RESENHA: SE ALGUMA VEZ... - Meg Rosoff (Ed. Galera Record)

Olá, pessoal!

Nesse segundo dia do especial da GALERA RECORD, vou falar sobre SE ALGUMA VEZ... da MEG ROSOFF.

SE ALGUMA VEZ...

MEG ROSOFF

Editora: GALERA RECORD              

Ano: 2014                  

Nº págs: 256

Gênero: Juvenil

SINOPSE: Um encontro com a morte transforma a vida de David Case. Convencido de que o destino não lhe reserva nada de bom, David decide se reinventar e tornar-se, assim, irreconhecível para o destino e salvar-se de seu sofrimento certo. Ele passa a ser Justin Case, com uma aparência totalmente nova e uma paixão crescente pela sedutora Agnes Bee. Com seu galgo cinzento imaginário a reboque, Justin luta para manter sua nova imagem e, acima de tudo, sobreviver em um mundo onde as reviravoltas do destino o aguardam em cada esquina.

Dos livros que solicitei em junho da GALERA, SE ALGUMA VEZ... foi um dos que tinha me deixado mais curiosa. A sinopse apresenta pouca coisa e eu esperava uma narrativa incrivelmente tocante, mas não foi o que aconteceu.

Comecei SE ALGUMA VEZ... com altas expectativas e até fui conquistada no início. Gostei de acompanhar as questões que David começou a fazer sobre a morte e o destino, senti o desespero do personagem ao quase vivenciar a morte, e logo me liguei a ele. Esperava que o menino se tornasse paranoico, afinal, depois que ele começou a temer o destino isso ficou meio evidente, porém foi a melancolia dele que me desanimou na leitura.

Enquanto David se mostrou como um garoto meio amalucado e com medo do destino, a história parecia envolvente e engraçada, apesar de achar que David estava exagerando, mas com o passar das páginas, o personagem começou a ficar extremamente chato! A melancolia dele praticamente me deixou depressiva. Enquanto lia sobre a tristeza de David não conseguia parar de pensar em Louis, do livro Entrevista Com Vampiro. Sei que é uma comparação exagerada, mas quem já leu o livro ou viu o filme, deve lembrar que Louis era infeliz como humano, era infeliz como vampiro, era infeliz se mordia alguém, era infeliz se comia ratos... E David ficou nessa linha. TUDO era infelicidade, dúvidas e tristeza. Fiquei irritada com isso e então passei a só ver defeitos no livro L

Se antes tudo estava indo razoavelmente bem, após David ter me deixado tão infeliz quanto ele, resolvi me tornar cri-cri em relação à leitura e me peguei pensando em algumas incongruências que encontrei, a principal delas: se David quase viveu uma experiência relacionada com a morte, por que temia o destino e não a própria morte?

Outra coisa que começou a me deixar desgostosa com a leitura foi a família do menino. Sei que existem pais relaxados, mas o que ROSOFF apresentou foi meio exagerado. David passa a dormir na casa de um colega, depois dorme na casa de uma menina pela qual era apaixonado, e os pais... Cadê? A depressão do protagonista era muito clara para que fosse ignorada pelos pais. Fico morrendo de raiva desses livros em que os pais são afastados da narrativa para deixar o protagonista aparecer mais. Fico com a sensação que o autor teve preguiça de desenvolver a história de forma convincente para incluí-los e aí resolveu “deixar quieto” a presença de figuras que são tão importantes.

Infelizmente, não apreciei a leitura, mas ressalvo dois aspectos que me agradaram: Agnes Bee, a garota por quem David se apaixona, e que apesar de parecer piradinha foi a personagem mais pé no chão, e o irmãozinho de David, que ainda é um bebê, mas que ganha voz na narrativa, sendo um personagem divertidíssimo e capaz de conquistar o leitor. Mas, tirando esses dois personagens, achei SE ALGUMA VEZ... um livro bem chatinho L

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