Boa noite, gente!
Estou atrasada com a segunda resenha do dia, desculpem L Agora vou falar sobre uma riqueza: O SOL É PARA TODOS da HARPER
LEE, relançado pela JOSÉ OLYMPIO,
editora que faz parte do GRUPO EDITORIAL
RECORD.
HARPER LEE
Editora: JOSÉ OLYMPIO
Nº págs: 364
Gênero: Drama
SINOPSE: Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado
que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados
Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é
narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre
tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O sol é para
todos, com seu texto forte, melodramático, sutil, cômico (The New Yorker) se
tornou um clássico para todas as idades e gerações.
Acredito que esse livro dispense toda e qualquer apresentação, contudo, eu
sempre me perguntava por que todo mundo dizia que ele era um clássico
atemporal, e isso é algo que realmente só compreendemos após fazer a leitura
desse belíssimo livro, que nos é narrado de forma tão singela e inigualável que
basta o primeiro parágrafo para nos dragar para dentro da história.
Que O SOL É PARA TODOS fala de
uma triste situação que envolve preconceito racial, todo mundo já sabe. O que escapa
a quem ainda não leu é a sutiliza com que LEE
abordou o tema e em como isso refletiu em toda a sociedade.
É através da jovem Scout que vamos adentrando dentro de seu mundinho e de
seus semelhantes: a escola, o cotidiano, a vida em casa, com a família, as
dificuldades pelas quais todos ao seu redor passam, as brincadeiras de criança,
as artes, etc... É com bastante leveza que O
SOL É PARA TODOS inicia e com grande curiosidade que ele nos deixa quando
insere a história da família Radley. Aliás, para mim, essas foram umas das
melhores partes, ver que as crianças temiam tanto um personagem que por vezes
dava as caras de forma surpreendente e emocionante. Não houve uma vez sequer
que não senti meu coração apertado e com ânsia por saber mais a respeito dos
Radley, todos eles.
Não nego que LEE demora um
pouco a nos envolver na premissa do preconceito racial, mas ela caminha tão bem
pelas ramificações da história, que sempre nos satisfaz, e nunca faz com
que fiquemos com a sensação de querer que chegue logo no principal do enredo.
Eu, pelo menos, torci para que não acabasse e não chegasse lá, tão apaixonada
estava por Scout, seu irmão, Jem e seu pai, Atticus.
Quando enfim cheguei ao ponto máximo da obra, foi como se alguma coisa
estivesse apertando minha garganta e me sufocando, tão revoltada fiquei com o
julgamento e, principalmente, com o comportamento das pessoas em definir a
culpa pela cor, e não por atitudes que estavam demasiadas claras.
O que mais me doeu nessa leitura foi saber que situações como essa se
repetiram muitas e muitas vezes, em várias sociedades e em vários países. É
muito triste ver o que o preconceito pode fazer e o quão ele pode destruir. Não
sofri por ser uma história belissimamente contada, mas sim por saber que o que
foi relatado foi uma situação ao qual o mundo viveu e, infelizmente, ainda vive. Acredito que toda forma de
preconceito deva ser castigada, mas é duro ver que não faz muito tempo era uma
coisa tão normal, que o anormal era ficar a favor do “diferente”. E é no
quesito do a favor do “diferente” que LEE
deixa sua história grandiosa e ainda mais tocante, pois foi riquíssimo ver que
alguns poucos realmente enxergavam as pessoas todas como sendo iguais e passava
para os seus esses sentimentos. Creio que foram essas atitudes que
exacerbaram ainda mais o quesito caráter da obra, pois têm aqueles que o têm
para o bem e outros que, em sua falta, praticam o mal, e de forma realmente
absurda e assustadora.
Apesar do tema do preconceito racial ser o dominante no livro, podemos
perceber que LEE explorou vários
tipos dele, até mesmo o preconceito sexual, que relega as mulheres a uma
posição mais baixa e submissa que os homens.
