Oi, pessoal.
Hoje vou falar sobre ARMADILHAS
DO DESTINO, da autora E.M. SOUSA,
lançado de forma independente.
E.M. SOUSA
Ano: 2014
Nº págs: 216
Gênero: Romance
SINOPSE: Primeiro livro da série Armadilhas. Na Itália, em
Verona. A cidade que foi palco do amor de Romeu e Julieta. Nasce uma história
de amor. Henry White tem 25 anos quando vê Lanna Grey pela primeira vez, em uma
festa beneficente organizada pela família dele. Ela tem apenas 15 anos na
época. E ele sabia que o pai de Lanna jamais permitiria o namoro dos dois. Dois
anos mais tarde. A sorte brilha para Henry. Quando o pai de Lanna, o senhor
Charles Grey vem a falecer após um ataque cardíaco. Deixando Lanna e sua mãe
Leonor sem nada. Leonor faz um empréstimo diretamente com Henry. E entrega como
garantia de pagamento a própria filha. Henry agora tem 27 anos é dono de várias
indústrias, hotéis e bancos na cidade de Verona. Ele é prepotente, egoísta,
arrogante e extremamente lindo. Henry esconde um passado obscuro. Ele poderia
ter qualquer mulher. Mas, queria apenas uma: Lanna Grey, a menina de olhos
verdes e rosto inocente. Lanna tem 17 anos, acaba de entrar na Univesidade de
Verona no curso de História da Arte. É uma sonhadora. Amante da arte. Nunca
pensou que sua mãe fosse capaz de lhe entregar como pagamento de uma dívida.
Ela agora teria que casar com Henry. Mesmo sem amá-lo. Ela o odiava por ele
tê-la aceito como garantia de pagamento. Henry aprenderá com Lanna o
significado do verdadeiro amor. E Lanna aprenderá com ele, que todos podem
mudar. Inclusive a pessoa mais cruel que ela já conheceu: Ele. O destino traçou
uma armadilha para juntar os dois. Seria o amor capaz de superar o ódio? Leia e
apaixone-se!
Faz
bastante tempo, mas bastante tempo mesmo, que a autora ELIDIANE me procurou para firmar parceria com o blog. Também faz um
tempão que li ARMADILHAS DO DESTINO,
mas, na minha lerdeza, acabei esquecendo de postar a resenha. Portanto, chega
de postergar e vamos as minhas considerações sobre ARMADILHAS DO DESTINO.
Primeiro
aspecto do romance que me cativou foi o mocinho. Não pensem que estarão diante
de um bom moço, desse que nos enche o coração e que faz com que desejemos
encontrar um príncipe como ele, pelo contrário, Henry White é, sim, o mocinho
dessa história de amor, mas também é o vilão, e que vilão! Ele é sujo, cruel,
ardiloso e por vezes violento. Gostei bastante de vilão e mocinho ser o
mesmo personagem. Poucos livros trazem essa dualidade de caráter e achei a
ideia fascinante. É bom ver que ninguém é 100% bom ou 100% mau. Exatamente por
isso, Henry foi meu personagem preferido na trama. Contudo, analiso essa
preferência por ele de forma isolada, considerando interessante a construção do
personagem, não aprovando suas detestáveis atitudes e o fato de tratar a mulher
como objeto.
Quanto
a Lanna, a protagonista, algumas coisas me irritaram, como o fato de ela gostar
de carros e ouvir Spice Girls. Fiquei
incomodada ao ler as passagens automobilísticas e ver o quanto a garota era
entendida de carros, obviamente, os melhores carros ($$$) se é que vocês
entendem. Assim em como muitos livros de hoje, não gostei de ver as humilhações
infligidas a ela, muito menos de ver que ela as aceitava. Parece que muitas das
mulheres de hoje são caracterizadas na literatura por sua atitude de aceitação
frente a um homem que possui dinheiro e poder. Mulheres desse tipo parecem ter
preço, mas não valor. O fato de Lanna conhecer o caráter de Henry, se assustar
com suas atitudes, não procurar tomar providências, e mesmo assim assumir seus
sentimentos por esse "ogro", chocou-me algumas vezes, ao mesmo tempo
em que fiquei admirada com a coragem da moça em assumir tais sentimentos,
principalmente por ter passado por muita violência nas mãos do personagem, que
parecia um algoz.
Um
aspecto que me surpreendeu no livro foram as partes calientes. Como muitos
sabem, não leio romances eróticos, pois não vejo propósito no sexo, parece que
é feito por fazer, mas, em ARMADILHAS DO
DESTINO, essas cenas, extremamente fortes, se encaixaram. Contudo, apesar
de ter achado que elas foram bem descritas e que atingiram ao propósito de me
deixar chocada e horrorizada, achei que faltou uma abordagem mais profunda ao
tratar do tema do abuso e violência sexual, algumas vezes pareceu que era
normal passar por tal situação.
