Oi, gente!
Hoje vou falar
sobre MEU PRIMEIRO ASSASSINATO, da LEENA LEHTOLAINEN, lançado pela editora
VESTÍGIO.
LEENA LEHTOLAINEN
Editora: VESTÍGIO
Nº págs: 224
Gênero: Policial
SINOPSE: Depois de alguns anos na polícia federal, onde a rotina de autuações e
interrogatórios de pequenos delinquentes a entedia, Maria Kallio retoma seus
estudos na faculdade de Direito. Mas sente falta da ação e acaba aceitando
substituir um colega no departamento policial de Helsinque. Assim começa sua
primeira investigação criminal: um jovem, que passava um fim de semana na casa
de seus pais em companhia de sete outros membros de um coral, é encontrado
morto, afogado. O culpado só pode ser alguém do grupo. Mas quem? Maria
interroga um a um. Sua tarefa é árdua: ela conheceu a vítima e alguns dos
suspeitos quando era estudante. E tem a mesma idade deles, o que não a torna
muito convincente como inspetora neste caso. Além disso, todos tinham boas
razões para detestar a vítima: um jovem rico, talentoso, bem-sucedido e
conquistador.
Antes de tudo
quero dizer que estou feliz por ter lido MEU
PRIMEIRO ASSASSINATO porque com a leitura dele cumpri uma de minhas metas
para 2014 que era ler todos os livros já lançados pelo selo VERTIGO, que agora
se chama VESTÍGIO.
Apesar de estar
feliz por ter cumprido a meta, estou muito triste com o desenvolver de MEU PRIMEIRO ASSASSINATO, pois comparando
com os outros livros da editora, sou obrigada a dizer que esse é o pior deles,
o que mais me decepcionou.
A princípio pensei
que a história teria um “q” que Agatha
Christie, afinal, a autora escreveu diversos livros em que vários
personagens se encontram em uma casa, um assassinato acontece e aí há uma
investigação ao redor dos que permaneceram vivos. LEENA tentou assemelhar-se a essa premissa, mas fracassou. Apesar
de o crime acontecer em uma casa em que diversos indivíduos de um coral
estavam, a investigação não permeia apenas esse cenário, fazendo com que os
suspeitos voltem para suas residências e passem a viver suas vidinhas
comumente, apenas com uma ou outra visita da polícia.
Os suspeitos, em
vez de serem personagens interessantes, eram todos meia boca, e em vez de todos
terem a aura “podemos ser culpados” todos pareciam inocentes demais, com respostas
demais e suposições demais. Nenhum conseguiu manter meu interesse por sua vida
pessoal ou em sua possibilidade de cometer o crime. Não foi um livro que li
querendo a qualquer custo descobrir o culpado, ou ainda colocar a cuca para
funcionar para ver se adivinhava antes do fim, simplesmente porque o livro todo
foi muito morno!
A culpa de tudo
isso? Da protagonista, claro. Maria Kallio é uma jovem policial que ainda está
se enquadrando nos “esquemas” da polícia. O problema é que a personagem me
irritou ao extremo. Já no começo do livro, em vez de termos dados sobre o
crime, a investigação, etc, somos interrompidos nesse fluxo para a personagem
se apresentar. Ela fala de tudo, de sua vida estudantil, profissional, de seus
lábios carnudos (¬¬)...
Geralmente, adoro
acompanhar a vida pessoal dos protagonistas de livros policiais, isso porque
esses dados são inseridos no meio da investigação, em momentos apropriados e
oportunos que fazem o personagem revelar esse ou aquele aspecto de sua vida
particular, mas Maria, não, ela realmente pausa a investigação para discorrer
por duas ou três páginas (!!!) sobre sua personalidade e aparência. ODEIO
personagens egocêntricos!
Um dos pontos que
pareceu que estavam me apunhalando pelas costas, foi hora que Maria resolveu
discorrer sobre suas vestimentas, falando que os suspeitos não a levaram a
sério, primeiro, porque já a conheciam, e em segundo, porque ela estava de
tênis e jeans, o que a fazia parecer uma jovem estudante, mas que ela tinha a
sorte de conseguir mudar seu cabelo e sua aparência de acordo com o que vestia,
e que duvidava que os jovens a veriam da mesma forma quando ela chegasse com
seu cabelo preso e uniformizada com sua saia (!! Oi?). Gente, para tudo! Eu
NUNCA, JAMAIS li um romance policial em que a protagonista usasse saias na hora
de ir investigar ou interrogar alguém! Como o livro é finlandês, e acho que
nunca li nada vindo de lá, não sei dizer se isso é comum por aquelas bandas, o
fato é que achei estranhíssimo, obviamente pode ter sido pelo fato de estar
acostumada com os romances policiais americanos, ingleses e noruegueses, mas
que eu nunca vi, nunca vi, e sim, achei extremamente bizarro, ainda mais por a
protagonista parecer tão “non sense” a ponto de dizer que a roupa faria dela
uma policial mais séria... “Puff” colega, acho que ninguém te contou, mas a
primeira impressão é a que fica, se eles já te viram como menininha, você pode
se vestir como Don Corleone, que aos olhos dos suspeitos vai continuar
parecendo menininha.
