13 de agosto de 2014

RESENHA: O PERGAMINHO SAGRADO - Anton Gill (Ed. Record)



Oi, gente!

Hoje vou falar sobre um lançamento da RECORD que me deixou interessadíssima, mas que ao chegar ao final não senti que a leitura correspondeu ao que esperava: O PERGAMINHO SAGRADO do ANTON GILL.

O Pergaminho SagradoO PERGAMINHO SAGRADO
ANTON GILL
Editora: RECORD              
Ano: 2014                  
Nº págs: 504 
Gênero: Suspense, Suspense Histórico

SINOPSE: Quando um grupo de arqueólogos começa a investigar a tumba de Enrico Dandolo, o poderoso magistrado de Veneza e líder da sanguinária Quarta Cruzada, ninguém imagina as consequências catastróficas dessa pesquisa. O líder dos venezianos guardava muitos segredos e, antes de morrer, fez questão de dar instruções sobre como deveria ser sepultado, pois algumas informações precisavam ser enterradas com ele. Oitocentos anos mais tarde, após encontrar o túmulo de Dandolo, três arqueólogos são sequestrados e desaparecem sem deixar rastro. Tudo o que resta dentro da tumba é uma estranha chave com um antigo código inscrito. Assim, os agentes da Interpol Jack Marlow e Laura Graves são convocados para investigar o misterioso caso, e logo descobrem que Dandolo guardava a verdadeira história por trás dos Cavaleiros Templários. E que alguém quer evitar que seus segredos venham à tona. 

Todas as vezes que leio a sinopse desses livros, que costumo chamar de “A La Dan Brown”, fico doida para conferir o que o autor aprontou. Acho fascinante a mistura de religião, suspense e História da Arte. Geralmente, leio esse tipo de livro de uma vez, tão envolvente eles são e tantas questões interessantes levantam. Contudo, demorei quase uma semana para ler O PERGAMINHO SAGRADO, e no fim não encontrei muito do que esperava.

Até a página 100 a leitura fluiu que foi uma beleza! Tudo era extremamente interessante e o misto de assuntos que tanto gosto saltavam aos olhos e me deixavam a cada minuto mais e mais curiosa. Contudo, com o passar das páginas, a empolgação foi arrefecendo, isso porque a narrativa tornou-se de uma morosidade sem igual. GILL inseriu tantos e tantos detalhes que parecia que o mote principal ficava desaparecido, pois a história passou a ser maior do que precisava para ser interessante.

Outro ponto que me desagradou foram os personagens. Nenhum deles tem carisma suficiente para agarrar o leitor e nos impulsionar para leitura. Falta aquele magnetismo pessoal, brilho. Os personagens são mornos e enfadonhos. Alguns chegam a ser chatos, outros, pedantes, mas o pior de todos foi Jack, que além de não ter nenhum quesito que o torne um protagonista interessante, foi enganado várias e várias vezes, durante todo o livro, fazendo papel de tolo. E com isso chegamos ao último aspecto que me desagradou: a obviedade do caráter de alguns e a falta de senso do personagem Jack para reconhecer isso. Algumas (muitas) vezes fiquei em dúvida se o cara era um especialista de verdade, pois são várias as coisas que se passam debaixo de seu nariz e ele não viu!!! Desculpem, mas ainda sou do tipo que gosta de investigadores fodões, que percebem mais que os outros e sabem olhar além.

Mas nem tudo foi perdido em O PERGAMINHO SAGRADO. Duas coisas me fascinaram bastante. A primeira: a parte histórica/religiosa. Sempre gosto dessas partes e nesse ponto GILL conseguiu me conquistar. Adorei acompanhar a história de Dandolo e sua busca por poder, poder e mais poder. A segunda: o recorte temporal. Simplesmente AMO quando autores não contam suas obras de forma cronológica. Adoro quando vão falando de presente e passado de forma alternada, e GILL faz isso muito bem, nos inserindo em três momentos diversos da história e “picotando” eles para nos dar informações.

Como O PERGAMINHO SAGRADO teve seus altos e baixos, acabei por dar uma nota mediana. Acho que ANTON criou uma história fascinante, mas faltou grandes personagens para dar vida a ela e deixá-la de forma a dar água na boca.




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2 comentários:

  1. A sinopse e seus comentários sobre a parte histórica são bem empolgantes, Mari. Mas se os personagens não cativam é uma pena. Ótima resenha.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Oi Mari! Que pena que os personagens não agradaram, isso acaba estragando a história. Não importa o quão boa e interessante seja a história criada pelo autor, se os personagens são ruins, acaba estragando tudo. Fiquei curiosa por essa parte histórica e religiosa, principalmente porque também gosto muito quando misturam os tempos, mas acho que os personagens devem acabar estragando a história, uma pena. Adorei a resenha.

    Beijos,
    Adri
    http://stolenights.blogspot.com

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