Boa tarde, pessoal.
A resenha de hoje será de um dos lançamentos da GALERA RECORD: O CONDADO DE CITRUS do JOHN BRANDON.
JOHN BRANDON
Editora: GALERA RECORD
Ano: 2014
Gênero: Suspense
SINOPSE: A Flórida do condado de Citrus não se parece em nada
com aquelas imagens de televisão, com um clima convidativo, coqueiros e
surfistas. Shelby Register, de quatorze anos, se muda para a cidade com cheiro
de pântano com seu pai e irmã após a morte da mãe. Talvez a única coisa que a
interesse seja o tal Toby McNurse, um delinquente sem cura que cumpre suas
dezenas de detenções acumuladas. Já Toby não vê sentido na vida, nas paixões
dos adultos, nas diversões dos amigos. Só sabe, em seu âmago, que está em seu
destino fazer o mal. E ao observar as angelicais irmãs Register, sabe que o
chamado de sua alma está prestes a ser atendido.
Solicitei O CONDADO DE CITRUS
porque me senti bastante atraída pela sinopse. Parecia que um livro diferente
se anunciava e adoro conferir histórias com jovens que saem da superficialidade
tão comum ultimamente. Por conta dessa expectativa, passei-o na frente de
alguns que estavam na fila e dediquei meu sábado à sua leitura, contudo, até
hoje, quatro dias depois de finalizá-lo, ainda não sei muito bem o que pensar
do livro. Algumas coisas foram espetaculares, outras deixaram muito a desejar,
por isso continuo dividida em relação a O
CONDADO DE CITRUS.
O livro começa muito bem, logo de cara apresentando Shelby e Toby. Shelby,
a garota exemplar, a menina de ouro; Toby, o vadio, o malandro. Pode até
parecer que BRANDON vai explorar o
relacionamento entre a menina certinha e o bad boy, mas a intenção do autor é
explorar uma vertente muito pior, muito mais assustadora!
Acredito que a grande maioria que acompanha o blog saiba o quanto sou
fascinada por livros policiais, mas apesar disso e de já ter visto os tipos
mais horríveis nesse tipo de livro, ainda assim, a maldade intrínseca a Toby
conseguiu me revirar o estômago. Talvez tenha sido pela pouca idade do
personagem, apenas 14 anos, mas fiquei meio em choque com a sordidez e frieza
do garoto em fazer o que fez.
Particularmente, classificaria o livro como um thriller, e até agora estou
sem entender a razão de ele ter saído pelo selo da GALERA. Sei lá, quando penso na GALERA me vem à mente outro tipo de livro; e isso também foi uma
das coisas que me surpreenderam em O
CONDADO DE CITRUS. Precisei ter estômago para ler, para seguir em frente,
pois Toby é um vilãozinho pra lá de doente, e não digo isso no sentido físico. Provavelmente,
se estivesse lendo um livro com esse mesmo mote, com adultos, não teria ficado tão horrorizada, mas foi impossível não sentir arrepio, justamente por se tratar de uma
criança, a meu ver, maligna!
Apesar de assombrada com o personagem, essa foi uma parte que gostei
muito. Achei fabulosa a forma como o autor explorou esse lado ruim de Toby e
seu cinismo, bem como a inteligência e tristeza de Shelby. Gostei de como ele
misturou os dois e fez florescer e crescer um relacionamento, que também
confesso ter ficado meio horrorizada, ainda mais por Shelby ser uma garota tão
inteligente e madura para idade.
Um personagem que salta aos olhos é o Sr. Hibma, um jovem professor
insatisfeito com a própria vida, com aulas peculiares e pensamentos ainda mais.
É o tipo de personagem bastante complexo, que tem seus altos e baixos e vive em
uma constante montanha-russa, levando o leitor junto com ele por esses caminhos.
Sem dúvida foi meu personagem preferido.
Porém, apesar de só ter feito elogios até agora, preciso falar o que não
me agradou em O CONDADO DE CITRUS, e
foram três fatores que me deixaram meio desgostosa com a leitura. Primeiro: a
participação do FBI. Sou fã de livros policiais e adoro quando o FBI assume um
caso. No livro a participação deles é bem reduzida, já que o caso deve ser
cuidado pela polícia local, contudo, essa participação não devia nem ter
existido, uma vez que apresentou duas agentes boçais e idiotas. Sei que existem
maus empregados em qualquer profissão, mas o caso aqui não é esse, não é o caso
de serem funcionárias ruins, é o caso de serem estúpidas mesmo! Primeiro,
porque fazem uma investigação porca, segundo, porque ficam de blá, blá, blá com
a Shelby de um jeito que NÃO existe! Poxa!, é o FBI! As agentes ficam de
conversinha com a garota, contam sobre suas vidas pessoais, sobre seus
problemas, a relação amorosa, e mais, depois uma delas LIGA para Shelby para se
desculpar pela conversa fiada e pela pouca atenção que deram para a garota em
relação ao problema policial que ela enfrenta; justificou que os problemas
pessoais a tiraram de foco ¬¬ Ok, em que mundo isso? Para mim foi bizarro! Uma
situação que só serviu para estragar o livro.
Segundo ponto que me fez torcer o nariz: a atitude de Shelby ao desvendar
o mistério. Que ela é meio esquisita até compreendo, mas durante a narrativa
inteira fala-se tanto de sua inteligência e sagacidade que fiquei horrorizada ao
ver como ela havia interpretado os fatos finais, o que me levou ao terceiro
ponto: ter detestado o fim do livro. Achei terrível a forma como as coisas
acabaram. Terrível e injusta! Gostaria de ter visto outra atitude por parte
Shelby, uma atitude mais voraz, menos apática. A resolução do caso foi
detestável, ao menos para mim, que esperava uma ação e reação completamente
diferente vinda de Shelby. E claro, esperei um final bastante diferente do apresentado
para o sinistro Toby.
O CONDADO DE
CITRUS é aquele tipo de livro que cada um tem que ler para tirar as próprias
conclusões. Eu mesma ainda não sei o quê realmente pensar sobre esse enredo,
que ora parecia maravilhoso, ora fora da realidade. Apesar de já ter passado 4
dias da leitura, e de já ter lido outros livros nesse tempo, ainda estou
digerindo tudo que BRANDON apresentou
em sua história. Leiam e me contem o que acharam ;)
Queria ler esse livro, mas agora já não sei. Principalmente pelos comentários sobre as Agentes do FBI, me pareceu que o autor foi um tanto sexista na criação das personagens. Vou pensar melhor. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Faz tempo que não leio nada do gênero, fiquei curiosa, quem sabe não esta a dica que estava faltando para eu voltar a ler este tipo de livro ^^
ResponderExcluirBeijos Joi Cardoso
Estante Diagonal
Oi Mari! Não fazia a menor ideia de que esse livro tinha essa temática. Realmente, por ter saído pelo selo da Galera, imaginei uma coisa totalmente diferente. Fiquei curiosa com a história, para saber o que realmente acontece, e o que te surpreendeu tanto, mas acho que não vou lê-lo tão cedo. Não gostei nem um pouco dessa parte de as agentes do FBI serem burras e tal, morro de raiva quando isso acontece.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
http://stolenights.blogspot.com