O ruim em romances
policiais quando você antipatiza com a protagonista e não tem algum outro
personagem com quem se fiar, a experiência acaba sendo horrível. A investigação
foi fraca, os depoimentos mal elaborados e cansativos, e as passagens pelo
coral maçantes, foram páginas e mais páginas contando das músicas, do grupo,
etc, etc.
A investigação,
que poderia ter se centrado naquele pequeno universo, que poderia ter deixado o
leitor extremamente curioso sobre o que poderia ter acontecido naquele lugar e
com aquelas pessoas, abre-se, sem mais nem menos, para um universo de álcool e
drogas.
A meu ver, a
conclusão do livro foi terrível. Até gostei sobre em quem recaiu a culpa pelo
assassinato do rapaz, mas não gostei de como a coisa evoluiu da revelação até o
final. Não que tenha sido óbvio ou fraco, mas, apesar de ter tido decepção após
decepção, eu realmente esperava um final mais surpreendente.
Bem, me
comprometi a ler todos os livros policiais que a VESTÍGIO lançasse, até agora nenhum deles havia me decepcionado ao
ponto de mudar isso. Pelo contrário, dois deles foram para meus favoritos e são
livros que indico para Deus e todo mundo porque são excelentes, mas no caso dos
próximos livros da LEENA LEHTOLAINEN
vou pensar muito se vou continuar a ler. Sei que muitos autores escrevem um
livro que odiamos e depois vários outros que gostamos, já passei por isso
várias vezes, o problema é que os próximos livros da LEENA terão a Maria como protagonista, e aí, o que eu faço nessa
situação? A mulher me desagradou demais. É realmente um caso a se pensar :S
Oi Mari! Li a sinopse do livro e me interessei, mas com a resenha acabei desanimando rs. Acho que, tendo tantos outros livros policiais que eu quero ler, esse vai ficar para bem depois rs.
ResponderExcluirSério que a protagonista fica falando da vida dela e tal? Odeio isso. Eu AMO ficar acompanhando a vida pessoal dos personagens durante as séries e tal, mas, como você disse, quando eles são escritos em momentos apropriados, e não quando a personagem simplesmente narra isso pra gente.
Sobre continuar a série, eu acho que não vale a pena, se a protagonista te desagradou tanto. Acaba tirando o tempo de outros livros que poderiam ser bem melhores. Ou talvez valha a pena ler mais um para ter certeza de que não gostou, mas não sei rs.
Adorei a sua resenha.
Beijos,
Adri Brust
Stolen Nights
Oi, Adri.
ExcluirEntão, estou em dúvida exatamente pelo que você falou. Gostaria de ler mais um da autora para ter certeza, mas, ao mesmo tempo, tem tantos livros mais interessantes que não sei se quero perder tempo para ler algo que me põe em tanta dúvida.
O jeito será esperar lançar um segundo volume para ver qual será minha decisão.
Bjs
Bom que você cumpriu sua meta, pena que o livro te decepcionou. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Ahhh continuaaaa!! Quem sabe ela não aprende a usar calças nos próximos???
ResponderExcluirMari, Mari, Mari,
ResponderExcluirÉs minha ídola...existe essa palavra né?...sinceramente eu vou gravar o nome desse livro para jamais comprar...desculpa a editora, mas é o fim da picada quando um escritor faz uma coisa dessa....ainda mais quando já lemos tantos livros bons, pode ter sido um problema daqueles em que a escritora se acha o óh do borogodó e por isso lançou, mas olha fala sério, os conterrâneos deviam ler e dar a real....nossa acho que me emocionei, mas o caso é que quando temos pessoas sérias que realmente falam o que acharam da leitura, temos leitores mais felizes. Olha uma editora devia te contratar para dizer se vale a pena lançar ou não, porque investir em algo que não é bom, é o fim, por mais que venda em alguns lugares. Conheço um livro que eu espero que você jamais leia, porque se ler, quero ser a primeira a vir aqui conferir a sua opinião....kkkk...beijos elis!!!
http://amagiareal.blogspot.com.br/
É pelo jeito não foi lá grande coisa. Por isso não vou perder meu tempo em ler este romance policial. vou esperar algo melhor pra ler. Ainda bem que li a resenha. Estava pensando em ler.Valeu.
ResponderExcluirBeijos.
Como você disse, fica complicadíssimos gostarmos de um livro em que não simpatizamos com nenhum das personagens, e quando até a protagonista entra nesse bolo, a coisa fica pior. Achei essa Kallio bem "sem-noção" também. Enfim, vamos ver os próximos livros da autora e ver se essa protagonista dá uma melhorada.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Primeiramente obrigada por me "explicar" que Vestígio era Vertigo. Eu tava muito encucada com isso, porque em uns posts eu via Vertigo e em outras, Vestígio kkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPutz! Personagem egocêntrico em policial é um porre! O foco deveria ser a investigação, não? E se os outros livros terão a mesma protagonista, é de se esperar que os outros sejam igualmente mornos. Eu acho que não daria uma nova chance.