Oi, gente!
Nesse meio de
semana trago para vocês a resenha de UM
ESTUDO EM VERMELHO, do SIR ARTHUR
CONAN DOYLE, lançado pela EDITORA
NACIONAL.
SIR ARTHUR CONAN DOYLE
Editora: COMPANHIA EDITORA NACIONAL
Ano: 2013
Gênero: Policial
SINOPSE: O
cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a primeira investigação de
Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um “cão de caça”. Lamentava-se de
que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos dias”, quando, nesse
instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver de um homem foi
encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de roubo ou da
natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe que o mérito
irá sempre para a Polícia.
Tenho até vergonha
de admitir, mas a verdade é que NUNCA havia lido nada do Sherlock. Sei que ele
é um dos detetives mais famosos do mundo, e que quem gosta de policial TEM que
ler os livros com ele, mas, apesar de ter a coleção completa em casa, nunca tinha
surgido curiosidade suficiente para começar a ler CONAN DOYLE. Mas quando os livros da Editora Nacional chegaram, havia dois livros do autor, por isso
resolvi que teria que ter essa experiência logo! E confesso: não achei tudo
isso :s
Vou tentar explicar.
O que desgostei não foi da história em si, mas de sua estrutura. O livro é
dividido em duas partes: a primeira, com o desenvolvimento e conclusão do crime,
e a segunda, com o motivo. Achei isso bizarro, mas, como diria Jack, o
estripador, vamos por partes.
Como muitos sabem,
sou fascinada pela Agatha Christie, e já vi muitas pessoas comparando os dois
autores. A meu ver, em nada se assemelham, e Agatha, no quesito estrutura, é
mil vezes melhor. Mas vou explicar o que quero dizer com isso da estrutura.
Na primeira parte
temos a apresentação de Sherlock por Watson, e nessa parte achei alguma
semelhança com Agatha e seus personagens: Poirot e Hastings. É nesse momento
que preciso dizer que tenho imensa simpatia pelos dois personagens secundários
e dizer que os protagonistas ganharam meu desprezo. Houve um tempo, em minha
juventude, que idolatrava Poirot, mas com o passar dos livros ele foi se
tornando prepotente, arrogante, metido e parecia gostar de humilhar Hastings.
Sherlock não foi tão longe, não precisou de vários livros para mostrar sua
arrogância. No primeiro livro que DOYLE
escreveu sobre o personagem, já deixou bem claro seu enorme ego, e não, não
achei Sherlock genial ou divertido. Em muitas partes sua arrogância foi tão
grande que esqueci que ele era um ótimo investigador.
Ainda nessa
primeira parte, TODO o crime é cometido, investigado, resolvido e o culpado
apresentado.
Na segunda parte,
temos quase 100 páginas que contam o motivo dos crimes, e aí, sim, mergulhei em
uma história que me cativou. Apesar de adorar livros policiais, de amar os
detetives, e idolatrar acompanhar as pistas, a primeira parte passou tão rápido
que não deu a possibilidade de “queimar as mufas” para tentar compreender algo
sobre o crime. Mas quando a segunda parte chegou, o desenvolvimento, a
intensidade das emoções por trás das mortes, as reais razões, aí o livro me
ganhou.
DOYLE apresentou de forma magistral essa
segunda parte, que além de tudo foi tocante e comovente. E foi justamente por
isso que essa estrutura tão separada do livro não me agradou. Se UM ESTUDO EM VERMELHO tivesse sido
escrito como a maioria dos romances policiais de hoje, teria sido brilhante!
Hoje, os autores policiais vão apresentando sua investigação, e por meio de
flashback vão retomando as passagens que trazem os dramas à história, fazendo
com que tudo caminhe simultaneamente e sem uma clara divisão na história. Na
realidade, muitos autores antigos também fazem isso, até a própria Agatha, tão
comparada ao DOYLE usa do recurso.
Essa divisão tão
brusca foi o que me desagradou em UM
ESTUDO EM VERMELHO. Não sei se os outros livros com o personagem seguem
dessa mesma forma, mas vou conferir AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMES para poder
dizer mais. Quanto ao fato de ter antipatizado com Holmes, acho que já é tarde
demais para que ele me faça gostar dele, mas nunca se sabe. Em todo caso, assim
como faço com Poirot, vou ler sem preconceito e sem pensar em sua arrogância e
prepotência.
Sou mais Poroit!
ResponderExcluirhauahuahaua
Não chamou muito minha atenção =(
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Hahahaha, AGATHA, diva! <3
ExcluirPena que sua experiência não foi tão boa, mas ainda vou arriscar. Gosto tanto do Sherlock da BBC que não consigo me imaginar odiando-o. [rs] Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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