Boa noite, pessoal.
Para darmos continuidade a nossa Semana Especial da ARQUEIRO vou falar sobre O
MANUSCRITO do CHRIS PAVONE.
CHRIS PAVONE
Editora: ARQUEIRO
Nº págs: 336
Gênero: Suspense
SINOPSE: Não existe no mundo uma única pessoa que possa comprovar tudo o que está
nestas páginas. Mas há uma pessoa que pode chegar perto disso. Há outras
pessoas que poderiam, se devidamente motivadas, confirmar certos fatos. Talvez
este livro seja a motivação para essas testemunhas, um impulso para revelarem
suas verdades, para comprovarem esta história. Mas o autor não é uma dessas
possíveis testemunhas. Porque, se o que você está lendo for um livro concluído,
impresso, encadernado e distribuído para o mundo, é quase certo que eu já
esteja morto.
Meu primeiro contato com o PAVONE
foi com OS IMPOSTORES, livro que achei bem chatinho, extremamente lento e sem
muito a acrescentar. Ok, a culpa foi minha por ter solicitado um livro de
espionagem sem gostar do tema. Mas não peguei trauma do autor por causa disso,
tanto que ao ler a sinopse de O
MANUSCRITO e ver que ele não teria tanta espionagem, resolvi arriscar mais
uma vez. O resultado foi que gostei bem mais que seu primeiro livro, mas ficou
longe de ser algo incrível.
A grande sacada de O MANUSCRITO é
tudo o que fala sobre o mundo editorial. Para mim, essas foram as melhores e
mais interessantes partes. Adorei ver como se dava o processo de conhecimento de
um livro por meio de um editor até que ele chegasse de fato a sua publicação. O
problema foi que sua parte interessantíssima foi só essa.
Achei que se fez muito barulho por pouco em relação ao manuscrito e a
pessoa que ele iria atingir. Não sei, pensei que seria alguém de muito mais
importância e com ligações muito mais densas. Vejam bem, não foi algo banal de
forma alguma, mas pelas consequências que as pessoas começaram a sofrer,
esperei mais.
Duas coisas me incomodaram bastante na leitura: a primeira, a questão de
uma personagem que simplesmente vê o manuscrito na mesa de um outro personagem
e o rouba. Ela nem sabia o que era, só tinha ouvido falar por cima e não
tinha detalhes sobre o que se trava, mas bateu o olho e percebeu, magicamente,
como se no manuscrito tivesse pó de pirlimpimpim que ele mudaria sua vida.
Achei essa parte MUITO forçada :s
Outra coisa que me incomodou, e MUITO, é que o sujeito que escreveu o
manuscrito é apenas chamada de “o autor”. O problema é que na metade do livro
já temos certeza de quem é o autor, e pior, páginas depois ele até nos é
revelado, mas até o final do livro continua-se chamando ele de “o autor”. Putz,
a gente já sabe quem é, já sabe o nome, pra que essa firula? Esse enigma desnecessário?
Essas duas coisas me incomodaram em grau extremo, mas tiveram outras,
claro, mas em grau menor, como por exemplo, o suspense que PAVONE fez sobre a
ligação do tal autor com Isabel, a protagonista. Mais uma vez foi feito muito
barulho por pouco, pois a relação deles fica meio óbvia desde o início e PAVONE insistiu em tentar enrolar o
leitor.
Aliás, achei que muito do que teve em O
MANUSCRITO foi enrolação. Poderia ser tranquilamente um livro com 100
páginas a menos que cumpriria sua função e até seria mais interessante, um vez
que a leitura se tornaria menos monótona e enfadonha.
Até perto do final eu estava disposta a dar 2 estrelas para O MANUSCRITO. O que já seria uma a mais
que minha primeira experiência com o PAVONE,
mas dei três por causa do final impecável e surpreendente em relação a duas
revelações bombásticas e interessantíssimas. Fiquei boquiaberta com tais
passagens e achei o final do livro soberbo, mas não vou esquecer de todos os
momentos de tédio que vivi no meio dele.
Sim, minha experiência com O
MANUSCRITO foi mediana, mas melhor que com OS IMPOSTORES, só que irei
pensar muito bem se darei uma terceira chance ao PAVONE, pois, pelo que pude sentir, ele é o tipo de autor que gosta
de deixar sua obra com muitas páginas e tornar muitas coisas irrelevantes por
esse exagero. Aqui seria o famoso caso do “menos é mais”. Alguém deveria dizer
isso ao autor.
Mari!
ResponderExcluirDesde que vi esse lançamento, não me atrai por ele. Achei que tinha livros melhores para ler antes dele e pelo visto, não me enganei, porque sua opinião é bem precisa, uma análise perfeita que nos dá a real noção do que podemos encontrar no livro e não me agradei.
Obrigada.
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.”(Oliver Goldsmith)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Para falar a verdade não me interessei muito quando tinha visto esse livro ou as resenhas dele, e a sua só veio ratificar o que eu esperava. Claro que, se algum dia eu tiver oportunidade, irei lê-lo, mas não acho que vá mudar muito a minha opinião sobre.
ResponderExcluirBeijos.
Mais um livro para a lista do dispenso. Esse parece ser um daqueles livros que tinha tudo para da certo, mas o querer enfeitar demais deu errado.
ResponderExcluirBjs
Caramba, eu estava muito animada com a sinopse desse livro, confesso. Achei-a misteriosa na medida certa, cheia de enigmas e super original. Depois da tua resenha acredito que as minhas expectativas estejam reduzidas a quase zero. Apesar disso, ainda pretendo ler o livro, só pra conferir de pertinho e poder falar por mim mesma.
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