28 de julho de 2015

RESENHA: PERCEPÇÃO DA MORTE - Louise Anderson (Ed. Bertrand Brasil)



Tarde, gente!

É com muita decepção que hoje vou falar sobre PERCEPÇÃO DA MORTE, livro de estréia da LOUISE ANDERSON, lançado pela BERTRAND BRASIL.

Percepção da MortePERCEPÇÃO DA MORTE
LOUISE ANDERSON
Editora: BERTRAND BRASIL              
Ano: 2015
Nº págs: 546
Gênero: Suspense

SINOPSE: Intransigente e ambiciosa, Erin Paterson gerencia a firma de advocacia de seu avô em Glasgow. Mas, apesar de toda a aptidão que possui para administrar o lado profissional, sua vida pessoal anda em frangalhos: sua irmã cria um filho sozinha e está desempregada, seu pai sofreu um derrame e sua mãe parece desprezá-la. Para completar, ela acaba de encontrar o namorado na cama com a zeladora do prédio onde mora e é presa por agressão. Quando uma velha amiga de sua irmã é brutalmente assassinada, o passado de Erin vem à tona. E o que ficou mantido a uma distância segura por tanto tempo ressurge para expor um segredo que deveria ter permanecido morto e enterrado. Diante do risco de perder tudo — a sua reputação, o escritório da família e até a própria vida —, Erin precisa descobrir quem é o serial killer que está à solta e provar a todos que está acima de qualquer suspeita.

Solicitei PERCEPÇÃO DA MORTE por causa dessa sinopse maravilhosa, mas a única coisa excelente que o livro teve foi realmente a sinopse. Bom, mentira, o enredo em si também é muito bom, mas LOUISE quis florear tanto a coisa que desandou completamente.

Não nego que o começo foi interessante e me atraiu bastante, porém, assim que a primeira vítima apareceu já fiquei aborrecida, isso porque a protagonista logo tratou de ficar morrendo de medo de ser assassinada ¬¬ Sério, o crime mal tinha acontecido e ela já tinha a sensação de que seria a próxima vítima. Depois disso, LOUISE só forçou a barra em cada página.

A sinopse deixou claro que a protagonista, Erin, seria traída, e, por ser um livro policial, seria óbvio que isso fosse uma informação relevante, não foi! Assim como também não foi importante as trocentas páginas gastas para falar sobre o trabalho dela. Tudo para encher linguiça! E LOUISE achou que não estava enchendo linguiça suficiente, então fez o quê? Inseriu 50 personagens na trama, mas só trabalhou em cima de 20 deles. Ou seja, os demais estavam ali para fazer graça e dar um volume desnecessário a um enredo investigativo MUITO mal escrito. E aqui começam minhas críticas severas.

A primeira delas quanto aos personagens. Alguém deveria ter avisado a autora que MENOS É MAIS. Tem tanta gente, mas tanta gente no livro, que metade passa batido. Pior, o núcleo familiar de Erin, que DEVERIA ser uma parte importante, também conta com um personagem tanto-faz, um irmão mais novo que estou até agora tentando descobrir a razão de aparecer nas páginas, já que ele mora fora do país e só apareceu em um único momento. Ou seja, a participação dele só existiu para justificar uma coisinha besta no enredo, tirando isso, o personagem foi esquecido. Assim como muitos outros.

Outra coisa absurda de ridícula: todo livro policial que se preze tem um investigador protagonista. Mas PERCEPÇÃO DA MORTE inovou, de um jeito bem ruim, e colocou “apenas” TRÊS investigadores. Não bastando eles, inseriu também um repórter que era ex-detetive. Ou seja, quatro “sacudos” para resolver os crimes, mas cada um atirando para um lado, pensando uma coisa e querendo outra. Affffe! E a equipe investigativa? Não tinha! Nenhum dos detetives tinha uma equipe e cada um era de uma delegacia diferente ¬¬. Será que essa mulher faz alguma ideia de como funcionam as coisas na polícia? Fiquei com sérias dúvidas!

Terceira coisa que me deixou desgostosa: a autora não sabia para qual lado atirar no enredo. Primeiro, pareceu ser um livro de serial killer, depois ela deixou a protagonista como alguém alucinada e duvidosa, depois voltou para o serial killer, aí inseriu a coisa de sociedade secreta, e então voltou a colocar a protagonista como alguém não confiável, e foi fazendo uma salada desnecessária. Pior, ao mesmo tempo em que tentou apontar Erin como uma protagonista não confiável e meio amalucada, a colocou como uma super mulher no campo profissional. Ok, a maluca é completamente competente e em meio a ameaças de morte consegue ser fodona em sua carreira, que apesar de despencar, ela consegue reerguer. Que loucura foi essa? Teria Erin duas personalidades e a autora simplesmente esquecido de esclarecer isso?

