7 de novembro de 2012

RESENHA: PRIMAL - ROBIN BAKER (Ed. Record)


Boa tarde, pessoal.


Infelizmente, começo a resenha de hoje nada animada. Quando vi no site da RECORD o livro PRIMAL do ROBIN BAKER fiquei completamente louca por ele. A premissa do livro parecia fantástica: um grupo de estudantes foi para uma ilha deserta para ficar um mês, mas algo aconteceu e eles tiveram que permanecer lá por um ano. Quando finalmente conseguiram ser resgatados, se negavam a falar a verdade do que tinha ocorrido no lugar, gerando especulações, fantasias e curiosidade.

A principio pensei que PRIMAL seria uma nova visão de JURASSIC PARK ou FRAGMENTO, livros excelentes que exploram as condições humanas, o ambiente hostil das ilhas e principalmente, dos animais. Contudo, o que encontrei em PRIMAL foi uma decepcionante literatura erótica. Sim, se eu tivesse que classificar o livro diria que ele é uma literatura hot maquiada para os leitores acharem que estavam lendo algo interessante.

No início a história até é interessante. Existe todo o mistério do “O QUE DE FATO OCORREU NA ILHA”, existe um escritor que relata seus passos para descobrir a história por trás do que os sobreviventes revelavam, ele diz que dividirá a história em duas partes, a primeira na visão de uma das sobreviventes e a outra com as conclusões que ele chegou, etc. Até aí eu estava preparada para ler um livro incrível, mas, pouquíssimas páginas depois, todos os personagens, incluindo os professores, já estão nus na ilha e participando de festas, orgias, surubas...

Instantaneamente me irritei com a história. Acreditei que teria em mãos um livro que exploraria a faceta humana ante a dificuldade, que dissecaria o psicológico e o comportamento humano diante situações inimagináveis, acreditei que teriam momentos de tensão e luta pela sobrevivência, pensei em um SENHOR DAS MOSCAS, impossível não pensar. Não teve nada disso! Foi só sexo, sexo, sexo, sexo... E uma tentativa disfarçada de dizer que o grupo estava lá para explorar a vida dos primatas que viviam na ilha e para servirem eles próprios de experiência. Pura maquiagem para inibir fantasias e experiências sexuais, taras, masoquismos, violências, etc.

Enfim, o livro transpira sexo! E eu, que não entrei na onda da literatura hot, tive a maior decepção com a leitura. Acho que Robin Baker deveria ter dado a seu livro o título que pensou primeiro NAKED, pelo menos ficaria bastante claro para o leitor qual seria o enfoque principal da história. Fiquei revoltada com a leitura, achei bastante pesado a exploração sexual feita pelo autor. É como se pessoas presas em uma ilha não conseguissem pensar em mais nada além de copular diariamente com todos a sua volta. Ainda bem que existiram autores que souberam explorar essa premissa de “humanos presos em uma ilha no meio do nada” de uma forma que muito acrescentou ao leitor.

Quanto PRIMAL, tenho que terminar essa resenha fazendo uma comparação infeliz e até ridícula... Mas, sabem quando as pessoas falam que se torcerem os jornais sai sangue? Bem, se vocês torcerem PRIMAL sai esperma ¬¬


FICHA DO LIVRO

PRIMAL
ROBIN BAKER
Editora: RECORD                       
Ano: 2012                   
Nº págs: 392
Gênero: --- 



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