Oi, gente.
Quem leu o post da CAIXA DE CORREIO mais cedo viu que eu
disse que voltaria para falar o porquê de ter abandonado o livro DE REPENTE ACONTECE da SUSANE COLASANTI, lançado pela NOVO CONCEITO em fevereiro. Como meu
comentário ficou um pouco grande para estar na caixa de correio, resolvi
postá-lo como se fosse uma resenha. Bastante negativa por sinal.
SUSANE COLASANTI
Editora: NOVO CONCEITO
Nº págs: 288
Gênero: Romance, Juvenil
SINOPSE: De repente acontece fala daquelas paixões que começam do jeito errado e têm
tudo para terminar errado – mas, depois de ler a última página, a gente
acredita que o amor existe. Se você é uma menina, este livro vai ajudá-la a
entender o que se passa na cabeça dos garotos. Se é um menino... Bem, se você é
um menino, também vai gostar de DE REPENTE ACONTECE. Uma história simpática,
com cara de vida real. E que poderia acontecer com você ou com a sua melhor
amiga!
Preciso dizer que sei que
a sinopse é meio fraquinha, mas como os livros da COLASANTI ficam num meio termo, pelo menos para mim, e são de
leitura rápida, em vez de colocá-lo na lista de NÃO VOU LER, resolvi que
começaria por ele, pois seria rapidinho, e com certeza meia-boca. Mas já no
primeiro capítulo tive uma decepção GIGANTESCA com a protagonista e pelo bem da
minha sanidade, abandonei.
Vocês sabem que não leio
NA porque acho um EXAGERO esse amor louco que cerca os personagens e parecem
deixá-los cegos para tudo o que se passa ao redor. Contudo, gosto muito de
livros juvenis, mesmo que falem de amor de uma forma melosa. Acho completamente
normal uma menina de 15, 16 anos, uma adolescente de verdade, fantasiar com o
amor, achar que o primeiro namorado vai ser para a vida toda, etc,
principalmente porque nesses livros temos um humor que arranca sorrisos
sinceros de mim; as protagonistas não se preocupam só com isso, elas sempre
encontram tempo para falar das amigas, da relação com a família, etc, e repito:
quase sempre usando um tom de humor que me agrada, ao contrário dos NA, em que
as mocinhas tem mais de 20 e já deveriam estar com os pés nos chão em relação
aos assuntos do coração, mas parecem mais meninas de 14 anos colocando o ser
amado no centro do universo e transformando TUDO em um drama exagerado e muitas
vezes desnecessário.
Tentei encarar a leitura
de DE REPENTE ACONTECE por ser um
livro mais juvenil, que desenvolveria o romance de forma mais natural, mas já
no primeiro capítulo encontrei a personagem Sara dizendo que “A perspectiva de
iniciar um novo ano escolar na próxima semana sem um namorado é a pior
possível”(p.7); e logo depois, quando as amigas começam a falar sobre metas
para o ano (p.10), a Sara responde “Quero um namorado. Alguém que venha com o
pacote completo”(p.12). Ok, deu. Abandonei.
Pelo amor de Deus, se uma
mulher no auge dos seus 37, 38 anos, que quer muito ter um filho, que não quer
que seja de produção independente, diz que sua meta é ter um namorado,
compreendo. Agora, uma adolescente, que tem a vida toda pela frente, coloca
isso como sua meta de vida no ano... Ah, aí me preocupa. Arrumar um namorado
durante o ano é uma coisa, planejar isso e colocar como objetivo de vida... Faz
com que eu me pergunte o que há na cabeça dessas adolescentes? Por que elas só
pensam em meninos? Por que alguém colocou a infeliz idéia na cabeça delas de
que é necessário um exemplar do sexo masculino para que elas se sintam bem,
queridas, amadas e importantes? Por favor, porque ninguém explica para essa
geração de adolescentes, de dentro e fora dos livros, que uma pessoa consegue
se sentir completa, feliz e realizada quando tem a si mesma como melhor
companhia. O que está acontecendo com o mundo?
Sara é uma adolescente
que se comportou (ao menos nesse primeiro capítulo) como as mocinhas
detestáveis dos NAs, daqui a pouco todos os juvenis estarão focados no desejo
de se ter um amor e nada mais, desse jeito, vou ter que ficar com a leitura
apenas dos infantos, e quando essa onda de desespero amoroso chegar nos
infantos... Ah, prefiro não pensar que essa sublimação romântica possa chegar a
esse ponto.
Bem, não deu para mim,
parei de ler, Sara me decepcionou no primeiro capítulo e duvido que conseguiria
continuar a ler sem considerá-la uma garota fútil e boboca. Próximo!
Já não tinha vontade de ler esse livro, agora menos ainda. Concordo com seu ponto de vista, parece Século XVII onde as meninas se casavam com 13, 14 anos.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Pois é, Gabi.
ExcluirBem triste isso :S
Ah, concordo com tudo que você citou acima, mas eu gostei da leitura, haha, não me mate, como eu estava muito focada em livros mais "sérios' e me matando nos estudos do vestibular, quis ler algo leve, só para descontrair, e aí chegou esse livro e eu li rapidamente, e ele cumpriu a minha necessidade, não sei bem o porque, mas cumpriu. Mas é uma pena que n tenha gostado e realmente esses livros estão sempre dizendo que a garota precisa "obrigatoriamente" do garoto para ser feliz, hahaha
ResponderExcluirBeijos.
http://www.garotadolivro.com/
Oi, Ka. Isso que me incomoda, o fato de ficarem martelando em como o garoto é importante para garantir a felicidade da menina.
ExcluirAcho que a autora é inconsequente de escrever isso, principalmente se pensarmos que meninas de 12, 13 anos leem seus livros e podem encucar com essa ideia de ter um namorado para ser feliz. Tenho medo :S
"Próximo!" kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEu ri muito da sua revolta na resenha, Mari, mas entendo completamente. Credo, não dá não isso. Ter um namorado como meta de vida. Blé. Em nenhuma idade isso é aceitável. Nenhuma. Isso é reduzir mulheres a espectro de homens. Afff.
" Isso é reduzir mulheres a espectro de homens. Afff."
ExcluirAmei sua frase, Ka. Exatamente isso! A Colasanti me dá medo. Acho que deve ser carente, sei lá, hahaha.
hahahahahahaha
ResponderExcluirPois é. Se não deu pra ler no início, nem adianta forçar!
Bola pra frente que a lista de livro é grande hahah
Isso mesmo, Pa! A lista é grande para tentarmos insistir no impossível, rs.
ExcluirBjs
Que pena que você não gostou do livro :(
ResponderExcluirEu só li "Bem mais perto" da autora, e eu gostei, achei a protagonista um pouco chata no começo, mas ainda assim, as descrições dos lugares me encantaram, e tinha a esperança da protagonista "cair na real", li até o fim e é um bom livro.
Beijos
Eu gostei do livro, se você le mais para frente percebe que a sara, fala um pouco de tudo. E essa leitura combina com as jovens de 14, 16 anos.
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