Um
ponto que tinha me desagradado em ARMADILHAS
DO DESTINO, havia sido a revisão. Foram muitos pontos finais em lugares de
vírgulas e muitas vírgulas em lugares que deveriam ter pontos finais, e isso
acabou por prejudicar um pouco a leitura. Mas disse que isso havia me desagradado,
no passado, pois ao conversar com a ELI,
fui informada que o texto já está passando por nova revisão, o que vai ajudar a
tornar a leitura mais fácil, uma vez que a escrita da autora é bastante fluida.
Um
fato que havia me deixado em dúvida em relação ao livro: o momento
histórico em que acontece, no presente. Apesar de ter gostado do enredo e dos
personagens, não havia ficado convencida que, nos dias de hoje, uma mãe pudesse
dar sua filha como pagamento de uma dívida, ainda mais essa filha sendo menor
de idade. As leis do nosso país, que sempre deixam a desejar, são bastante
rígidas em relação às crianças e adolescentes, e isso jamais seria permitido. Imaginei que na Itália não devia ser muito diferente. Mesmo a família de Lanna
tendo perdido tudo, um dia eles foram ricos e o nome de família é o tipo de
coisa que se mantém, então não seria nada complicado a garota encontrar um
advogado e entrar com um processo contra a mãe e contra Henry e sair vitoriosa.
A mim, pareceu meio irreal entregar uma menina menor de idade como pagamento. Assim,
diante dessa dúvida, resolvi escrever para a autora e perguntar sobre a lei
italiana, pois o mote da história, mesmo sem ser plausível em nossos dias
atuais, foi bacana.
Vejam a resposta da autora sobre
a questão da lei italiana para crianças e adolescentes:
”... quanto à questão da lei
italiana, funciona assim, os pais tem todo o poder sobre os filhos, conjuntos,
quando um deles morre, o poder fica para apenas um, no caso ficou com a mãe de
Lanna, o contrato que ela fez com Henry, foi com base no casamento dos dois,
pois a possibilidade da emancipação pode ser concedida por só um dos pais
quando a ausência do outro, ou de sua inexistência, quer pela morte natural,
quer pela presumida, mas declarada. O menor de acordo com o art. 390 da lei
italiana, fica como emancipado pela lei do casamento. Acontecida essa situação,
a incapacidade como menor de idade cessa e a pessoa emancipada fica em idêntica
situação à do que já adquiriu a maioridade, por haver completado 18 anos. Desde
que o menor seja maior de 16 anos. Assim sendo o menor passa a ter direitos
iguais ao do seu conjugue(marido ou esposa). Eu esqueci de por isso no livro
quando escrevi a primeira vez, explicando como Henry conseguiu manter Lanna por
tanto tempo ao lado dele sem que ela corresse até a polícia ou ao juiz. Eu já
terminei o segundo livro e estarei explicando essa parte do casamento no
segundo livro. Assim facilitando o entendimento, e as dúvidas que ficaram
presas no primeiro livro.”
Gostei ver
que a autora teve preocupação em esclarecer minha dúvida, e,
principalmente, que autorizou explicá-la para vocês na resenha. Foi bom também saber
que ela vai explicar tudinho no próximo volume, pois ARMADILHAS DO DESTINO é apenas o primeiro volume de uma trilogia que promete fortes emoções.
Oi Mari! Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas a história parece interessante. Tinha me incomodado já na sinopse bastante com a questão dos pontos finais, mas que bom que será revisado mais uma vez, pois a história parece bem boa. Acho que nunca li um livro em que o mocinho e o vilão eram a mesma pessoa, pelo menos não consigo lembrar agora.
ResponderExcluirTambém achei super legal da parte da autora responder e tirar a dúvida, pois é um fato importante na história, acho. Fiquei bem interessada.
Beijos,
Adri
http://stolenights.blogspot.com
Não sou fã de romances mas achei a premissa interessante. Concordo com você nas observações sobre a mocinha, não gosto dessas "mulheres com preço". Por outro lado gostei de saber que ela entende de carros, acho que coisas assim acabam com o estigma coisa de homem x coisa de mulher. Vou considerar a leitura. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Olá gostei da resenha, você sabe como faço para adquirir esse livro pois já morri de procurar e nada. Obrigada!
ResponderExcluirOlá gostei da resenha, você sabe como faço para adquirir esse livro pois já morri de procurar e nada. Obrigada!
ResponderExcluirGostaria muito de encontrar esse livro .por favor se alguém souber me avise
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