Ei, gentes!
Hoje temos mais uma resenha policial da editora RECORD: EM NOME DO MAL do JAMES
OSWALD.
JAMES OSWALD
Série: Inspetor McLean
Editora: RECORD
Nº págs: 336
Gênero: Policial, Suspense
SINOPSE: A violência paira sobre Edimburgo. O corpo mutilado
de uma jovem, vítima de um ritual macabro ocorrido há sessenta anos, repousa no
porão de uma mansão. Os braços abertos, as mãos pregadas no piso de madeira, os
órgãos removidos e dispostos em seis recipientes de vidro em torno da vítima.
Além disso, uma proeminente figura local é brutalmente assassinada, um
imigrante ilegal corta a própria garganta em um bar no centro da cidade, uma
mulher se joga na linha do trem e outras quatro pessoas são mortas de forma
violenta. O inspetor Anthony McLean tem certeza de que há uma ligação entre os
assassinatos, os suicídios e o ritual no porão, mas não consegue encontrar uma
explicação racional para os fatos. Na medida em que as coincidências aumentam,
ele é forçado a considerar uma explicação sobrenatural. Poderia existir algo
diabólico rondando a cidade que ele jurou proteger? Se sim, como detê-lo? As
respostas que McLean procura logo farão com que se depare com a própria
essência do mal.
Quando li a sinopse de EM NOME DO
MAL quis ler o livro imediatamente! Fiquei super curiosa com os dizeres,
bastante empolgada com a capa sinistra, mas, principalmente, explodi de
felicidade ao ver que esse era o primeiro volume da série do inspetor McLean. Infelizmente,
nós, brasileiros, não costumamos ter sorte no que se refere às séries
policiais, pois elas são lançadas de forma completamente desorganizada. Por
isso, quando encontro uma que está em seu início, que vai ser lançada certinho,
não perco a oportunidade e corro conferir. Exatamente o que aconteceu aqui.
Sadismo à parte, preciso dizer que o que mais gostei em EM NOME DO MAL foi a enorme quantidade
de mortes. Foi difícil passar 10 ou 15 páginas sem que tivesse um assassinato
ou um aparente suicídio. A narrativa de OSWALD
já é bastante fluida e as páginas passam num piscar de olhos, mas essa imensa
quantidade de mortos fez com que o livro ganhasse um ritmo próprio e fascinante.
Não nego que algumas vezes fiquei perdida com tanta informação sobre as
vítimas, mas tudo a respeito delas foi bastante bem esclarecido em momentos
oportunos.
Além das mortes, o livro traz outro aspecto que adoro nos livros
policiais: médico-legista. ADORO essa profissão e adoro ler o que eles vão
descobrindo sobre os cadáveres, o estado dos corpos e as prováveis causas das
mortes.
Não bastando um enredo espetacular e esses dois pontos citados, EM NOME DO MAL aborda ainda outro
quesito que me faz delirar na leitura dos livros do gênero: o embate entre
policiais de uma mesma delegacia. Adoro acompanhar a briga de egos e as farpas
que saem, e obviamente, é o personagem principal, o inspetor McLean, que está
envolvido nessa disputa. Claro que ele faz o papel do cara bonzinho e o outro
inspetor do cara mala, mas, ainda assim, ainda não consegui sentir amor profundo
pelo personagem, provavelmente porque o enredo foi MUITO maior que ele e senti
como se ele tivesse ficado um pouco apagado, portanto, preciso de mais contato
com o inspetor para poder sentir que há uma ligação entre mim e seu personagem.
Em relação ao culpado dos crimes, achei EXTREMAMENTE ÓBVIO, contudo, vendo
que muitos dos últimos livros policiais que li trouxeram uma reviravolta
impressionante e muitas vezes inverossímil, apenas para que o culpado não fosse
o óbvio, achei pertinente a escolha de OSWALD,
que optou por não trazer essa tal reviravolta impressionante só para
surpreender o leitor, e deixou que sua história fechasse de forma redonda com o
que realmente era cabível ao enredo.
Bastante interessante foi o final do livro, em que o autor nos explica que
EM NOME DO MAL era um conto que
virou romance. Após sua breve explicação das razões, ele nos brinda com o que
deveria ter sido o primeiro capítulo do livro, mas que por algumas sugestões
resolveu mudar. Particularmente, achei que seria um capítulo de abertura
fantástico, gostaria que tivesse sido ele a iniciar o livro, porém, fiquei
contente em poder lê-lo, mesmo que ao final.
Adorei esse primeiro volume e fiquei bastante empolgada ao ver que lá fora
já são quatro os livros lançados da série. Espero que a RECORD não demore a trazer os outros três, pois quero muito
conferir os próximos volumes. Leitura mais que recomendada!
Mari,ótima resenha!
ResponderExcluirJá estava com vontade de ler o livro e agora a vontade é maior.
Mas na sinopse e em algumas resenhas diz que tem um toque sobrenatural e tal.A presença é forte?Não sou muito fã de histórias que misturam policial e sobrenatural.
Que livro incrível! Adoro essa ideia de misturar policial com sobrenatural. E esse parece super interessante, Mari. Espero poder ler. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
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