O SOL É PARA TODOS é o tipo de livro
que lemos e que, não apenas nos marca para a vida, mas também faz com que
levemos ensinamentos por todo o sempre. Um livro magnífico que gostaria de não
ter demorado tanto a ler.
Faz tempo que quero ler...depois que saiu essa nova edição linda da JO, a ânsia só aumentou. A história desse livro é tocante demais ao que parece e os personagens parecem ser um toque a mais pra nos prender na trama. Antes de conhecê-los já os amo um pouco, imagino quando ler ♥
ResponderExcluir=* até
Hahaha, esse livro é bem isso mesmo, antes de conhecer os personagens, a gente já os ama por tudo que representam na literatura. É divino! Leia ;)
ExcluirBjs
Oi, Mari!
ResponderExcluirDrama não faz muito meu gênero, apenas quando uma sinopse chama bastante minha atenção decido sair da minha zona de conforto, e O sol é para todos não despertou essa vontade... Além do mais, tenho certeza que o assunto abordado - preconceito racial - e as injustiças que sofrem os personagens iriam mexer com minhas emoções, e o momento atual não é propício para isso. Mas para quem gosta do estilo, com certeza é uma ótima indicação.
Bjos!
Any, esse livro mexe mesmo com as emoções, e sim, acredito que deve ser lido no momento certo, se você não sente que é o seu momento de fazer a leitura, deixe para depois ;)
ExcluirBjs
Mari, realmente esse livro dispensa apresentações, e olha que eu não li ainda, mas já ouvi e li tantas coisas boas dele que acho impossível que algum leitor nunca tenha ouvido falar sobre ele. Para ser sincera contigo eu não sabia sobre o que se tratava o livro, sou dessas que não lê sinopse e procura saber o menos possível sobre uma obra para não ser influenciada e acabar me decepcionando. Bom, sua resenha me deixou curiosa com a história principalmente por causa da escrita da autora e a forma como ela consegue envolver rapidamente o leitor. Mas o que mais me chamou atenção foi a forma como você sentiu-se angustiada ao ler, isso faz com que eu deseje ainda mais conhecer melhor essa obra.
ResponderExcluirJu, a escrita dela é espetacular! É impressionante a forma como ela conseguiu se transpor para uma jovem garotinha e relatar todas as percepções da idade. É um livro muito triste, pois a injustiça cometida é bastante clara e temos que aceitar que, infelizmente, foram os fatos. É dolorido, mas vele a pena.
ExcluirBjs
Esse livro é maravilhoso e o segundo está à caminhooooo!!!
ResponderExcluirAcho que o segundo será tão bom quanto! Essa história é super tocante e acho que todos deveriam ler este livro em algum momento da vida.
Já ouvi falar muito do livro e não sabia do que se tratava. Só de ler a sinopse já fiquei querendo ler. Amo livros que falam sobre preconceito de qualquer tipo, de coisas que ocorrem na sociedade, coisas ruins, pois acho que esses livros ajudam muito na conscientização das pessoas, esse livro principalmente, já que a época em que se passa o racismo era grande, bem grande mesmo. Com certeza vou ler, preciso ler urgentemente!!! Bjus.
ResponderExcluirEu estou doida pra ler esse livro. Parece ser muito bom.
ResponderExcluirEu o assunto dele muito interessante, e confesso que nunca li nenhum livro que tratava do preconceito racial. O livro parece ser bem tocante mesmo, e espero ler ele logo e também gostar dele :)
Beijos!
Oiee
ResponderExcluirÉ tão bom quando encontramos um livro com esse nível de desenvoltura.Algumas cenas devem dar muita raiva por como as pessoas se comportam e julgam as outros por motivos descabíveis.Espero poder ler esse livro mas por enquanto vou ficar só na vontade mesmo pois achei meio caro.
Mari!
ResponderExcluirGostaria de ler o livro porque assisti um filme com a mesma temática e acho que foi baseado nele, embora não seja narrado pelo garoto.
O preconceito realmente é atemporal, infelizmente!
“A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.”(Mario Quintana)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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