Bom dia, pessoal!
Hoje vou falar sobre o novo lançamento do MICHAEL CUNNINGHAM: A RAINHA DA NEVE, lançado pela editora RECORD.
MICHAEL CUNNINGHAM
Editora: BERTRAND BRASIL
Nº págs: 252
Gênero: Romance, Drama
SINOPSE: Barrett Meeks, que acabou de perder mais um amor, está à deriva. Ao
atravessar o Central Park, ele se vê repentinamente inspirado a erguer os olhos
para o céu, onde uma luz pálida e translúcida parece encará-lo de uma forma
nitidamente divina. Ao mesmo tempo, seu irmão mais velho Tyler, músico viciado
em drogas, tenta em vão escrever uma canção de amor para sua noiva, Beth, que
está gravemente doente. Barrett, assombrado por aquela luz, inesperadamente
recorre à religião. Tyler, por sua vez, se convence cada vez mais de que apenas
as drogas serão capazes de dar vazão à sua verve criativa mais profunda. E
enquanto Beth tenta encarar a morte com o máximo de coragem possível, sua amiga
Liz, uma mulher mais velha — cínica, porém perversamente maternal —, lhe oferece
ajuda. Guiados pela narrativa sublime de Michael Cunnningham, acompanhamos
Barrett, Tyler, Beth e Liz à medida que trilham caminhos definitivamente
distintos em sua busca coletiva pela transcendência. Numa prosa sutil e lúcida,
o autor demonstra uma profunda empatia por seus conflituosos personagens, além
de uma compreensão singular daquilo que reside no âmago da alma humana.
Solicitei A RAINHA DA NEVE por
ser do CUNNINGHAM. Não, eu não
conhecia o autor, apenas tinha ouvido falar sobre seu premiadíssimo AS HORAS,
que rendeu uma adaptação bastante famosa, ao qual ainda não assisti. Mas, pelo homem
ser tão comentado, quis conferir, e o resultado foi que fiquei extremamente
dividida com a leitura.
Até um pouco depois da metade de A
RAINHA DA NEVE, estava achando o livro lento, enfadonho e de uma mesmice
sem fim. Os três personagens que mais se sobressaíram eram de uma chatice IMENSA.
O drogado Tyler me irritou em diversos momentos em que deu as caras, isso
porque o que ele mais queria era escrever uma canção de amor para Beth, sua
noiva que estava com uma doença terminal. Por não conseguir escrever logo a tal
canção, o personagem resolveu me cansar e ficar falando só disso e de seu
imenso e eterno amor por Beth. Esta, apesar da doença, não conseguiu fazer com
que eu me sentisse próxima nem penalizada. Por alguma razão, Beth não me
convenceu com sua dor ou tristeza. Já Barret me decepcionou por ser um
homossexual mal resolvido. Não, ele não é mal resolvido em relação a sua
orientação sexual, mas sim em todos os demais aspectos da vida. É alguém
completamente dependente de outro, desesperado por um relacionamento, e que
conta no dedo quantos deles fracassaram. Sua vida gira tão em torno disso, que
parece que o personagem deixa de lado outros aspectos fundamentais, como o
emprego. A parte em que ele viu a tal
luz então... Ah, essa extrapolou minha paciência de leitora, mas, como disse,
até um pouco mais da metade do livro.
Depois disso as coisas mudaram. Foi feita uma revelação que fez com
que os mais diversos sentimentos explodissem dentro de mim: raiva, mágoa,
descrença... Enquanto eu lia o livro, sempre me perguntava onde CUNNINGHAN queria chegar com esse
enredo, e acho que não gostei de descobrir. Como tudo estava morno e arrastado,
sofri um tremendo baque com a forma com que tudo foi explorado depois. Tyler se
tornou um dos personagens mais cínicos que já encontrei nos livros, mas MUITO
cínico mesmo, daqueles que encontram desculpas para todas as merdas que fazem.
Beth por fim caiu em minhas graças, principalmente porque passou por altos e
baixos com sua doença, que culminou em um dos pontos altos do livro, e
Barret... Bom, Barret conseguiu me conquistar e até me cativar com sua história
sobre a tal luz, até fiquei um tantinho crente sobre ela e as circunstâncias.
Não nego, pela fama do autor, esperava algo completamente diferente de A RAINHA DA NEVE, um livro que acabou
por testar minha paciência, mas que me surpreendeu de forma bastante positiva,
mesmo que tenha me deixado desgostosa com o que estava lendo. Aos dotados de
mais paciência e que não têm pressa para concluir a leitura, recomendo.
Eu não tenho muita paciência em livros (exceto em thrillers e policiais), então acho que não seria um bom livro para mim... quem sabe. Mas fiquei bastante curioso em relação a história.
ResponderExcluirWww.cidadedosleitores.blogspot.com (TÁ ROLANDO SORTEIO)
Mari!
ResponderExcluirAté gosto de romance e drama, porém tem de ter dinâmica no livro, caso contrário, não rola.
O autor é afamado, mas pelo jeito, deu uma fora.
No momento vou passando o livro.
“Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.”(Mario Quintana)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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o livros tem até jeito de ser bom , mas eu tambem não me interessei, gostei da tua sinceridade na resenha, obrigada.
ResponderExcluirO livro é muito desanimador. O autor colocar muitos parênteses o que tira o foco do que ele estava falando anteriormente. Você tem vontade de parar de ler o livro logo no começo, quando da a entender que um irmão gay sente alguma atração pelo outro irmão que não é gay. Uma historia sem começo e fim. Muito ruim mesmo. Não indico a ninguém.
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