Aí veio o mais ridículo: ANDERSON usou e abusou da presença da irmã de Erin, e então achei que pelo menos isso teria algo relacionado com os crimes, mas também não! Ou seja, a mulher já passou por diversos rumos e nada se ligava realmente aos assassinatos, e a Erin estava lá, toda se cagando, com a certeza de que o serial killer iria vir atrás dela. E nessa parte me perguntei: por que raios ela teve um namorado envolvido na história? Por que abordar o tema da traição? Resposta: pelo mesmo motivo que ela teve um irmão mais novo, para fazer participação em um único fato. Isso que eu chamo de desperdício de personagem.

E ainda falando em personagem, LOUISE passou o livro inteiro apresentando uma personagem como uma megera má, cruel e sacana, e quando essa realmente mostrou as caras, ela resolvou amenizar a situação e colocá-la como alguém a quem faltava percepção das coisas ¬¬ Sério, fiquei REVOLTADA! A mulher passou 500 páginas tentando fazer da tal personagem a vilã, para nas últimas 40 transformá-la em coitadinha e vítima sem noção. E tudo isso para quê? Mais uma vez, para a mulher fazer uma ÚNICA participação importante nas 540 páginas do livro! Pfffff ¬¬.

Mas ainda tem mais coisa ruim em PERCEPÇÃO DA MORTE, afinal, trocentos personagens ruins não seriam suficientes para acabar com a história, LOUISE também tinha que inserir um romancezinho bem fuleiro e meia boca na vida de Erin.

O serial killer, que DEVERIA ser um personagem interessante, não foi. Tudo que se falou sobre ele foi que era inteligente, brilhante, fascinante e fodão. Tá, mas e daí? Daí nada! Ficou só nessa babaquice mesmo e, de novo, ele apareceu em uma ÚNICA cena! “Qualé qui é o problema dessa mulé”? Para que criar tantos personagens se serão praticamente desnecessários? ¬¬

Mas o pior mesmo nessa leitura fui eu. Eu, que li o livro inteiro; eu, que li essas 540 páginas de uma só vez porque tinha a absurda convicção de que a história iria melhorar pra caramba, afinal, a ideia geral do livro é realmente boa! Estou embasbacada até agora com o fato de LOUISE ter conseguido transformar uma boa história em algo tão simplório, sem sentido e sem significado. Já li livros policiais ruins, mas esse merece o troféu abacaxi! Vou correr dessa mulher e infelizmente tenho que dizer que PERCEPÇÃO DA MORTE entrou para minha lista negra de NÃO RECOMENDO!



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22 comentários:

  1. Nossa, sério??!!! Quando li a sinopse até achei o livro bem interessante, principalmente por (parecer) ser um romance policial. Tenho certeza de que não vou gostar de jeito nenhum, chamar esse livro de romance policial seria muito pior do que uma ofensa! Com certeza não vou ler. Bjus.

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    1. Hahaha, achei ofensivo mesmo, Ma. E quer pior? Tem continuação! kkkkkkkkk

      Bjs

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  2. Oi, Mari!
    Detesto um livro com tantos personagens e a maioria sem um papel fundamental na história. Concordo com você, quatro investigadores é querer forçar a barra. A trama tinha tudo pra dá certo, mas a autora errou a mão, e feio!! Amei o troféu abacaxi rsrs. Obrigada pelo aviso, vou passar longe de Percepção da Morte.
    Bjos!

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    1. Any, passe mesmo. Esse não merece as horas dedicadas a ele :(

      Bjs

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  3. Acabei de ler um livro chamado A Reunião, de Simone Van Der Veugt e é bem parecido com esse da sua resenha, ou seja, um monte de situações desnecessárias. Detesto isso em romances policiais, que devem ser enxutos. Pior é que a sinopse é bem tentadora mesmo, bom ter sabido, pra não fazer a besteira de comprar.

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    1. Ronaldo, se tivesse me falado antes... Ah, eu teria te dito que A Reunião é um saco! Hahaha, tb odiei. Fico chateada com sinopses interessantes que divulgam porcarias :(

      Abraços

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  4. Pela sinopse também fiquei interessada. Mas pesquisei no goodreads e a nota já era baixa então dei uma desanimada. Agora com sua resenha tenho certeza que fiz a escolha certa. Preferi ler a Garota no Trem :)

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    1. Quero ler A Garota no Trem logo! Estou em desespero! Rs.

      Bjs

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    2. Estou na metade do livro, e posso te dizer que é bem denso...Só para atiçar sua vontade mais um pouquinho...rsrsrs :)

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  5. A sinopse realmente é ótima, mas é uma pena saber que é só a sinopse. Já desanimei por saber que a autora ficou enchendo linguiça e colocando personagem desnecessário. E também nunca vi um livro policial com 4 pessoas pra resolver um crime, e sem uma equipe investigativa. E pior ainda saber que o Serial killer não é tudo isso, e quase nem apareceu.
    Esse livro eu passo com certeza :(
    Beijos!

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    1. Passa mesmo, Rafa. Existem muitos policiais bons para perdermos tempo com esse aí, rs.

