Boa tarde, gente!
Prometi que esta semana não teríamos resenha policial e estou cumprindo J Hoje vou falar um autor que eu ADORO: CARLOS RUIZ ZAFÓN. Não é segredo para
quem acompanha o blog que após ler A
SOMBRA DO VENTO me apaixonei por sua escrita, se tornando esse o meu livro
favorito do autor. Desde então, venho lendo tudo o que a SUMA DE LETRAS lança dele, e esse mês recebi seu mais novo livro: O PALÁCIO DA MEIA-NOITE, que veio a se
tornar meu mais novo queridinho e meu segundo preferido do ZAFÓN.
SINOPSE: Ben e Sheere são irmãos gêmeos cujos caminhos se separaram logo após o
nascimento: ele passou a infância num orfanato, enquanto ela seguiu uma vida
errante junto à avó, Aryami Bosé. Os dois se reencontram quando estão prestes a
completar 16 anos. Junto com o grupo Chowbar Society, formado por Ben e outros
seis órfãos e que se reúnem no Palácio da Meia-Noite, Ben e Sheere embarcam
numa arriscada investigação para solucionar o mistério de sua trágica história.
Uma idosa lhes fala do passado: um terrível acidente numa estação ferroviária,
um pássaro de fogo e a maldição que ameaça destruí-los. Os meninos acabam
chegando até as ruínas da velha estação ferroviária de Jheeter’s Gate, onde
enfrentam o temível pássaro. Cada um deles será marcado pela maior aventura de
sua vida. Publicado originalmente em 1994, O Palácio da Meia-Noite – segundo
romance do fenômeno espanhol Carlos Ruiz Zafón – traz uma narrativa repleta de
fantasia e mistério sobre coragem e amizade.
Antes de qualquer coisa, quero dizer que conheci ZAFÓN por sua literatura adulta, e que esse já é o terceiro livro
do autor que leio direcionado ao público juvenil. Quando O PRÍNCIPE DA NÉVOA foi lançado, falou-se muito em sua continuação, O PALÁCIO DA MEIA-NOITE, e foi
pensando em encontrar uma sequência que mergulhei em uma história fascinante e
cheia de mistérios, porém, que NÃO se conecta com O PRÍNCIPE DA NÉVOA. Portanto, para quem não leu o primeiro livro,
não se importe, ele não fará diferença para poder saborear O PALÁCIO DA MEIA-NOITE.
Agora vou falar tudo que achei do livro. Quero começar pelos personagens:
adorei a forma como ZAFÓN colocou um
grupo de sete adolescentes para desenvolver sua história, e fico fascinada em
como ele consegue desenvolver de forma gloriosa sua narrativa e todos os
personagens que fazem parte dela, sem usar centenas e centenas de páginas.
Claro que muito da personalidade e passado das personagens poderiam ter sido
mais explorados no livro, mas o que ZAFÓN
nos apresenta é exatamente o que é necessário para que nos apaixonemos de
imediato por seu enredo e por todos os personagens que permeiam essa história.
Outra coisa que sempre adoro no autor é a forma como ele expõe os fatos
sobrenaturais de forma que me convencem que são possíveis de acontecer. É
aquela coisa de você estar lendo uma fantasia, saber que as coisas não existem,
que aquelas coisas relatadas não acontecem, mas ao mesmo tempo ficar com uma
pontinha de dúvida se realmente não há chance de essas coisas acontecerem, ao
mesmo tempo nos arrepiando e nos deliciando com os fatos. E sim, tenho a
imaginação fértil e opto, sempre, por acreditar que o impossível pode
acontecer.
Mas, o que mais gosto na narrativa de ZAFÓN,
o que me faz ficar alucinada por ele, é o tom SEMPRE dramático que ele insere
em seus livros. Meu Deus!, como eu amo o fato de ele fazer isso. O sobrenatural
não está lá por estar, não está lá para causar medo, pavor ou assombro, ele
está lá porque tem um motivo, uma razão de existir, porque é carregado de emoção,
sentimento e tristeza. O sobrenatural está lá para nos fazer refletir acerca do
ser humano, de seu caráter, seu passado. E não digo isso apenas por O PALÁCIO DA MEIA-NOITE, ZAFÓN consegue encontrar esse ponto
certo de sobrenatural e drama em todos os seus livros, tudo que ele escreve é
carregado de sentimento, e conseguimos sentir isso saltando das páginas dos
livros. A gente sente o que o personagem sente, como ele sente, e parece que
sentimos até o que o autor sentiu na hora de escrever. (é muito sentimento, rs)
Meu maior desejo é que ZAFÓN se
torne um desses autores para ser lembrado, lido, admirado e adorado pelo passar
dos anos, pois ele é digno de figurar entre as maiores autoridades da
literatura mundial. Espero que um dia
meus tataranetos tenham a chance de ler as magníficas palavras desse homem e
que saibam apreciar cada linha de sua perfeita escrita.
FICHA DO LIVRO
Nº págs: 272
Gênero: Juvenil, Fantasia, Drama, Sobrenatural
Tenho muito interesse em ler os livros de Zafón, você não imagina o quanto! Ainda não os li porque eles são consideravelmente caros :/ Parabéns pela resenha!
ResponderExcluirAbraços!
http://musicaselivros.blogspot.com.br/
Tentei ganhar esse livro na cortesia do Skoob, mas não rolou. O que é uma pena pois agora fiquei com ainda mais vontade de lê-lo. :/
ResponderExcluirAbraço!
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