Oi, pessoal.
Hoje vou falar de um thriller que depositei grandes expectativas, mas que
durante a leitura me deixou frustrada: O
CONTO DO ADIVINHO, do BRADFORD
MORROW, lançado pela RECORD.
BRADFORD MORROW
Editora: RECORD
Nº págs: 378
Gênero: Thriller
SINOPSE: Cassandra Brooks leva uma vida aparentemente normal.
Ela divide seu tempo entre a escola em que leciona e à criação dos filhos
gêmeos. Para complementar a renda, dedica seu tempo livre à prática da antiga
arte da radiestesia, que aprendeu com o pai. Ao ser contratada para encontrar o
melhor lugar para se construir um lago em terras particulares, ela tem uma
aterradora visão de uma menina enforcada. Então, uma série de estranhos
acontecimentos leva Cassandra a confrontar um passado que julgava enterrado e a
força não apenas a lidar com seus piores dramas como também com algo real e
perigoso, que há tempos está em seu encalço.
Que a RECORD lança uma
quantidade imensa de livros policiais todos os meses é fato. Eu, fanática que
sou pelo gênero, tento acompanhar todos. Na grande maioria das vezes dou sorte,
pois sempre escolho e compro excelentes livros, mas em junho não dei tanta
sorte assim, pois dos três livros policiais/suspense/thriller que solicitei
pela parceria com a editora, dois me desagradaram, e infelizmente, O CONTO DO ADIVINHO foi um deles.
A premissa parecia divina, os fatos curiosíssimos e a forma de narrar
incrível, mas não sei explicar o que aconteceu, simplesmente não funcionou para
mim. Esse não foi o primeiro livro que faz um misto de policial com
sobrenatural que li, mas, diferente de outros, achei que deixou a desejar, e
nesse caso culpo Cassandra, a protagonista e narradora.
O livro começou de forma maravilhosa e me vi sugada para as páginas. ADORO
narrativas em primeira pessoa e estava achando fabulosa a forma de Cassandra de
contar sobre sua vida e de seus familiares. Ela já começa nos colocando a par
do desaparecimento de seu irmão, a quem ela havia pedido para não sair de casa
naquele dia, pois sentia que algo ruim iria acontecer. Gostei muito desse
começo e de descobrir que Cassandra era sensitiva, não apenas uma radiestesista
com dons voltados para o descobrimento da água.
A história realmente estava me agradando, ainda mais quando o corpo pendurado
na árvore foi logo encontrado. Diante dos fatos, pensei que a narrativa seguiria em ritmo
frenético, como estava sendo até então, foi quando tudo esmoreceu L Se até então meu envolvimento com o enredo estava em 100%,
foi questão de páginas para baixar para 50% e até menos, isso porque Cassandra
se tornou cansativa e enfadonha. De repente, essa protagonista que parecia ter
tanta coisa interessante para contar, pareceu ficar fazendo rodeios, inserindo
várias e várias histórias no meio do enredo, algumas, que ao final, não fizeram
diferença alguma para o desfecho, e sou MUITO chata em relação a esse tipo de
coisa em livros desses gêneros (policiais/suspenses/thrillers), pois acho que
cada desvio que se faz, a fim de se inserir uma nova história, deve ser
pertinente e tem que ter uma ligação com o desfecho. Quando encontro algo que
foi contato só por ser, sinto que o autor quis encher linguiça e fazer o livro
ter mais páginas, e foi isso que senti durante muitas partes da narrativa de
Cassandra.
A sensação ao ler O CONTO DO
ADIVINHO foi a de estar em uma montanha russa, pois o interesse ia subindo
e descendo a cada capítulo. Parecia que não conseguia deixar minha leitura de
forma nivelada. Alguns capítulos foram tão interessantes que parecia que iria
engolir as páginas, outros foram tão mornos, ou mesmo frios, que parecia que
lia eternamente e não saia do lugar. Prefiro mil vezes ler um livro que
desperte meu interesse, ou desinteresse, de forma gradativa, a ir vivendo esses
altos e baixos, pois fica complicado não considerá-lo apenas como regular.
O final foi interessante e gostei bastante, mas não foi o suficiente para
que eu dissesse: “compensou as partes mornas”. Pois realmente não foi o caso.
Como disse lá em cima, já li outros livros que misturavam o gênero policial com
algo de sobrenatural (como a trilogia FRANKENSTEIN do Dean Koontz e O GUARDIÃO INVISÍVEL da Dolores Redondo, esse último lançado pela RECORD), e foram interessantíssimos; infelizmente, não consegui ter
esse mesmo sentimento com O CONTO DO ADIVINHO.
Para mim, não funcionou, faltou dinamicidade narração e mais elementos para
deixar a curiosidade a ponto do desejo de roer as unhas. Mas é o tipo de livro
que cada um precisa ler para tirar as próprias conclusões.
Triste quando temos uma decepção com um gênero que gostamos tanto. E a sinopse realmente parece interessante, mas tantos altos e baixos realmente não dá. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari! Que pena que você acabou não gostando, pela a sinopse parece realmente interessante. Dá raiva quando sentimos que o autor ficou enchendo linguiça, né? Nos sentimos enganados. Mas mesmo assim ainda estou curiosa com a história, espero ter a oportunidade de ler, e gostar mais do que você, até porque já vou ler com menos expectativas.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
http://stolenights.blogspot.com