9 de julho de 2013

RESENHA: WILL& WILL: UM NOME, UM DESTINO - John Green & David Levithan (Galera Record)

Boa tarde, pessoal!

Ontem tivemos resenha do JOHN GREEN e hoje vou continuar falando dos livros do autor, mas dessa vez, vou falar de WILL & WILL: UM NOME, UM DESTINO, livro que ele escreveu em parceria com DAVID LEVITHAN e que a GALERA RECORD lançou. 


Will & Will 


SINOPSE: Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.





Meu interesse pelo livro surgiu pelo fato de ele ter sido escrito pelo GREEN. Sabe aquele autor que você lê um livro dele e depois tem necessidade de ler todos? Pois é, após ler A CULPA É DAS ESTRELAS, tive um “siricutico” para ler tudo que o autor já havia escrito. Quando soube que WILL & WILL seria lançado fiquei ainda mais curiosa sobre o autor, primeiro por se tratar de um romance gay, e segundo por ter sido escrito em parceria.

Antes de embarcar na aventura de WILL & WILL li várias e várias resenhas, muitas delas criticando o livro, falando que não acharam nada demais, que o final foi absurdo, etc. O fato é que achei o contrário dessas opiniões, ADOREI o livro, fiquei encantada pelos personagens e, para mim, merece, sim, 5 estrelas, e não é por que  é JOHN GREEN, e sim por que eu realmente AMEI.

No primeiro momento achei que o romance gay aconteceria entre os dois Wills. Acho que esse pode ter sido um dos motivos de ter amado tanto o livro, pois já no começo meus “achismos” caíram por terra. O livro é contado em primeira pessoa, ora por Will Grayson hetero, ora por Will Grayson gay. A princípio nenhum dos dois Wills me agradaram. Ambos pelo mesmo motivo: começaram a história como personagens demasiados depressivos. O primeiro por não ter muitos amigos, por se sentir excluído, por não ter grandes perspectivas de futuro e ter como amigo Tiny, um gay assumido. O segundo, pelas mesmas razões do primeiro, mas não bastando, o rapaz também era amargo, ranzinza, etc, e não tinha nenhum amigo gay a seu lado, apenas Maura, uma gótica tão amarga quanto ele.

Com essa antipatia pelos personagens principais, entreguei-me aos secundários, que me fizeram rir a beça e me encantaram ao extremo. Tiny é o amigo gay dos sonhos. Ele personifica o gay como imaginamos, um cara feliz, engraçado, cheio de ideias, que não se importa com a fofoca alheia, que é seguro de si, etc. AMEI cada pedacinho do personagem, até seus surtos de paixonites agudas e extremas que duram poucos minutos. Tiny me cativou e fez com que o livro tivesse um significado maior para mim. Não bastando tudo isso, é ele quem produz, escreve e dirige um musical que se passa na narrativa. Adorei o musical e a partir de quando se começou a falar dele, não consegui ler WILL & WILL sem imaginar um filme acontecendo.

Jane foi outra personagem que brilhou. O Will hetero é apaixonado por ela, nós percebemos rapidamente, mas o garoto demora a perceber, isso porque no início do livro ele é um personagem bobo e azedinho, e a única coisa que me fez gostar dele foi seu amor e falta de preconceito pelo amigo, Tiny. O bom é que durante a narrativa o personagem vai crescendo e amadurecendo, e adoro livros assim, em que o personagem vai aprendendo e mudando suas atitudes e perspectivas, e claro que houve um ponto em que esse Will hetero, que eu havia desgostado anteriormente, caiu em minhas graças.

O mesmo ocorreu com o Will gay. Sua amargura inicial me irritou profundamente. Não por que eu ache que todos os gays devam ser felizes, alegres, sorridentes e saltitantes como Tiny, mas ele era um personagem tão depressivo no início que me pareceu só mais um adolescente comum, desses que estão aparecendo em todos os livros. Concordo que ele tinha alguns motivos para se sentir triste, como o abandono que ele e a mãe sofreram pelo pai, mas tristeza é uma coisa, amargura é outra, e muitas vezes o personagem era cruel com a mãe sem razão, apenas por ser amargo. Mas assim como aconteceu com o outro Will, este começa a mudar sua postura diante da vida por conta de algumas situações que vai vivenciando, e claro que ao final os dois Wills também haviam ganhado meu coração.

A única personagem que não me agradou foi Maura. Amiga do Will gay. Ela aprontou uma coisa para ele que foi IMPERDOÁVEL. E juro que senti vontade de pular dentro do livro para estapear ela. Foi nesse momento que senti uma ligação com Will e parei de desgostar do garoto.

Como as narrativas vão acontecendo paralelamente, houve um momento em que cheguei a pensar que o livro contaria, até o fim, a história dessa forma, e que os dois Wills não iriam nunca se encontrar (não, eu não tinha lido a sinopse). Mas, é quando a vida dos dois WILLS se cruzam, que os personagens começam a mudar, e passamos a ver o amadurecimento que citei ali em cima.


Fiquei encantada por WILL & WILL. Adorei ser conquistada por personagens que havia odiado a princípio, senti uma emoção muito forte durante a apresentação do musical de Tiny, e o final me agradou imensamente. ADOREI, ADOREI, ADOREI. JOHN GREEN e DAVID LEVITHAN, foram fantásticos na criação desse enredo. Eu mais que recomendo!


FICHA DO LIVRO

WILL & WILL: UM NOME, UM DESTINO
JOHN GREEN & DAVID LEVITHAN
Editora: GALERA               
Ano: 2013
Nº págs: 352
Gênero: Rromance


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4 comentários:

  1. A sinopse de Will & Will me deixou meio sem saber o que eu poderia esperar do livro. Agora, pela sua resenha, vejo que ele tem muito a me proporcionar. Procurarei com certeza! :D

    Abraço!1
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  2. Adorei o jeito que voce escreve. Voce daria uma ótima escritora se é que ja nao é.
    Essa foi a melhor resenha que eu li desse livro!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Amei a resenha, concordo com tudo o que disse, exceto na parte de desgostar dos personagens rs Quer dizer, rolou uma raiva, sim, dava vontade de estapear os dois Will's de vez em quando, mas no fim, os dois me encantaram e me fizeram rir demais. A história é simplesmente cativante. John Green arrasa.

    http://garotarobo.blogspot.com.br/

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