Oi, gente!
Vocês sabem que
adoro policiais, e claro que não posso deixar passar uma semana em branco sem
resenha do gênero. Por isso, hoje vou falar sobre um dos novos lançamentos da VESTÍGIO: ASSASSINATO NA TORRE EIFFEL,
escrito pelas irmãs Liliane Korb e Laurence Lafèvre, mas que assinam com o
pseudônimo de CLAUDE IZNER.
CLAUDE IZNER
Série: Victor Legris (vol. 1)
Editora: VESTÍGIO
Nº págs: 256
Gênero: Policial, Suspense Histórico
SINOPSE: Como inúmeros visitantes do mundo inteiro, Victor Legris, livreiro da rua
dos Saints-Pères, está a caminho da Exposição Universal, onde a torre Eiffel,
recentemente inaugurada, é a verdadeira estrela. Nesse início de verão de 1889,
os parisienses têm dificuldade para circular na multidão aglutinada entre as
barracas coloridas, nos corredores invadidos por riquixás chineses e
adestradores egípcios. No primeiro andar da torre, Victor vai se encontrar com
Kenji Mori, seu sócio, e seu amigo Marius Bonnet, que acaba de lançar um novo
jornal, o Passe-Partout. Mas o encontro é subitamente interrompido: uma mulher
acaba de morrer, vítima de uma estranha picada. A partir daí, tem lugar uma
série de mortes inexplicadas que vão marcar a vida de Victor Legris como investigador
e fazer você mergulhar na capital dos impressionistas.
Alguns de vocês
devem saber que uma de minhas metas é acompanhar todos os lançamentos da VESTÍGIO, e até agora estou conseguindo
\o/ ASSASSINATO NA TORRE EIFFEL é o
oitavo livro que li da editora e fiquei bastante satisfeita com algumas partes,
outras nem tanto.
A primeira coisa a
saber sobre ASSASSINATO NA TORRE EIFFEL
é que ele é um suspense histórico, logo, somos transportados à uma viagem no
tempo, mais precisamente à Paris dos anos 1889. É nesse cenário encantador que
vamos acompanhar Victor Legris, livreiro de profissão, “encarnar” o detetive.
Mas a investigação não será fácil, afinal, as mortes são, aparentemente,
causadas por picadas de abelhas.
Ao iniciar o livro, percebi que ele tinha um ritmo mais lento do que a grande maioria dos romances policiais, contudo, isso não diminuiu o prazer da
leitura, pelo contrário, as autoras expuseram de forma tão minuciosa a Paris
daquela época que me senti transportada a uma verdadeira e significativa aula
de História, com passagens que se quer aprendi em minha época de escola ou que
foram por mim esquecidas. Mergulhando nesse mote histórico, tenho que confessar
que me perdi da investigação e não achei lá aquelas coisas, isso porque estava
muito mais entusiasmada com os aspectos históricos abordados no livro.
Não bastando já
termos uma verdadeira aula, fui ficando cada vez mais fascinada ao ver que as
autoras também abordaram a História da Arte nas páginas do livro. Estudei a
matéria na faculdade e foi um imenso prazer relembrar artistas já esquecidos,
apesar de extremamente famosos. Como disse, essas partes foram tão
interessantes que esqueci completamente estar diante de um livro de suspense, e
quando o enredo passou a verter para o desdobramento dos fatos e revelações
policiais, já não havia interesse em mim em seguir por essa veia. Sim,
deixei-me levar por um período histórico extremamente bem retratado e esqueci
que o foco principal do livro era uma investigação. Mas com jornais desnudando
fatos, a censura batendo à porta, exposições sendo detalhadas, livros raros e
clássicos sendo comentados, e vidas de pintores consagrados sendo
pormenorizadas, quem disse que conseguia lembrar que havia uma investigação? E
deveria lembrar, mesmo porque um dos principais personagens é suspeitíssimo, mas,
infelizmente, nem ele com seus segredos, nem Victor com sua astúcia,
conseguiram me prender na perseguição. Além do excelente enredo histórico,
culpo também a forma das mortes pelo meu desinteresse investigativo, talvez se elas fossem brutais, cheias de sangues, com
partes espalhadas aqui e ali, eu tivesse me lembrado mais delas, dado mais
importância, mas como elas aconteciam rapidamente e através de uma picadinha,
sinto muito, mas não deu, tinha muita história parisiense para acompanhar e
releguei o principal do livro, pois simplesmente não conseguia achar tão
interessante quanto o cenário apresentado.
Explico as três
estrelas da nota ao fato de ASSASSINATO
NA TORRE EIFFEL ser um livro policial, mas não ter conseguido manter meu
interesse em seu foco. Porém, como aula de História, nota 5 seria pouco. Para
quem gosta de históricos, não pode perder.
Com todos esses elogios a parte histórica é certeza que não posso perder. Preciso ler esse livro! Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari! Adorei que ele foca na parte histórica da França dessa época. Me fez lembrar de O Retrato, do Charlie Lovett, porque ele parece ser bem o contrário desse. Era para focar na parte histórica e acaba nos levando a uma investigação, e nesse acontece o contrário. Mas mesmo assim fiquei interessada, tenho uma curiosidade enorme por história, e esse livro parece mostrar bem essa parte.
ResponderExcluirFico triste que a investigação não tenha sido tão interessante, mas pelo menos ainda deu para tirar um bom proveito do livro na parte histórica.
Beijos,
Adri Brust
http://stolenights.blogspot.com
Com sua resenha leria mais pelas descrições históricas do que por qualquer outra coisa. Amo livros históricos!
ResponderExcluirMari,
ResponderExcluirEsse também não me conquistou pelo que falou, eu sou mais romance e ficção, gosto de policiais, mas aquele que pegam de jeito.
Beijos Elis - http://amagiareal.blogspot.com.br/
Essa sua experiência foi algo inusitado. Inicialmente seria um belo exemplar policial, mas acabou que o autor consegui te fisgar na parte histórica/ambientação. Pelo menos não foi de todo o ruim. E concordo com você, as mortes mais violentas chamam bem mais a atenção.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Este livro foi monótono demais pra mim. Não me empolguei com a leitura e lá pelas tantas já estava chateada com o desenrolar da trama. Uma pena,pois pela sinopse parecia ser interessante.
ResponderExcluirBeijos.
Também gosto de descrições de corpos em pedacinhos, rs.
ResponderExcluirEssas mortes me parecem muito sem-graça!
E isso de tirar o foco da investigação e detalhar ambientes, História e tal não é pra mim.
Acho que não gostaria dessa leitura.
Beijos!