Boa tarde, queridos.
Vou encerrar a semana com resenha de chick lit. Claro que estou falando do
novo livro da diva MARIAN KEYES: A
MULHER QUE ROUBOU A MINHA VIDA, lançado pela BERTRAND BRASIL.
MARIAN KEYES
Editora: BERTRAND BRASIL
Nº págs: 490
Gênero: Policial, Suspense
SINOPSE: Um dia, andando de carro em meio ao tráfego pesado de Dublin, Stella
Sweeney, mãe e esposa dedicada, resolve fazer uma boa ação. O acidente de carro
que resulta disso muda sua vida. Porque ela conhece um homem que lhe pede o
número do seu celular para o seguro, plantando a semente de algo que levará
Stella muitos quilômetros para longe de sua antiga rotina, transformando-a em
uma superestrela e também, nesse processo, virando a sua vida e a de sua
família de cabeça para baixo. Em seu novo e divertido romance, Marian Keyes
narra a história de uma mudança de vida. É tudo muito bom quando se passa de um
cotidiano banal para dias cheios de eventos glamorosos — mas, quando essa vida
de sonhos é ameaçada, pode-se (ou deve-se) voltar a ser a pessoa que se
costumava ser?
Apesar de minha preferência pelos livros policiais, sou daquelas que adora
um chik lit. Gosto de rir com as trapalhadas das protagonistas, gosto de ver
como elas pensam em suas vidas, as insatisfações com o emprego, com o
relacionamento, ou falta deles, etc. Fato é que, chick lit que se preze TEM que
abordar um assunto polêmico, e MARIAN é
mestra nisso. Ela já falou de estupro, violência física e psicológica contra a
mulher, abuso de drogas, depressão, e muitos outros bons assuntos, por isso, quando
se trata de chick lit da MARIAN, eu
sempre tenho certeza de que ela vai acertar e sempre leio sem medo. Porém,
dessa vez, fiquei frustrada L
A MULHER QUE
ROUBOU A MINHA VIDA é um bom livro, mas MUITO inferior a muitos outros da
autora. Sim, ela fala de um assunto importante, uma doença rara que acomete a
protagonista, porém, enquanto seus outros livros pareciam “comer pelas bordas”
pra chegar ao assunto polêmico e tratar dele de forma bastante instigante e
profunda, tive a sensação que aqui a rara doença foi usada apenas como desculpa
para explorar um romance, que muitas vezes foi simplório, água com açúcar e até
tedioso. Em seus outros livros, várias coisas aconteciam até culminar no
aspecto principal; em A MULHER QUE
ROUBOU A MINHA VIDA o assunto mais importante foi logo escancarado e depois,
mesmo que aos poucos, foi sendo deixado de lado, e aí, infelizmente, o livro
passou a ter um ar de lugar-comum, mesmice e até de humor, e quem gosta da MARIAN sabe quanto o humor que ela
usa é diferenciado.
Provavelmente, se esse livro tivesse sido escrito por outra autora eu o
teria adorado. Se fosse meu primeiro da MARIAN
também, mas como já li muita coisa melhor dela, peguei-me muitas vezes perguntando
a razão de ela ter dado destino tão simplório a uma protagonista que tinha tudo
para ser grandiosa e fenomenal. E não foi só quanto a protagonista que ela
pecou, a maioria dos personagens são tediosos e chatos. O filho dela é um
pentelho de marca maior, CHATO mesmo! A filha aparece pouco. As relações amorosas são cheia de obviedades do início ao fim; e o principal, na mesma hora que uma
certa personagem aparece a gente sabe que vai dar mer**. Ou seja, óbvio mais
uma vez.
Apesar dos muitos pontos negativos que citei aqui, enfatizo que eles só me
incomodaram porque já li livros brilhantes da MARIAN e que esse ficou a desejar quanto ao que a autora pode
alcançar. Para quem ainda não leu nada dela, recomendo. Para quem só leu MELANCIA e ficou traumatizado (sim, esse eu
acho horrível), pode ser uma boa pedida para se divertir e tirar o trauma, mas
quem já teve o prazer de ler FÉRIAS,
CHEIO DO CHARME e A ESTRELA MAIS BRILHANTE DO CÉU, vai
ter um duro golpe de incredulidade ao ver que se trata da mesma MARIAN.
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