Boa tarde, pessoal.
Hoje vou postar mais uma resenha de meu gênero preferido:
suspense/policial. Acho que vocês estão acostumados a me verem enlouquecida com
a quantidade de livros policiais que a Editora
RECORD lança, e hoje não vai ser diferente, vou falar de mais um lançamento
da editora: A CAIXA DA MALDADE,
livro de estréia do MARTIN LANGFIELD.
SINOPSE: Sete dias separam o Ocidente da destruição
completa. Um artefato baseado nos experimentos de Isaac Newton está programado
para explodir... em Nova York. O objetivo da operação: purgar a civilização
judaico-cristã dos pecados e preparar o mundo para uma nova ordem. Agora,
apenas Robert Reckliss pode desarmar essa caixa da maldade. Ele deve encontrar
as sete chaves escondidas no coração da Big Apple. Cada uma é um dígito a mais
na combinação capaz de parar essa loucura. Em uma desesperada corrida contra o
tempo e sob o olhar constante de um sinistro vigilante, ele conta apenas com a
ajuda da misteriosa médium Terri Será o suficiente?
Adoro quando leio um suspense policial e corro aqui para escrever que
recomendo a todos, que todo mundo deveria ler, que é excelente, etc. Porém, não
vou poder dizer isso de A CAIXA DA
MALDADE, não que o livro não seja excelente, pois ele o é, o problema é que
ele foge um pouco do que a maioria dos aficionados por esse tipo de leitura
estão acostumados.
Como fã do gênero, habituei-me a ler histórias que passam em uma
velocidade incrível, livros impossíveis de largar, e que me fazem virar a
madrugada toda em sua companhia, pois são tantas revelações, pistas e
reviravoltas, que dá até remorso de fechar o livro para ir dormir. Contudo, A CAIXA DA MALDADE pede uma leitura
mais lenta, mais atenta e menos desesperada.
Geralmente, leio os livros policiais que recebo em uma noite, não
importando o número de páginas e nem que durma apenas 4 horas, mas A CAIXA DA MALDADE tomou-me três dias.
Apesar dessa leitura lenta, senti uma completa e imensa satisfação com a finalização,
mas não recomendo o livro para aqueles que gostam de um desenvolvimento mais
rápido e leitura mais fluida.
A trama é excelente e adorei todas as informações que o livro abordou
sobre Isaac Newton. Acho extraordinário quando autores nos passam ensinamentos
que ficaram pela metade na escola, e LANGFIELD
fez isso muitíssimo bem. A história que ele criou, o enredo cheio ciência,
a expectativa que ele foi criando em mim, tudo foi fantástico!
Os personagens são riquíssimos em suas personalidades e segredos. Cada um
tem uma “mancha” no passado que vai se desenvolvendo aos poucos e vai servindo
para tecer uma teia de descobertas impressionantes.
O final foi bastante digno e quase tudo me agradou, digo quase tudo porque
não gostei de uma única coisa que aconteceu ao final, mas claro que não vou
revelar o que foi.
Mas, como nem tudo foram flores na leitura de A CAIXA DA MALDADE, preciso apontar os pontos negativos que
encontrei na narrativa. Geralmente, ADORO quando os autores vão mesclando seus
capítulos com presente e passado. ADORO o joguete de fazer com que o leitor
descubra e desvende mistérios, que vá lendo sobre o presente e falando “arrá!,
isso aconteceu porque houve tal coisa no passado”, contudo, essa forma de narrativa
no livro não me agradou. A realidade é que me senti demasiada curiosa pela
história que ocorreu em Cambridge nos anos 80, e desgostosa com a avalanche de
informações da história que se passava no presente. Quando foi misturando
informações sobre ataques terroristas e o 11 de setembro, senti que a leitura
me frustraria, mas o passado que o enredo trazia era tão interessante que era
impossível abandonar o livro.
Outro ponto que não me conquistou, foram os enigmas. Meus Deus!, foram
muitos, e bastante complicados. Não é o tipo de leitura que podemos ir
adivinhando junto com o personagem ou pensando e entendendo como ele, as pistas
são elaboradas demais, e por isso, me entreguei à leitura sem nenhum senso
crítico ou investigativo, afinal, meus dotes de descobrir suspeitos e situações
foram completamente abafados, o “safado” do LANGFIELD nem me deu chance de colocar as células cinzentas para
pensar.
Agora que terminei o livro, e sei o que esperar de cada parte, de cada
revelação, do sobrenatural que envolve a história e tudo o mais, tenho vontade
de lê-lo novamente, porém, não na ordem como se encontra, em sim em ordem
cronológica de acontecimentos. Minha vontade é de ficar virando e revirando as
páginas até ler todos os fatos na ordem correta em que ocorreram. Sinto que
dessa forma eu teria muito mais prazer com a leitura, pois como eu disse lá em
cima, apesar de a escrita ser completamente diferente ao que os fãs do gênero
estão habituados, o livro é excelente e MARTIN
LANGFIELD foi inteligentíssimo e elaborou uma história formidável.
Portanto, leiam sem pressa para poderem saborear do jeito que a obra
merece.
FICHA DO LIVRO
MARTIN LANGFIELD
Editora: RECORD
Ano: 2013
Nº págs: 446
Gênero: Policial, Suspense
Eu também não gosto de livros mais lentos. É cansativo demais! Parece que você leu um capítulo inteiro em apenas duas páginas.
ResponderExcluirXxxx
Gostei do enredo. Mas me parece mais com ficção-científica do que policial, como a série Fringe. Embora tenha um "que" de Alias, Que por sinal, são duas séries que amo. Vou procurar. ;)
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Com a resenha eu tive uma impressão que a ideia é bastante parecida com a temática de Dan Brown.
ResponderExcluir"Corra, pessoa inteligente, desvende os enigmas criados por um maluco ou todo mundo morre!"
Até o nome do cara: Robert!
Mas me diga, foi só impressão?
Caramelo de Limão
Jess, foi só impressão, rs.
ExcluirQuando li a sinopse me interessei por pensar em algo estilo Dan Brown também, mas é completamente diferente.
E quanto ao Robert, mera coincidência, eles não se parecem em nada (amém)
Bjsss