Oi, gente!
Hoje vou falar de
um Thriller (?) lançado pela GALERA
RECORD: O JOGO DA MORTE, da URSULA
PZNANSKI.
SINOPSE: Um misterioso jogo de computador se torna
sensação entre os alunos de uma escola londrina. Mas as regras são extremamente
rígidas. Cada pessoa tem apenas uma oportunidade e deve jogar sempre sozinha,
não comentando com ninguém. Quem viola essas instruções ou deixa de cumprir
suas missões é eliminado e não pode iniciar outro jogo. O mais estranho, no
entanto, é que as missões são realizadas não no mundo virtual, e sim no real.
Ficção e realidade se confundem de maneira intrigante neste thriller, best
seller na Alemanha.
Fala sério, vocês
acham que existe como uma apaixonada por livros de suspense como eu, não entrar
em desespero para ler O JOGO DA MORTE?
Entrei num frenesi tão grande por conta dessa incrível sinopse que perturbei a
Manu (da Galera) por dias para saber sobre o lançamento do livro. Ontem, toda
empolgada, fui ler, e... Que decepção!
A ideia do livro é
simplesmente fantástica e absurdamente criativa. Um jogo de computador que
atinge as pessoas no mundo real parece ser coisa de outro mundo, mas o começo e
o desenvolver da história são marcados pelo constante tédio.
No começo Nick, o
protagonista, fica tentando descobrir o que existe no tal DVD que o pessoal de
sua escola anda trocando. Ele está doido por uma cópia e quer desesperadamente
entrar no jogo. Já esse comecinho cansa. Nick é um protagonista sem sal, sem
charme algum, não é bem desenvolvido, é como se ele fosse só mais um aluno de
uma escola. A autora parece não conhecer os pronomes ELE e DELE, para se
referir ao garoto, pois temos “trocentos” parágrafos começando com NICK isso,
NICK aquilo, e, não bastando, o nome do personagem se repete mil vezes dentro
de cada parágrafo. A sensação é de ler um livro para crianças, em que a todo
tempo precisa-se evidenciar o protagonista ou a quem pertence à fala.
Mas, o ponto mais
desesperador do livro foi a descrição do jogo. Simplesmente não foi para mim.
ODEIO esses jogos de computador, então, ter dezenas de páginas contando como
eram os bonequinhos, mostrando que você poderia escolher o sexo, o povo, a
armadura, a roupa, os poderes, e descrevendo como era cada um desses itens,
causou-me extrema irritação. Tive a sensação de estar ao lado do meu namorado
quando ele joga Dota 2, Tíbia, ou qualquer um desses jogos de computadores. Não
suficiente a descrição de cada bonequinho, ficamos sabendo de todas as funções:
o botão que pula, sobe, escala, etc. E, se isso já não fosse suficiente, a
autora explora as telas do jogo: a floresta, o campo de batalha, a cidade
branca, a torre... OMG!
Queria tanto ler o
livro para ver ele entrar no contexto do suspense, mas isso parecia não
acontecer jamais. Claro que existem coisas interessantes sobre o jogo, como o
fato de ele conhecer a vida pessoal de cada um que lá adentra, de saber as
fraquezas desses jogadores e o que eles são capazes de fazer, mas essas partes
boas ficam relevadas a um segundo plano, já que URSULA pareceu preferir focar em como era o jogo (acho que ela deve
desenvolver jogos, porque as descrições eram demasiadas e com todos os
possíveis e impossíveis detalhes).
Quando o jogo
começa finalmente atingir o mundo real de forma mais “pesada” a sensação é de
“agora vai”, mas não, continua numa enrolação completa sobre o jogo. Apenas nas
últimas 100, 150 páginas é que vamos nos surpreendendo com o desenvolver do
enredo, que vamos descobrindo as razões de o jogo existir, o que aconteceu por
trás do desenvolvedor do EREBOS (nome do jogo), e qual era seu verdadeiro
plano.
Confesso que por
muitas vezes pensei em abandonar O JOGO
DA MORTE, mas queria muito saber como o jogo obtinha as informações
pessoais. Não fiquei totalmente convencida com as explicações, mas, ainda sim,
foi o que salvou o final do livro e que me fez ter a sensação de que no fim a
leitura valeu à pena. Mas, infelizmente, foi só isso, o fim. Num livro de 400 páginas, achar apenas 100
interessante é bastante triste.
Apesar de ter
gostado do final, tenho que avaliar o livro como um todo, e não posso deixar de
lado o tédio que a leitura me causou na maior parte, por isso, dei apenas 2
estrelas para o livro. Porém, faço uma ressalva: quem gosta de jogos de
computador, tenho certeza que vai AMAR O
JOGO DA MORTE. Se meu namorado tivesse lido, certeza que teria falado que o
livro era muito louco e que ele tinha adorado. Portanto, recomendo a leitura
para esse público. Quem, assim como eu, não é fã desses joguinhos, vai sentir que
as passagens são um tanto bobocas e desnecessárias, já que aparecem de forma
exagerada.
FICHA DO LIVRO
O JOGO DA MORTE
Ano: 2013
Nº págs: 404
Gênero: Thriller
Fiquei em dúvida sobre o livro rs...
ResponderExcluirMas acho que seria da sua opinião: talvez não me empolgasse tanto. Embora eu confesse que a sinopse é tentadora.
Beijos
Meu Meio Devaneio
Apesar de gostar de suspenses, eu já não leria porque não gosto muito de ver o mundo da computação envolvido em livros. Então...
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Sinceramente, me parece uma versão muito fraquinha do livro 'Jogador Nº 1'. Não sei se leria porque fiquei em dúvida com relação ao desenvolvimento da história, porém a parte dos jogos eu gosto bastante, já que sempre fiz parte do time dos gamers. rsrs Quem sabe um dia...
ResponderExcluirBeijos,
Isabelle | http://www.mundodoslivros.com/
Eu gostei muito do livro. Tecnicamente, ele despertou novamente meu gosto por rpg, o Erebos me lembra muito Perfect World e World of Warcraf... Eu não recomendaria esse livro para quem está procurando um SUSPENSE. E sim para quem gosta de jogos de pc.
ResponderExcluir