Olá, pessoal.
Comecemos mais uma semana com thriller, dessa vez com resenha de um livro da editora TORDESILHAS: NO LIMITE, escrito pelo francês MARIN LEDUN.
MARIN LEDUN
Editora: TORDESILHAS
Ano: 2013
Gênero: Policial, Suspense
SINOPSE: No limite. Assim se sentem os pacientes de
CaroleMatthieu. Médica de uma grande empresa de telefonia, ela atende
funcionários esgotados pelo dia a dia opressor do trabalho. Como Vincent
Fournier, ex-figurão da companhia rebaixado a atendente de telemarketing.
Deprimido e à beira de um colapso mental, ele já tentara estrangular a chefe e
se suicidar. Vincent estava morrendo aos poucos, e Carole decide apressar as
coisas. Frustrada com a insensibilidade de seus superiores, ela desenvolve um
senso bastante peculiar de justiça e uma obsessão mortal por desmascarar o
sistema. Inspirado em um caso real e escrito com uma linguagem ágil e
inteligente, NO LIMITE é também uma crítica contundente ao ambiente de trabalho
moderno.
Fazia um tempão que estava doida para ler NO LIMITE. Como até hoje não li nada ruim da TORDESILHAS, estava pronta para dar 5 estrelas para mais um livro
da editora, que até agora não havia me decepcionado. Não que NO LIMITE tenha me decepcionado, longe
disso, mas não consegui achar ele tão interessante como os outros que a editora
já lançou.
O começo já me arrepiou, pois o autor se baseou em uma onda de
suicídios reais que aconteceram na França para escrever o livro. Sempre acho
fantástico quando pego um livro achando que é pura ficção e descubro que a
realidade está presente de forma muito mais forte que podia imaginar. Foi o
caso de NO LIMITE.
O começo da história me atraiu ao extremo, isso porque logo de cara temos
um personagem assassinado e nenhum segredo é feito quanto seu assassino, e aí
chamo a atenção de vocês para o talento de LEDUN,
pois é preciso MUITO talento para contar logo de cara quem é o assassino e
mesmo assim conseguir manter um enredo que desperta curiosidade e empolga, e MARIN consegue isso de forma excepcional.
Sua protagonista, a médica Carola, divide o leitor em muitas de suas
opiniões e atitudes, o que faz com que devoremos as páginas, pois ela é, sem
dúvida, uma personagem interessantíssima.
Duas coisas chamam atenção no livro. A primeira: os mortos que vão
aparecendo pelo caminho e as razões de seus assassinatos. Foi algo que me
deixou meio aturdida, pensando que o assassino estava ficando doidinho de
pedra, ainda mais por suas motivações e convicções. Outro ponto bastante
interessante são as fichas psiquiátricas dos muitos personagens. É onde podemos
ver que todos eles sofrem com algum transtorno.
Aí vocês devem estar se perguntando qual a razão de ter dado apenas 3
estrelas para NO LIMITE se até agora
fiz tantos elogios. O problema é que o livro retrata o pesadelo vivido por
funcionários de uma empresa de telecomunicação, empregados que são demitidos,
rebaixados, gerentes cruéis, prazos e metas impossíveis de serem alcançadas,
enfim, NO LIMITE retrata o
estressante cotidiano de uma empresa, e por várias e várias vezes tive a
sensação de estar lendo uma repetição, pois LEDUN já havia nos inserido nas tensões desse mundo, então tornava
sua história completamente instigante e interessante, e logo após voltava a
mesmice de fazer críticas ao sistema e expor fatos que já tinham sido
mencionados e até trabalhados anteriormente, e achei que isso ficou meio
exaustivo. Foi só por conta dessa repetição maçante que acabei por dar três
estrelas, mas isso não torna o tema abordado menos interessante nem a escrita
de LEDUN menos contagiante. Vale à
pena conferir.
Bom você ter avisado sobre essas repetições, Mari. Ainda quero ler devido aos seus comentários, e assim já vou preparada. Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Mari! Não fazia a menor ideia sobre o que era esse livro, e a sinopse não me ajudou muito, achei confusa. Mas depois de ler a resenha fiquei bem curiosa a respeito do livro, mesmo com o ponto negativo que você apresentou. Espero ter a oportunidade de ler o livro, mas provavelmente não vai ser tão cedo. Gostei bastante.
ResponderExcluirBeijos,
Adri
Stolen Nights