Boa tarde, gente!
Hoje vou falar
sobre o primeiro volume de uma série distópica que ganhou meu coração: O TESTE da JOELLE CHARBONNEAU, lançado pela editora ÚNICA.
JOELLE CHARBONNEAU
Série: O Teste (precisa ser lida na ordem)
Editora: ÚNICA
Nº págs: 320
Gênero: Distopia
SINOPSE: No dia de formatura de Malencia ‘Cia’ Vale e dos jovens da Colônia Cinco
Lagos, tudo o que ela consegue imaginar – e esperar – é ser escolhida para O
Teste, um programa elaborado pela Comunidade das Nações Unificadas, que
seleciona os melhores e mais brilhantes recém-formados para que se tornem
líderes na demorada reconstrução do mundo pós-guerra. Ela sabe que é um caminho
árduo, mas existe pouca informação a respeito dessa seleção. Então, ela é
finalmente escolhida e seu pai, que também havia participado da seleção, se
mostra preocupado. Desconfiada de seu futuro, ela corajosamente segue para
longe dos amigos e da família, talvez para sempre. O perigo e o terror a
aguardam. Será que uma jovem é capaz de enfrentar um governo que a escolheu
para se defender?
Havia iniciado
esse ano de 2014 com a promessa de que não começaria a ler novas séries enquanto
não tirasse boa parte das já iniciadas do meio. Porém, como a ÚNICA lança as sequências super
rápido, não vi razão para não mergulhar na leitura desse livro que me fascinou
desde o primeiro instante em que vi a editora divulgando-o.
No momento, as
distopias estão em destaque, e acho fantástico como nunca tenho a sensação de
estar lendo mais do mesmo quando inicio uma nova série do gênero. CHARBONNEAU foi muito feliz ao nos
brindar com sua narrativa em primeira pessoa através das palavras da personagem
Malencia Vale, mais conhecida como Cia, que com um ritmo incrível vai deixando
o leitor ávido por conhecer ainda mais sobre sua história e seu mundo.
Cia é uma garota
de 16 anos que terminou os estudos e está lutando pela oportunidade de
participar do Teste para entrar na Universidade, mas quando essa oportunidade
enfim lhe é dada, ela descobre que muitos segredos se escondem pelo caminho.
Um dos aspectos que
mais gostei em O TESTE foi o fato de
já nesse primeiro volume termos explicação do que aconteceu com o mundo. A
guerra destruiu tudo que conhecíamos e os poucos sobreviventes passaram a viver
em colônias, algumas pequenas, outras maiores, a fim de “criar” um novo mundo.
Aqueles que passam no Teste e vão para a Universidade, são responsáveis por
pesquisas e invenções tecnológicas para facilitar a vida das pessoas nessas
colônias. Em algumas falta água, em outras, alimento, em algumas sequer têm
energia elétrica.
Gostei bastante da
forma como CHARBONNEAU expôs a
destruição do mundo pelas mãos dos homens, por sua infinita busca ao poder. Foi
extremamente gratificante acompanhar cada detalhe que a autora criou sobre o
ar, água, solo e natureza. JOELLE conseguiu
abraçar os principais fatores de um mundo destruído para nos inserir ao
ambiente hostil que criou, obviamente, ela deixou muitas lacunas para as
sequências, fazendo com que percebamos diante mão que mais explicações virão
para nos situar sobre o fato de como a Terra deixou de ser o que conhecemos
para se tornar um planeta dividido por colônias e com extrema escassez de
recursos.
Como na grande
maioria das distopias, é interessantíssimo acompanhar Cia na busca por
sobrevivência, pois claro que uma das partes do Teste inclui tal passagem em
campo aberto. Contudo, não sei dizer qual parte do Teste me causou mais
arrepios, se foi essa última etapa, ou se foi seu início, em ambiente fechado e
com personagens dispostos a tudo para eliminar seus adversários e conquistar
seu lugar na Universidade. Agressões, envenenamentos, suicídios, brigas,
enganações, desconfianças, e laços são traçados desde o momento em que os
jovens chegam para serem testados, e é através da escolha dos personagens, de
suas ações e atitudes, que vamos vendo como o caráter de cada um deles foi
moldado e a que grupo (bem x mal) pertencem. Confesso que algumas passagens
foram medonhas de acompanhar devido à competitividade sem limites de alguns
estudantes na busca por seu lugar.
O romance que se
desenvolve nas páginas de O TESTE também
é bastante satisfatório. Nada meloso ou desesperador, apenas um sentimento que
vai crescendo conforme a convivência e situações trágicas vão tomando conta dos
dias dos personagens. Gosto muito de acompanhar romances graduais, e foi uma
história de amor exatamente assim que encontrei em O TESTE, mesmo porque, apesar de ser jovem, Cia não é uma menina
tola que se deixa cegar pela paixão, ao contrário, mesmo com tanta coisa
acontecendo e ameaçando sua vida, ela não se apega ao amor como uma esperança, e
mantém sempre o pé no chão, fazendo indagações a si mesma sobre o rapaz e as
desconfianças que têm em relação a algumas atitudes dele. Aliás, esse é um
ponto alto no livro, que praticamente me fez suar de desespero e apostar em mil
situações e diversas explicações por parte dele.
Quanto ao final,
fiquei sem fôlego! O TESTE terminou
de uma forma que não imaginei, com uma revelação que, para mim, foi bombástica
e que me deixou em verdadeiro desespero para ler a continuação e saber mais
sobre Cia, uma garota incrivelmente segura de suas ações e disposta a descobrir tudo o
que se esconde por trás do Teste.
Livro fantástico!
Muito melhor do que eu imaginava. Recomendadíssimo! <3
Adorei sua resenha Mari. Estou muito ansiosa para poder ler esse livro. Amo distopias <3 Beijos, Fê
ResponderExcluirSe eu tinha alguma dúvida já não tenho mais, quero ler esse livro. Distopias são mesmo uma ótima pedida. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Amei sua resenha, ela está completa. Se antes eu estava em dúvida de iria ler ou não o livro, agora já decidi. Quero ler e logo. O que mais me chamou a atenção foi o último parágrafo, quando vc diz que o livro te deixou sem fôlego.
ResponderExcluirOi Mari! Apesar de ter visto muitos comentários, não tinha me interessado muito por essa nova série. Estou meio enjoada de livros distópicos (apesar de adorar as histórias sempre que leio), e preciso de um tempo bem grande entre a leitura de um e outro para conseguir aproveitar a história. Então, tenho uma lista gigantesca de distópicos acumulados para ler, e esse não foi para o início da fila. Mas gostei de saber que a história é diferente das outras, e já fiquei agoniada com as desconfianças sobre o carinha da história, me deixou bem curiosa. Se algum dia tiver ele em mãos, eu leio, mas não vou correndo atrás dele, apesar de ter gostado da proposta.
ResponderExcluirBeijos,
Adri Brust
http://stolenights.blogspot.com