RESENHA: ROSE MADDER - Stephen King (Ed. Suma de Letras)

Oi, gentes!

Ontem vocês conferiram a resenha de JOGO PERIGOSO e hoje eu voltei com mais uma resenha do mestre KING. Dessa vez vou falar sobre ROSE MADDER, um livro que me decepcionou muito e que foi o pior livro que li do autor L

ROSE MADDER

STEPHEN KING

Editora: SUMA DE LETRAS              

Ano: 2013                  

Nº págs: 480

Gênero: Thriller, Sobrenatural

SINOPSE: No dia que em saiu de casa, dando fim a um casamento de 14 anos, Rosie Daniels sabia que não seria nada fácil escapar do marido, o violento Norman Daniels. Mas, depois de 14 anos de torturas diárias e violências sexuais, Rose sabia que não teria mais nada a perder. Ao fugir, levando apenas o cartão de banco do marido, Rose tem certeza de que está entrando numa guerra sangrenta - cujo final pode ser fatal.

Como fã do KING, quero ler a obra completa dele, e para esse mês resolvi ler JOGO PERIGOSO e ROSE MADDER. Enquanto li vários comentários negativos sobre JOGO PERIGOSO e fui lê-lo sem apostar ficha alguma, me surpreendendo com a narrativa e colocando o livro entre meus favoritos, ROSE MADDER que nunca tinha visto ninguém falar tão mal, me deu a sensação de “WTF KING resolveu fazer?”

Antes de começar a leitura, havia visto em algum lugar que a personagem entraria dentro de um quadro. Até aí, surpresa alguma, afinal, KING é espetacular ao levar seus personagens aos mais sinistros lugares, mas é fenomenal por nos convencer de que aquilo é possível. Uma das coisas que mais gosto na narrativa de KING é o poder de convencimento que ele tem sobre mim. Mesmo os maiores absurdos me fazem crer que são reais, que podem acontecer, se é que já não aconteceram com alguém. Por isso, tinha certeza que iria gostar da justificativa do KING para a personagem entrar dentro desse quadro. Quando comentei isso com o Boni, do KING OF MAINE, ele disse para não ficar tão certa disso. Fiquei tensa, mas imaginei que alguma justificativa haveria de ter. Iniciei então a leitura.

No começo fiquei maravilhada com a história que KING tinha resolvido apresentar. ROSE MADDER é um livro sobre agressão e coragem. Norman é um policial agressivo que por trás de sua fachada de bom agente é um ser destrutivo, mas o que ele gosta de destruir é sua esposa, geralmente a pancadas. Todas as cenas de agressão são bastante fortes, assim como as lembranças de Rosie, a esposa. Quando a personagem relembra alguns abusos sofridos chega a ser desesperador, ainda mais quando ela relembra da raquete de tênis. Essa parte mexeu de verdade com meus nervos. Depois de 14 anos de agressões, Rosie resolve sumir da vida do marido e encontrar seu caminho, e foi extremamente fascinante acompanhar como essa mulher criou coragem para desatar os nós que a uniam com o monstro que era Norman.

Estava satisfeita com a história, pensando que assim como em JOGO PERIGOSO, KING tinha conseguido escrever um thriller realmente foda! Eis que a história foi interrompida pela passagem sobrenatural. Sim, digo interrompida porque praticamente houve um corte na narração para adentrarmos nesse universo fantástico. Do NADA, a próxima frase do livro é: “e ela entrou do quadro.” Oo

Sim, o quadro foi citado muitas e muitas vezes antes dessa passagem, mas como um quadro apenas. Era algo que Rosie adorava, que a fascinava, que causava uma reação nela. Mas, obviamente, esperei que houvesse uma explicação ANTES de ela ter adentrado no quadro. Sem a explicação, segui com a leitura, pois de certo a encontraria DEPOIS. Mas não, Rosie entrou e saiu do quadro, viveu algumas experiências lá dentro e pronto. O problema é que essas experiências me deixaram BOIANDO. Não achei nada demais, não achei que acrescentaram nada ao livro e teria sido melhor que tais passagens nem existissem, pois assim ROSIE MADDER seria um dos melhores thrillers que já li.

O livro voltou a ficar interessante quando a narrativa voltou para Norman e ele resolveu ir atrás da mulher. Nessa virada, temos novamente os contornos de um fabuloso thriller se desenvolvendo. A psicose de Norman atinge graus elevadíssimos e o sujeito começa uma matança desenfreada para procurar a esposa fugida. Diante disso, nem preciso dizer que passei a ler de forma ávida, pois ROSE MADDER apresentava praticamente todos os contornos dos livros policiais que tanto adoro. Juro que estava disposta a esquecer aquela parte sobrenatural e fazer de conta que ela não tinha existido. Para mim, o livro seria apenas essa perseguição louca e desenfreada, que a cada página tornava-se cada vez melhor. Foi quando tudo foi por água de novo e KING resolveu mais uma vez inserir o sobrenatural, mas, dessa vez, foi ainda pior, pois os personagens adentraram em um closet e para resolver seus problemas. ¬¬ Pois é, um armário(!!!), isso lembra alguma coisa?

Enquanto eu desejava um desfecho no mundo real, KING simplesmente resolveu mandar seus personagens para NÁRNIA para resolver a situação. Sério, eu li, reli e reli de novo se eles tinham mesmo entrado em um closet, e tinham! E o pior foi que “puft!” tudo se resolveu em NÁRNIA! Fiquei com MUITA raiva!

Sério, AMO o KING, mas esse foi o pior livro dele que li! Se não fossem as passagens sobrenaturais e o final absurdamente boboca, ROSE MADDER tinha tudo para ganhar 5 estrelas e entrar para minha lista de favoritos, mas não tem como esquecer dessas perturbadoras passagens que estragaram por completo um livro que poderia ser show. Eu lia e não acreditava que pudesse ter sido o KING a “cagar” assim em uma história. Quando finalmente terminei a leitura, só conseguia pensar que na época em que escreveu esse livro, KING tinha ido dar uma voltinha ali no seriado True Blood pra tomar sangue de vampiro, é a única explicação que encontrei para o livro ser tão viajado. Não gostei e não recomendo :S  

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