25 de abril de 2015

RESENHA: O ASSASSINO E O PROFETA - Guillaume Prévost (Ed. Vestígio)



Olá, pessoal!

Vamos finalizar essa semana dedicada aos últimos lançamentos da VESTÍGIO com a resenha de O ASSASSINO E O PROFETA, do GUILLAUME PRÉVOST.

O Assassino e o Profeta O ASSASSINO E O PROFETA
GUILLAUME PRÉVOST
Editora: VESTÍGIO              
Ano: 2015    
Nº págs: 264
Gênero: Policial, Suspense Histórico

SINOPSE: Jerusalém, ano 6 d.C. As legiões romanas estão na Cidade Santa. Sacrilégio para os judeus... Enquanto os dirigentes religiosos divergem sobre a conduta a adotar diante do invasor, o chefe dos fariseus é assassinado a sete dias da Páscoa. Costurado em sua boca, um estranho pergaminho anuncia uma terrível punição divina contar Israel. Os principais suspeitos são os saduceus, seus rivais por mais de um século. Algumas horas depois, o chefe dos saduceus, o sumo sacerdote do Templo, também é assassinado. Em sua boca, a continuação da profecia: a vinda do Salvador ou o caos. Nem fariseu nem saduceu: quem é o assassino? De onde vem essa perturbadora profecia? Fílon de Alexandria, jovem filósofo judeu, lança-se nos rastros do misterioso assassino. Ele tem apenas sete dias para impedir o impensável: um crime que poderia mudar a História. Das suntuosas cerimônias do Templo às infames masmorras da legião romana, um thriller de tirar o fôlego no coração de uma Palestina ardente e atormentada. 

Para quem não sabe, PRÉVOST é o autor de OS SETE CRIMES DE ROMA, thriller histórico também lançado pela VESTÍGIO. Por ser professor de História, o autor conduz muito bem sua narrativa no século que a situa, sendo impecável no quesito ambientação. A riqueza de detalhes é bastante impressionante, principalmente no que concerne às vestimentas, crenças e atitudes dos personagens. Riqueza de detalhes é o elogio que melhor define essa obra.

Os assassinatos foram primorosos e descritos em detalhes que até os tornavam sórdidos. Por ser histórico, não pensei que o autor focaria tanto na descrição dos crimes e na forma como os corpos foram encontrados, mas claro que eu deveria ter imaginado que ele seguiria a mesma linha que em OS SETE CRIMES DE ROMA e iria explorar isso. Nos dois livros me surpreendi tanto com o como os crimes ocorreram, como com a quantidade de vítimas.

Achei O ASSASSINO E O PROFETA mais legal que OS SETE CRIMES DE ROMA por ser uma história bíblica. Sim, gosto bastante desse mote, e o mistério envolvendo a mensagem no pergaminho aguçou minha curiosidade em grau excepcional.

Apesar dos elogios, confesso que sou do tipo que gosta de livros policiais, suspenses e thrillers para ler de uma só tacada, pois é assim que eles me contagiam. Mas foi humanamente impossível ler O ASSASSINO E O PROFETA dessa forma, isso porque em muitas passagens o autor se tornou deveras prolixo. Gosto muito das partes históricas, mas quando saíamos delas e íamos para a investigação, o livro ganhava um ritmo mais acelerado, o que me empolgava bastante, porém, não durava muito, logo o autor interrompia essa dinâmica, de forma brusca muitas vezes, e voltava para a morosidade da narração, inserindo passagens desnecessárias e impertinentes em alguns momentos. Essas interrupções de ritmo e a prolixidade do autor me incomodaram e muitas vezes fizeram com que eu pausasse o livro para ler depois, tanto que, demorei quatro dias para finalizá-lo.

Vejam bem, não é um livro ruim, mas ele não tem a dinâmica normal dos livros do gênero, que às vezes até demoram para engatar, mas que depois ganham um fôlego impressionante. Ao contrário, O ASSASSINO E O PROFETA não demora a apresentar pontos interessantes, mas uma vez feito isso, ele oscila entre altos e baixos, foi como estar em uma montanha russa.


Por causa desses fatores, não consegui dar uma nota maior ao livro, mas admito que mesmo tendo essa impressão com os dois livros do autor já lançados pela VESTÍGIO, ainda pretendo ler os próximos, pois vejo pontos bastante positivos no enredo, principalmente no quesito aula de História. Para quem souber levar a leitura sem pressa, é uma boa pedida ;)


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15 comentários:

  1. Adoro policiais, mas esse não me atraiu não. Sei lá, a narrativa me parece ser enrolada, pelo o que você disse. Livros assim me deixam cansada, então a leitura se prolonga muito mais do que o necessário. Prefiro passar.

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    1. Ceci, sou obrigada a concordar que o autor realmente dá uma enrolada, para quem está mais acostumado com os policiais mais dinâmicos estranha, mas se tiver paciência, compensa.

      Bjs

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  2. Realmente essa sensação de montanha Russa é complicada.. li um livro esses dias que aconteceu a mesma coisa.. foi uma mudança tão brusca que deu vontade de xingar..
    mas essa mistura de histórico com policial chamou bastante minha atenção..

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    1. Amanda, acho que o livro vale a pena. É preciso um pouco de paciência, não nego, mas têm muitos pontos positivos ;)

      Fiquei curiosa para saber qual foi o livro.

      Bjs

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  3. Eu não sou muito fã de livros com temas religiosos. Quero muito ler o 1º livro dele lançado e só depois ver se vou querer ler este também ou não.

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  4. Olá, esse livro não me atraiu muito, talvez por ter uma pegada meio religiosa, não sei dizer!
    Mas acho que não é uma boa leitura para mim!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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  5. Gostei do livro por envolver uma parte histórica mas não sou muito fã de livros investigativos

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  6. Adoro o gênero, mas fiquei um pouco confusa com a história E difícil gostar de um livro que tem seus altos e baixos a todo instante, torna a leitura cansativa, sem rendimento e sem perspectiva.

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  7. Muito interessante o livro ser historico e policial, acho que ainda nao li nada assim. Apesar da narrativa ser irregular, fiquei com muita vontade de ler vou colocar na minha lista de desejados.

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  8. Por incrível que pareça esta trama me interessou. Por apresentar cunho histórico isso me encanta muito. Mesmo tendo essas variações,acho que vale a pena investir na leitura do livro.
    Beijos.

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    1. Beth, acho que vale a pena também. É preciso um pouco de paciência, não nego, mas acaba compensando ;)

      Bjs

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  9. Li "OS SETE CRIMES DE ROMA" com crimes bem descritos, mas enredo que se perdia um pouco. Pelo que vejo é uma cosntante do autor, mesmo assim gostei da escrita de PRÉVOST. Sua resenha aguçou a vontade de ler mais PRÉVOST.

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    1. Celso, segue o mesmo ritmo, sim. Tive a mesma sensação que você, mas achei que compensou a leitura dos dois.

      Abraços

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  10. Muito bom quando os autores tem domínio de algo e colocam isso no papel. Acho que essa parte histórica deve ter ficado muito interessante. Uma pena que o ritmo oscilou bastante. Pelo menos não é um livro ruim, pois as partes históricas e as dos assassinatos se mostraram ótimas.

    @_Dom_Dom

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  11. Acho que até já comentei aqui, mas não gosto muito desses livros focados na parte histórica da coisa. Até gosto de algumas descrições e detalhes, mas se é policial tem que focar na investigação, ou fica muito maçante.

    Beijos!

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