi de escrever um
suspense. Ok, confesso que talvez tenha ficado irritada com a leitura porque
estou acostumada com o suspense dos livros policiais, aqueles que tratam
desaparecimentos de outra forma, sob um outro ponto de vista, mas mesmo assim
não mudo minha opinião que foi uma salada desnecessária e monótona essa coisa
de inserir tanto a religião. Compreendi o uso dela para explicar a motivação final, mas acredito que poderia ter sido reduzida em 50% no meio do livro. Não bastando, o livro também fica batendo na tecla do reaparecimento de um pássaro que
acreditava-se estar extinto. Aliás, como esse pássaro me irritou ¬¬ A sensação
que tive foi que o autor ficou perdido. Que primeiro escreveu uma história
ótima sobre o sumiço de Gabriel com a versão de Cullen, e que depois quis imitar
os autores policiais, apresentando uma história completamente difusa que se
conectaria de forma magistral ao final, o problema foi que justamente essa
conexão não me convenceu, muito fantasiosa para meu gosto.
Como se já não bastasse o nervoso que senti
até aí, o final foi totalmente perverso! Infelizmente não posso comentar aqui a
razão, mas quem ler vai entender. O autor foi simplesmente cruel em fechar a
história como fechou, principalmente por ter conseguido, em tantas partes,
fazer com que o leitor sentisse toda a dor pela qual aquela família estava
passando.
Para mim, QUANDO TUDO VOLTA, foi uma tentativa
fracassada de escrever um livro sobre um desaparecimento. Confesso, porém, que
se não fosse essa parte religiosa tão enfadonha, minha visão e nota do livro
seria outra. Mas, realmente, não consigo separar uma coisa da outra na hora de
avaliar, por isso da 1 estrela :S
Realmente é difícil entender o que o autor quis fazer, e não estou afim de tentar descobrir. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari! Já tinha visto que você não tinha gostado e, ao ler sobre o que se trata o livro na sua resenha, o seu "Oi?" explicou exatamente o que eu senti. Esses três assuntos se interligam durante o livro? Porque parece que o autor viajou bastante e tentou ir por tantos caminhos, que acabou estragando uma história que poderia ser ótima.
ResponderExcluirJá tinha sentido raiva do pássaro só pela sinopse, agora então rs. Mas os pontos positivos que você trouxe no início me deram um pouco de vontade de ler o livro, e os negativos me fizeram ter vontade de ver por mim mesma como o autor misturou todas essas coisas rs. Fiquei curiosa, e espero gostar um pouco mais do que você, até porque não tenho expectativas rs. Adorei sua resenha.
Beijos,
Adri Brust
http://stolenights.blogspot.com
bom, creio eu, que para ler este livro você tem que ter a imaginação fértil, se pararem para analisar, conta a historia de um jovem, que passa, por varias emoções,, nao terminei de ler o livro mais estou gostando, apesar da parte religiosa, que fiquei meia perdida rs. mas fora isso eu estou gostando da historia e de todo o drama que ele e seus amigos viveram, e vivem.e para quem tem uma imaginação aberta irá gostar muito do livro.
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