14 de março de 2014

RESENHA: A TORRE - Steven James (Ed. Nacional)



Bom dia, pessoal!

Sexta passada apresentei a vocês STEVEN JAMES, um autor que conheci recentemente, mas que já entrou para lista de meus queridinhos. JAMES escreve livros policiais, o que já ganha pontos comigo, mas em seu primeiro livro da série OS ARQUIVOS DE BOWERS ele abordou dois assuntos fascinantes: serial killer e a seita de Jim Jones. Simplesmente AMO quando os autores misturam realidade e ficção, justamente por isso, o primeiro livro, OPEÃO, além das merecidas 5 estrelas, também entrou para meus favoritos.

Obviamente, depois de ter uma primeira experiência tão fascinante com JAMES, minha empolgação para ler o 2º volume, A TORRE, era enorme, e mais uma vez ele preencheu todas as minhas expectativas, merecendo também suas 5 estrelas. Não entrou para meus favoritos simplesmente porque não teve corpos para todos os lados, rs.

A TorreA TORRE
STEVEN JAMES
Editora: COMPANHIA EDITORA NACIONAL              
Ano: 2013                  
Nº págs: 480
Gênero: Policial

SINOPSE: Enquanto investiga uma série de incêndios misteriosos em San Diego, o agente especial do FBI Patrick Bowers é arrastado para uma teia mortal de intrigas, em que a realidade por trás das aparências é mais que surpreendente. Com um assassino à solta e um dos dispositivos mais mortais do mundo desaparecido de uma área de pesquisa altamente secreta da Marinha, Bowers é pego em uma corrida contra o tempo para deter uma armadilha criminosa antes que ela se feche em torno das pessoas que ele ama. As aventuras de Patrick Bowers ao longo de cinco livros nos levam por um mundo de violência psicopata. Com uma inteligência acima da média, o agente especial do FBI chega, nessa série, ao limite de suas capacidades, enfrentando criminosos cada vez mais habilidosos.

Quando peguei A TORRE para ler, esperei algo tão bom quanto O PEÃO, mas também acreditei que iria ler algo nos mesmos moldes: serial killer, assassinato, assassinato, assassinato... Fui completamente enganada. Em A TORRE até temos alguns corpos, mas estes não são o foco principal do enredo, e não é através deles que a investigação gira.

Dessa vez, Patrick, que é um profiler geográfico, é chamado para lidar com um incendiário. Já foram 14 os prédios queimados e a polícia não tem nenhum tipo de pista sobre o incendiador. Com seu programa de computador e cérebro aguçado, Pat parte para a investigação a fim de traçar os passos do criminoso através dos incêndios já cometidos. Em pouco tempo, Pat já sabe quem perseguir.

A partir disso, a história começa a ficar imensamente rica. O incendiário tem um motivo para estar agindo e tem um tempo curto para chegar a seu “prêmio”. É quando vemos que um enorme segredo militar está envolvido no meio de tanta fumaça.

Através dos tubarões (sim, pasmem!), JAMES elaborou um enredo digno de deixar qualquer um meio bobo da cabeça, tamanha é a quantidade de voltas e reviravoltas, pessoas e patentes envolvidas. Tudo é inteligentemente bem trabalhado e, algumas passagens, que no início pareciam “jogadas” de qualquer forma, passam a fazer sentido.

Adorei o fato de A TORRE falar de tubarões, pois quem leu O PEÃO viu que Patrick teve uma conversa nada amistosa com um político que se auto declarou um tipo de tubarão. Nesse segundo volume, o tal político, volta a dar as caras, o que nos faz ter certeza, principalmente pela forma como A TORRE termina, que em O CAVALO ele figurará entre os personagens principais.

Gosto muito do fato de não precisarmos ler livros policiais na sequência para que possamos compreendê-los, e realmente, com essa série também não é necessário fazer isso, porém, é maravilhoso encontrar algumas deixas do volume anterior e saber exatamente do que o autor está falando, assim como é instigante saber que algumas coisas foram deixadas para serem contadas depois. Mas isso de o vilão maior estar presente em todos os volumes e ser alguém tão brilhante como o protagonista, acaba por tornar a série ainda mais interessante e me deixa ainda mais desesperada por acompanhá-la.

