10 de outubro de 2014

RESENHA: CURA - Robin Coon (Ed. Record)



Olá, pessoal.

Estou super empolgada para compartilhar com vocês minhas impressões sobre CURA do ROBIN COOK, lançamento da editora RECORD.

CuraCURA (vol. 10)
ROBIN COOK
Série: Stapleton
Editora: RECORD              
Ano: 2014                  
Nº págs: 364
Gênero: Policial, Thriller

SINOPSE: A Dra. Laurie Montgomery-Stapleton, patologista do Instituto Médico-Legal de Nova York, volta da licença-maternidade insegura quanto a suas habilidades como profissional e mãe. Então se depara com um caso de morte natural muito misterioso, a oportunidade perfeita para provar suas competências. O cadáver, um asiático que parece perfeitamente saudável, caiu em plena plataforma do metrô de Nova York, sem nenhum bem ou documento de identificação. Porém, Laurie não imagina que tentar encontrar a causa da morte a coloca numa complexa rede internacional de crimes e atrai o perigo para dentro de sua casa. 

O primeiro contato que tive com COOK foi com CRISE e infelizmente, não gostei tanto assim. Achei um dos personagens do livro extremamente pedante e muitas passagens médicas foram de difícil compreensão. Apesar de não ter gostado tanto dessa leitura, muitos fãs do autor me indicaram outros que consideravam excelente. Não consegui nenhum para troca, mas quando a RECORD anunciou o lançamento de CURA, vi que estava aí a oportunidade de um segundo contato.

Gostei bastante da sinopse de CURA e estava empolgada para ler logo, mas assim que comecei, fiquei chateada. O livro passou a falar da máfia japonesa, que não foi nem citada na sinopse, e boa parte do começo focou apenas nisso: Yakuza e Yamaguchi-Gumi. Quando me deparei com isso, passei a ter certeza que iria odiar o livro e me afastar de uma vez de COOK, até os nomes dos personagens me irritaram, pois foram quase impossíveis de guardar. O mais interessante, é que por mais chateada que estivesse por me deparar com esses fatores em CURA, não conseguia abandonar o livro, pois o ritmo da escrita de COOK estava maravilhoso e me impulsionando a ler. Por causa disso, continuei com a leitura, que se tornou incrível e conseguiu me conquistar assim que a família Stapleton apareceu.

Como não acompanho a série desde o início, não sei falar muito sobre a vida pregressa dos personagens que fazem parte dos livros, mas assim que apareceram me conquistaram. Na verdade, Jack me conquistou, pois, para mim, ele havia sido o único personagem interessante de CRISE, por isso, simpatizei imediatamente quando ele deu o ar da graça em CURA. Já Laurie, sua esposa e também médica legista, demorou um pouco mais para me cativar, pois devidos alguns problemas do passado ela estava fragilizada. Até compreendi a personagem no que falava a respeito de seu filho, mas ela sempre colocava em dúvida sua capacidade profissional e o marido sempre estava ao lado dela colocando-a para cima e fazendo elogios. No começo até me pareceu natural, mas depois de ela ficar repetindo sempre a mesma coisa, fiquei com a impressão que a personagem era carente e queria confete. Parecia que sentia necessidade de sempre ser elogiada.

Essa primeira má impressão que tive com a personagem só passou depois que um certo chefão da máfia falou dela para seus subalternos e disse que ela era uma das melhores médicas legistas, que tinha um faro apurado e não descansava quando cismava com alguma coisa. Foi a partir daí que passei a ver Laurie apenas como uma profissional extremamente capacitada e não uma mulherzinha mimizenta como estava aparentando no começo do livro. Foi impressionante que no meio disso a própria personagem mudou da água para o vinho e passou a ser como um cão farejando uma pista, a mimizice dela ficou para trás. Acredito, porém, que a personagem teve motivos para se comportar assim no início, e é quando dá para sentir mais a falta de ler os livros de uma série policial na ordem, pois algumas coisas sobre a vida dos protagonistas acabam por se perder nesse meio tempo e às vezes acabamos por ter birras desnecessárias contra eles. E acredito que foi exatamente esse o caso de minha primeira antipatia com Laurie.

Como é de praxe nos livros do COOK, já que o homem é conhecido pelos seus thrillers médicos, ele explora uma vertente assustadora em CURA: as vantagens que a indústria farmacêutica ligada às células tronco busca. Não sei o quanto o que ele apresentou foi verdadeiro, pois em CRISE, em sua última página, foram dadas algumas explicações sobre o que era realidade e ficção, já em CURA, essa página não foi colocada, mas acredito que o autor tenha tomado por base alguma parte verdadeira, o que me deixou bastante chocada com algumas passagens, situações e comportamento de algumas pessoas sobre o assunto. Mas acho que a intenção de COOK é sempre essa, chocar o leitor apresentando algo de sórdido que a medicina traz e que, aparentemente, fica obscuro para a população em geral.

Uma coisa que preciso falar de novo sobre CURA é do ritmo. Sério, foi incrível! Não consegui largar o livro até chegar ao final e fiquei mais hipnotizada a cada página. Parecia que as páginas me sugavam. Fiquei surpresa e felicíssima de ter gostado tanto. Com certeza agora vou continuar acompanhando os livros do COOK. Espero que a RECORD reedite logo os livros mais antigos com esse padrão das capas novas, estou doida para comprá-los e ter a coleção completa. COOK se tornou mais um autor a colecionar. Adorei, adorei, adorei! Super recomendo! <3


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3 comentários:

  1. Que bom que sua segunda experiência com o autor foi melhor, Mari. E essa série parece mesmo ótima. Também vou ficar esperando relançarem os volumes mais antigos para poder comprar. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Nossa, eu li esse livro quando era adolescente! A minha mãe tinha vários livros do Robin Cook em casa, então pude ler alguns. Acho que ele, junto com o John Grisham são os autores que mais li na vida!

    Beijos
    www.serleitora.com.br

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  3. Amo o Robin, mas seus livros tem se tornado meio superficiais. Recomendo os da década de 80 e início de 90. Em especial Contágio (1º livrod e Jack Stapleton), Vetor ( é bárbaro. fala de bioterrorismo, neonazismo e o conhecido antraz) Servidão mental (uso de fetos abortados para coleta de órgãos) Medo Mortal, Coma ( Tráfico de órgãos).
    http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/2014/07/sete-medicas-que-amamos.html

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