      Bjs

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  6. Nossa, a sinopse me instigou tanto pra ler que ele estava na lista de desejados, mas depois de sua resenha já até tirei ele da minha lista rs, tenho mto livro pra ler pra ficar com um duvidoso na lista.
    Bjim

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    1. Kau, se eu pudesse voltar atrás... Teria tirado ele da minha tb, rs.

      Bjs

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  7. É tanta coisa envolvida desnecessariamente que até o Serial Killer que devia ser o foco a gente acaba se esquecendo.Quem diria que essa sinopse convidativa fosse apresentar um livro tão mal escrito assim.E por que essa bendita autora resolveu escrever tantas páginas,parece até que ela escreveu duas histórias diferentes e depois só encaixou uma na outra.Um desperdício de Papel kkkk
    beijos

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    1. Leeee, amei o que você disse: "Um desperdício de Papel" Concordo muito!

      Bjs

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  8. Mari!
    É o que acabei de falar em outra postagem aqui: carecemos de bons livros policiais.
    Não sei o que anda acontecendo com os escritores de romances policiais, eles tem perdido o tom dos livros.
    Me confundo demais quando tem trocentos personagens em um livro e o pior, quando não tem necessidade de tantos. Para que colocá-los lá?
    Fiquei foi triste...
    “A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.”(Charles Chaplin)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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    1. Rudy, isso mesmo, se não há necessidade, para que colocá-los? Penso igual a você. Bom era a Agatha, que colocava 15 personagens mas nos fazia suspeitar dos 15, pois todos tinham algo a esconder. Agora, jogar 15 personagens para falar de 2, não vejo necessidade de existir os outros 13 ¬¬ Livro CHATO! Rs.

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  9. sassinhoraaaaaaaa!!!! Sou sua fã Mari. Se você já manda muito bem em resenhas positivas nas negativas você é brilhante!!! Se não estou enganada o gênero policia é um dos seus favoritos né? Acho que seria tão decepcionante para mim me deparar com um livro tão incoerente assim. Parece que a autora quis cometer suicídio autoral, sabe subiu no prédio e se jogou do último andar sem paraquedas para segurar ou cama elástica para conter o impacto, eu to chocada! Essa enormidade de personagem desnecessário, situações esdrúxulas e a bipolaridade da personagem já me irritaria profundamente, agora, mesmo não sendo fã de livros investigativos, descobrir no fim que o assassino na verdade é mais um acréscimo sem sentido me deixaria bem, bom, puta! ADOREI seu desabafo!

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    1. Juuuu, kkkkkkkkkk, chorei de rir com seu "sassinhoraaaaaaaa", rs. Sim, meu gênero preferido é o policial, justamente por isso meto o pau quando encontro algum ruim e esse foi péssimo! O triste é que a história principal tinha tudo para ser fodona, pena que a autora se perdeu e quis colocar um mundo de situações desnecessárias. Se tivesse simplificado, teria acertado em cheio!

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  10. Nossaaaaaa! Uma estrelaaaaaa! Coitado do meu amigo! Ele está lendo este livro no momento...
    Eu tinha ficado interessada nesse livro, e ai até pedir o livro dele emprestado, mas depois dessa resenha...tô fora! Hahahahaha

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  11. OBRIGADO GRANDE HOMEM DE DEUS ...

    Meu nome é KARI, eu tenho sido em grande cativeiro por quase 2 anos que sofrem nas mãos de um marido fazendo batota, ficamos felizes e deixando bem até que ele quis dizer sua antiga namorada tempo e ele começou a namorá-la fora do nosso casamento. Antes que você sabia que ele parou de cuidar de sua própria família. Chegou a um ponto, ele estava planejando se casar com ela e me divorciar de sua esposa, eu chorei e relatou-o a sua família, mas ele nunca ouvia ninguém, mas para cortar a minha história curta eu vim em busca de um verdadeiro espiritualista que poderiam destruir seu relacionamento e fazê-lo voltar-me e nossos 2 crianças.

        Na minha pesquisa eu vi pessoas que receberam testemunhos sobre a forma como os seus casamentos onde restaurados pelo Dr. Solo Sábio. I escolher o seu e-mail e narrado minha história para ele e ele concordou em me ajudar. Depois de seu trabalho é feito para mim, no terceiro dia o meu marido ea namorada tinha uma briga e ele a espancou e ele chegou em casa eu e as crianças implorando e pedindo perdão. Ele disse que seus olhos estão claros agora e ele nunca vai fazer nada para ferir sua família novamente e promete ser um pai carinhoso e nunca enganar novamente. Estou tão feliz que eu não perder ele para a menina todos agradecimento vai para o Dr. Solo sábio para você é um grande homem enviado por Deus para ajudar as pessoas deste mundo. Tenho gosto das maravilhas de sua ajuda e eu vou continuar a dizer de suas boas obras. e para quem este possa interessar Este é o seu e-mail: drsolowisetemple@gmail.com
       
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  12. Pena que nao li essa resenha antes mesmo de ler as 540 paginas... Foi triste ver algo tao interessante no fim se desfazer! Muito mau feito, perca de tempo geral, um fim desprezível!

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