27 de agosto de 2015

RESENHA: O MANUSCRITO - Chris Pavone (Ed. Arqueiro)



Boa noite, pessoal.

Para darmos continuidade a nossa Semana Especial da ARQUEIRO vou falar sobre O MANUSCRITO do CHRIS PAVONE.

O Manuscrito O MANUSCRITO
CHRIS PAVONE
Editora: ARQUEIRO              
Ano: 2014
Nº págs: 336
Gênero: Suspense

SINOPSE: Não existe no mundo uma única pessoa que possa comprovar tudo o que está nestas páginas. Mas há uma pessoa que pode chegar perto disso. Há outras pessoas que poderiam, se devidamente motivadas, confirmar certos fatos. Talvez este livro seja a motivação para essas testemunhas, um impulso para revelarem suas verdades, para comprovarem esta história. Mas o autor não é uma dessas possíveis testemunhas. Porque, se o que você está lendo for um livro concluído, impresso, encadernado e distribuído para o mundo, é quase certo que eu já esteja morto.


Meu primeiro contato com o PAVONE foi com OS IMPOSTORES, livro que achei bem chatinho, extremamente lento e sem muito a acrescentar. Ok, a culpa foi minha por ter solicitado um livro de espionagem sem gostar do tema. Mas não peguei trauma do autor por causa disso, tanto que ao ler a sinopse de O MANUSCRITO e ver que ele não teria tanta espionagem, resolvi arriscar mais uma vez. O resultado foi que gostei bem mais que seu primeiro livro, mas ficou longe de ser algo incrível.

A grande sacada de O MANUSCRITO é tudo o que fala sobre o mundo editorial. Para mim, essas foram as melhores e mais interessantes partes. Adorei ver como se dava o processo de conhecimento de um livro por meio de um editor até que ele chegasse de fato a sua publicação. O problema foi que sua parte interessantíssima foi só essa.

Achei que se fez muito barulho por pouco em relação ao manuscrito e a pessoa que ele iria atingir. Não sei, pensei que seria alguém de muito mais importância e com ligações muito mais densas. Vejam bem, não foi algo banal de forma alguma, mas pelas consequências que as pessoas começaram a sofrer, esperei mais.

Duas coisas me incomodaram bastante na leitura: a primeira, a questão de uma personagem que simplesmente vê o manuscrito na mesa de um outro personagem e o rouba. Ela nem sabia o que era, só tinha ouvido falar por cima e não tinha detalhes sobre o que se trava, mas bateu o olho e percebeu, magicamente, como se no manuscrito tivesse pó de pirlimpimpim que ele mudaria sua vida. Achei essa parte MUITO forçada :s

Outra coisa que me incomodou, e MUITO, é que o sujeito que escreveu o manuscrito é apenas chamada de “o autor”. O problema é que na metade do livro já temos certeza de quem é o autor, e pior, páginas depois ele até nos é revelado, mas até o final do livro continua-se chamando ele de “o autor”. Putz, a gente já sabe quem é, já sabe o nome, pra que essa firula? Esse enigma desnecessário?

Essas duas coisas me incomodaram em grau extremo, mas tiveram outras, claro, mas em grau menor, como por exemplo, o suspense que PAVONE fez sobre a ligação do tal autor com Isabel, a protagonista. Mais uma vez foi feito muito barulho por pouco, pois a relação deles fica meio óbvia desde o início e PAVONE insistiu em tentar enrolar o leitor.

Aliás, achei que muito do que teve em O MANUSCRITO foi enrolação. Poderia ser tranquilamente um livro com 100 páginas a menos que cumpriria sua função e até seria mais interessante, um vez que a leitura se tornaria menos monótona e enfadonha.

Até perto do final eu estava disposta a dar 2 estrelas para O MANUSCRITO. O que já seria uma a mais que minha primeira experiência com o PAVONE, mas dei três por causa do final impecável e surpreendente em relação a duas revelações bombásticas e interessantíssimas. Fiquei boquiaberta com tais passagens e achei o final do livro soberbo, mas não vou esquecer de todos os momentos de tédio que vivi no meio dele.


Sim, minha experiência com O MANUSCRITO foi mediana, mas melhor que com OS IMPOSTORES, só que irei pensar muito bem se darei uma terceira chance ao PAVONE, pois, pelo que pude sentir, ele é o tipo de autor que gosta de deixar sua obra com muitas páginas e tornar muitas coisas irrelevantes por esse exagero. Aqui seria o famoso caso do “menos é mais”. Alguém deveria dizer isso ao autor.


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4 comentários:

  1. Mari!
    Desde que vi esse lançamento, não me atrai por ele. Achei que tinha livros melhores para ler antes dele e pelo visto, não me enganei, porque sua opinião é bem precisa, uma análise perfeita que nos dá a real noção do que podemos encontrar no livro e não me agradei.
    Obrigada.
    “A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”(Oliver Goldsmith)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista!

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  2. Para falar a verdade não me interessei muito quando tinha visto esse livro ou as resenhas dele, e a sua só veio ratificar o que eu esperava. Claro que, se algum dia eu tiver oportunidade, irei lê-lo, mas não acho que vá mudar muito a minha opinião sobre.
    Beijos.

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  3. Mais um livro para a lista do dispenso. Esse parece ser um daqueles livros que tinha tudo para da certo, mas o querer enfeitar demais deu errado.

    Bjs

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  4. Caramba, eu estava muito animada com a sinopse desse livro, confesso. Achei-a misteriosa na medida certa, cheia de enigmas e super original. Depois da tua resenha acredito que as minhas expectativas estejam reduzidas a quase zero. Apesar disso, ainda pretendo ler o livro, só pra conferir de pertinho e poder falar por mim mesma.

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