Boa tarde,
galera!
Hoje vim resenhar um livro que dizer que AMEI é pouco. Quem acompanha o
blog sabe que eu sou imensa e intensamente apaixonada pelo STEPHEN KING e que morro de ansiedade para ler os lançamentos logo.
No momento em que SOB A REDOMA
chegou aqui em casa eu entrei em desespero para ler, mas a fila de livros era
tão grande e estava tão atrasada que tive que adiar um pouco a leitura. Quando,
finalmente, pude me debruçar sobre o novo livro do King me senti a pessoa mais feliz e completa desse mundo.
É, pode parecer ridículo, mas sempre que leio algum livro do mestre eu me
sinto completa de alguma forma. Ele escreve e descreve tudo de forma tão
intensa, que é impossível não se sentir parte da história, é impossível não
sentir que conhecemos alguns daqueles personagens.
Meu primeiro pensamento ao pegar SOB
A REDOMA na mão foi: “Se esse homem faz coisas incríveis em livros com
poucas páginas, imagina o que ele não vai conseguir fazer comigo com esse
tijolo.” Seja terror, medo, pavor, dor de estômago, desespero, surpresa,
remorso, felicidade, empatia, etc, King
sempre provoca alguma reação em mim. E claro que dessa vez ele não faria
diferente.
SOB A REDOMA é um “tijolo” de
quase mil páginas que fala sobre Chester’s Mill, uma cidadezinha de interior no
Maine, que tem 2 mil habitantes quando é atingida por uma redoma. Algo
transparente, completamente inexplicável, que cai sobre a cidade e não permite que
ninguém nela entre ou saia. Imaginem como foi para mim, que moro em uma
cidadezinha de interior com pouco mais de 6 mil habitantes, ler esse livro!
KING já começou a
história de um jeito que me deixou em êxtase quando contou os segundos iniciais
que a redoma caiu sobre a cidade. A cena do avião explodindo ao colidir com a
redoma no ar, e da marmota sendo cortada ao meio ao encontrar-se no meio dela
na terra, foram suficientes para me deixar chocada e saber que estava diante de
uma obra que me tocaria de muitas formas.
Eu chorei em diversas passagens do livro. Creio que não exista um autor
tão qualificado para explorar personagens em situações alarmantes como King e Saramago. Desculpem-me os literatos pela comparação, mas esses dois
autores são fenomenais ao falar do ser humano em meio ao caos e mostrar como o
comportamento humano se torna tão primitivo em meio ao desespero e ao caótico.
Uma das coisas que mais gostos nos livros do KING é a forma como ele explora o abuso da religiosidade em algum
personagem. Em SOB A REDOMA ele não
se esqueceu de um fanático, alguém que atribui suas próprias perversidades a
vontade de Deus. Falar de religião é um assunto tão polêmico, mas KING sempre consegue fazer com que
tenhamos uma visão do que é certo e errado, uma visão do que é saudável e do
que é doentio em relação ao tema.
O vilão criado pelo mestre foi fabuloso. Além de fanático religioso, o
cara é um político desprovido de qualquer escrúpulo e que acredita estar acima
do bem e do mal. Ele quer comandar a população, a polícia, o comércio, o
hospital, tudo! E foram nessas partes que senti uma tristeza enorme dentro do
peito, pois em minha cidadezinha de interior, quem ganhou as eleições foi uma
mulher que tem um processo por ter desviado quase 3 milhões da prefeitura. O
grupo político dela coagiu e ameaçou muita gente da população e do comércio.
Esse mesmo grupo mandava e desmandava na polícia e no hospital, uma corrupção
tamanha que creio jamais ter fim. KING
retratou em Big Jim todas as falhas e atrocidades que esse grupo político
cometeu em minha cidade, e é com grande pesar que eu sempre vou sentir que, pelo
menos aqui na minha cidade, o mal triunfou.
Deixando de lado a parte política da história, o mestre me deixou chocada
e horrorizada com o estupro de uma personagem. A cena, as sensações, os medos,
e as máculas descritas foram tão minimamente detalhadas que chegaram a me doer
o estômago e me fizeram chorar. Cheguei a sentir as dores e aflições da
personagem.
Quanto ao mocinho do livro, Dale Barbara, é impossível não gostar. É
impossível não torcer por ele, por seu triunfo, por suas ideias e ideais. Mas
também é impossível falar de todas as personagens do livro, pois são mais de
sessenta(!)
A pergunta que me fiz desde o início do livro, e que me corroeu a alma
enquanto lia era: Como uma redoma apareceu naquela cidade? E Por quê? Eram
tantas as hipóteses pensadas pelos personagens e por mim, que confesso que li
boa parte do livro achando que o fato não teria explicação, que seria algo que
tinha aparecido e sumido sem nenhuma razão. Mas KING desenvolveu uma história magistral para a explicação da
redoma, e uma história mais bela ainda para explicação de seu sumiço.
Sei que a grande maioria dos leitores do mestre não gosta dos finais de
seus livros, mas eu AMEI SOB A REDOMA do
começo ao fim. Da primeira a última palavra. E KING escreveu um final que jamais imaginei, talvez por isso tenha
adorado tanto.
Para quem ainda não leu SOB A
REDOMA, só posso dizer que devem fazer isso correndo! E quem já leu, tenho
certeza que concorda comigo em relação a todas as qualidades que expus sobre o
livro e o mestre. KING é o autor que
sempre consegue emocionar, chocar, entreter e fazer refletir seu leitor. É sem
dúvida o autor que merece todos os elogios possíveis!
FICHA DO LIVRO
Nº págs: 954
Gênero: Suspense
Eu estou na página 406, e devorando. Amo Stephen King, e tenho certeza que vou surpreender-me com o final.
ResponderExcluirAchei excelente este livro. Destaque para o vilão Big Jim, o cara é muito ganancioso e é capaz de tudo para alcançar seu objetivo.
ResponderExcluirbomlivro1811.blogspot.com.br