Oi, gente!
Hoje vou falar sobre um dos lançamentos da BERTRAND BRASIL: O CONTO DO COVARDE, escrito pela VANESSA GEBBIE.
VANESSA GEBBIE
Editora: BERTRAND BRASIL
Nº págs: 378
Gênero: Drama
SINOPSE: O menino Laddy Merridew foi enviado para morar com a
avó em uma pequena comunidade do País de Gales. Lá, inicia uma improvável
amizade com Ianto Passchendaele Jenkins, o mendigo contador de histórias da
cidade que é guardião do legado da Gentil Clara, uma antiga mina da região que
explodiu há muitos anos e deixou marcas nas gerações futuras. Por meio das
histórias do amigo, Laddy é envolvido pelo passado da cidade e pelos enigmas do
presente. Os homens da cidade – assim como as mulheres que os geraram, as que
casaram com eles e as que lamentaram suas mortes – estão interligados pelos
ecos da tragédia da Gentil Clara e pela misteriosa figura de Ianto Jenkins,
cujas histórias de lealdade e traição, perda e amor, formam uma inesquecível e
fascinante colcha de retalhos.
Fiquei interessada por O CONTO DO
COVARDE pela promessa de ser um livro diferente. Sempre que vejo um
comentário desse tipo, fico doida para conferir o que vou encontrar e se
realmente será diferente ou o elogio serve apenas para alavancar vendas. O que
não é o caso de O CONTO DO COVARDE,
que é diferente, mesmo!
A primeira diferença que salta aos olhos é o estilo narrativo de GEBBIE. É com grande talento que ela
vai recortando sua história por diversos contos; contos que expõem os
personagens de uma cidadezinha, que nos mostra como o passado afetou o presente
desses moradores, como um acidente em uma mina deixou marcas em toda a
população. No meio dessas diversas histórias, contada pelo mendigo Ianto, está
uma narrativa maior: a amizade que cresce entre Ianto e Laddy, um garoto que
foi morar com a avó por conta de problemas pessoais dos pais.
Laddy é aquele típico garoto que ao aparecer já nos deixa de coração
apertado. Ele sofre por não entender tão bem o que está acontecendo com os
pais, sofre com as brincadeiras de mau gosto dos amigos na escola, sofre com o
cotidiano, que a ele parece ser tão duro. Suas alegrias estão em encontrar
Ianto e ouvir suas histórias. E que contador Ianto é! Ele consegue parar toda
uma cidade para se fazer ouvir. São histórias de professores, padeiros, ladrões...
Todos eles fazendo parte da cidade e tendo suas vidas expostas pelas palavras
de Ianto.
Ao iniciar a leitura, já senti um prazer imenso, mas foi ao dar sequência
nos contos, que são subdivididos de forma também diferente, que uma coisa
pareceu se apossar do meu coração. Foi impossível ficar indiferente as
histórias contadas pelo mendigo. Foi impossível não sentir a sensibilidade com
que elas foram contadas e a tristeza que emanavam. Já chorei em muitas
leituras, mas O CONTO DO COVARDE fez
as lágrimas caírem por algum motivo especial que é difícil de explicar. Teve
apenas um conto, o do filho de um ladrão, que não sucumbi em lágrimas, mas ele
me tirou um sorriso delicioso dos lábios, pois foi uma história maravilhosa de
acompanhar.
Se os contos já são maravilhosos, o enredo fica ainda mais ao nos
depararmos com a crescente amizade de Ianto e Laddy. Os dois são personagens
incríveis, desses que nos tocam e nos fazem refletir sobre a vida e o mundo.
O final foi extremamente triste e chorei de forma convulsiva, mas GEBBIE, apesar de ter judiado do meu
coração, escolheu a forma acertada para encerrar sua incrível história. Aliás,
da primeira a última página, VANESSA
teve uma sensibilidade ímpar ao escrever O
CONTO DO COVARDE, o tipo de livro que sabe tocar o leitor. Foi realmente
uma experiência diferente e singular. Mais que recomendo <3
Adoro contos e adoro coisas diferentes, este livro é o encaixe perfeito. Não o conhecia, mas pretendo ler logo.
ResponderExcluirUma dúvida: a autora é brasileira?
Beijos e palavras.
http://smaadelino.wodpress.com
Já tinha bastante interesse no livro, Mari. Mas seus comentários sobre o estilo da narrativa me deixaram super curiosa. Preciso ler. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Mari, ao ler a sinopse fiquei bastante confusa, não entendi muito bem sobre o que se passava. E não me interessei tanto. Mas tenho ouvido tantos elogios a respeito desse livro, e você parece ter gostado tanto, que me deixou um pouco curiosa. Se tiver a oportunidade, eu leio rs.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
http://stolenights.blogspot.com