Um ponto que foi mais desenvolvido em A TORRE que em OPEÃO, foi o relacionamento de Pat com sua enteada de 17 anos, Tessa. No primeiro volume o relacionamento é mostrado de forma mais superficial, com as dificuldades que eles tiveram para se aproximar após a morte da mãe dela, etc. Apesar de já termos algumas salpicadas da inteligência e sagacidade da garota, é em A TORRE que sua personalidade aflora. Ela deixa de ser aquela adolescente melancólica e passa a tomar rédeas de algumas situações. Tem uma memória fabulosa e é sempre brilhante em suas colocações. Em certo ponto ela dá uma verdadeira aula sobre Poe e seu detetive Dupin, ajudando o padrasto a enxergar alguns pontos dos crimes que lhe passaram despercebidos, e oferecendo de graça ao leitor uma excelente palestra sobre Poe e a literatura policial.

Se desde O PEÃO eu já havia me apaixonado por Tessa, com A TORRE senti desespero por chegar nas partes em que ela estava presente. Minha torcida é para que a personagem cresça ainda mais nos outros volumes e que ela siga os passos do padrasto, se tornando uma agente do FBI. Claro que, mais que isso, anseio muito que caso isso de fato aconteça, STEVEN JAMES crie uma série para a garota e a coloque para brilhar mais do que está em OS ARQUIVOS DE BOWERS.


O fechamento do livro foi brilhante! JAMES foi absolutamente criativo na hora de fechar esse segundo volume. A forma como uniu todas as histórias paralelas, como enganchou tudo dentro de uma linha só, foi fenomenal! A revelação final sobre o caráter de alguns personagens foi igualmente magistral, não digo surpreendente, pois durante a leitura cheguei a desconfiar do envolvimento de um ou outro personagem que pareciam inocentes e prestativos demais, mas, não foi por ter acertado que a história pareceu menos digna de suas 5 estrelas. Só não entrou para os favoritos porque, vocês sabem, ADORO assassinatos violentos, com partes para todos os lados com especialistas falando como e porque da morte, da hora, quanto tempo sangrou, etc. Sim, sou sádica ;) Se tivesse um pouquinho mais de mortes hediondas, com certeza A TORRE também iria para meus favoritos. Mas estou com uma expectativa GIGANTE sobre O CAVALO. Na próxima sexta vou falar dele para vocês, enquanto isso, corram para começar a ler essa série! AGORA! Já!


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6 comentários:

  1. Nossa, fiquei mais ansiosa ainda pra ler essa série. Mas antes tenho que avançar no que tenho. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Conheci através de você esses livros do Steven James e já tô louca pra comprá-los :-) Esse também é um dos meus gêneros preferidos, junto com mistério. Espero logo poder ler. Mais uma vez, uma resenha bem escrita.
    Parabéns Mari : *

    www.levvvel.com

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  3. Realmente não tem como não sentir vontade de ler esse livro, a série toda aliás, tamanha a empolgação sua ao falar deles.
    Também gosto muito de ler todos esses detalhes sangrentos, consigo até imaginar a cena. rs. Sou sádica também. rs.

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  4. Mari!
    Acho ótimo quando uma série tem seus livros independentes e não precisamos rigorosamente ler em série.
    Facilita muito.
    Pelo jeito A Torre segue o mesmo ritmo fascinante de O Peão!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  5. Menina vou ter que correr atras dessa série (não acredito que até hoje desconhecia série/escritor) chocada comigo mesmo!! :o
    Obrigada pela tua resenha gostei muito. ^_^

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  6. Livro fascinante! Acabei de ler. Essa série é demais tenho todos os livros lançados aqui. Estou lendo devagar e vale cada dia. Muitas reviravoltas, possibilidades nesse A Torre. Indico muito.

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