Boa tarde,
pessoal.
Infelizmente, começo a resenha de hoje nada animada. Quando vi no site da RECORD o livro PRIMAL do ROBIN BAKER
fiquei completamente louca por ele. A premissa do livro parecia fantástica: um
grupo de estudantes foi para uma ilha deserta para ficar um mês, mas algo
aconteceu e eles tiveram que permanecer lá por um ano. Quando finalmente
conseguiram ser resgatados, se negavam a falar a verdade do que tinha ocorrido
no lugar, gerando especulações, fantasias e curiosidade.
A principio pensei que PRIMAL seria
uma nova visão de JURASSIC PARK ou FRAGMENTO, livros excelentes que
exploram as condições humanas, o ambiente hostil das ilhas e principalmente,
dos animais. Contudo, o que encontrei em PRIMAL
foi uma decepcionante literatura erótica. Sim, se eu tivesse que classificar o
livro diria que ele é uma literatura hot maquiada para os leitores acharem que
estavam lendo algo interessante.
No início a história até é interessante. Existe todo o mistério do “O QUE DE FATO OCORREU NA ILHA”, existe
um escritor que relata seus passos para descobrir a história por trás do que os
sobreviventes revelavam, ele diz que dividirá a história em duas partes, a
primeira na visão de uma das sobreviventes e a outra com as conclusões que ele
chegou, etc. Até aí eu estava preparada para ler um livro incrível, mas, pouquíssimas
páginas depois, todos os personagens, incluindo os professores, já estão nus na
ilha e participando de festas, orgias, surubas...
Instantaneamente me irritei com a história. Acreditei que teria em mãos um
livro que exploraria a faceta humana ante a dificuldade, que dissecaria o
psicológico e o comportamento humano diante situações inimagináveis, acreditei
que teriam momentos de tensão e luta pela sobrevivência, pensei em um SENHOR DAS MOSCAS, impossível não
pensar. Não teve nada disso! Foi só sexo, sexo, sexo, sexo... E uma tentativa
disfarçada de dizer que o grupo estava lá para explorar a vida dos primatas que
viviam na ilha e para servirem eles próprios de experiência. Pura maquiagem
para inibir fantasias e experiências sexuais, taras, masoquismos, violências, etc.
Enfim, o livro transpira sexo! E eu, que não entrei na onda da literatura
hot, tive a maior decepção com a leitura. Acho que Robin Baker deveria ter dado
a seu livro o título que pensou primeiro NAKED,
pelo menos ficaria bastante claro para o leitor qual seria o enfoque principal
da história. Fiquei revoltada com a leitura, achei bastante pesado a exploração
sexual feita pelo autor. É como se pessoas presas em uma ilha não conseguissem
pensar em mais nada além de copular diariamente com todos a sua volta. Ainda
bem que existiram autores que souberam explorar essa premissa de “humanos
presos em uma ilha no meio do nada” de uma forma que muito acrescentou ao leitor.
Quanto PRIMAL, tenho que
terminar essa resenha fazendo uma comparação infeliz e até ridícula... Mas,
sabem quando as pessoas falam que se torcerem os jornais sai sangue? Bem, se
vocês torcerem PRIMAL sai esperma ¬¬
FICHA DO LIVRO
ROBIN BAKER
Editora: RECORD
Ano: 2012
Nº págs: 392
Gênero: ---
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