Bom dia, pessoal!
Preciso começar o post de hoje fazendo uma pergunta: Vocês já quiseram
muito ler um livro, e quando finalmente terminaram sentiram a maior decepção?
Se a resposta de vocês for sim, creio que compreenderão o que vou falar sobre CUCO da JULIA CROCH (Ed. NOVO
CONCEITO).
Antes de tudo preciso dizer que CUCO
conquistou meu coração com sua sinopse e os sombrios dizeres na capa. Meu Deus!
Eu imaginava uma grandiosa história, com uma amiga-inimiga, uma protagonista
surpreendente e um final arrebatador. Mas não encontrei nada disso. A
protagonista é extremamente rasa e enfadonha, assim como seu marido; a
amiga-inimiga completamente amalucada, amarga e idiota; e a única coisa que
salvou na história foram as crianças, capazes de formar diálogos muito mais
inteligentes, concretos e verossímeis que os adultos.
A premissa principal do livro é a chegada de Polly, com seus dois filhos,
a casa de Rose e o marido. Polly havia ficado viúva, e sua amiga Rose, a chamou
para passar um tempo com sua família. Com o tempo a amiga vai se mostrando
amarga, invejando o que Rose conseguiu na vida e tentando ocupar o seu lugar...
Bem, era para ser isso, mas Polly é uma viciada, que vive trancada em uma casa
de hospedes tentando compor e deixando os filhos de lado. Ela não tem nenhuma
preocupação com as crianças e ainda por cima vive dando foras e tiradas em
Rose, que é uma sonsa e permite que a amiga faça isso por achar que ela está
sofrendo a grande perda do marido. Mas Rose conhece Polly o suficiente para
saber que não é isso, mas mesmo assim não reage!
Ela sabe que a mulher foi a culpada por ter deixado drogas perto de sua
bebê e continua a protegendo, mesmo sabendo
que a criança pode ter sequelas para o resto da vida. Imaginamos que quando o
marido começa a se afastar de Rose, dormindo todos os dias no estúdio, e se
aproximar de Polly, Rose irá reagir, mas não! Ela continua num marasmo ridículo
e jamais confronta com o marido. Jamais tem um diálogo com ele ou diz as coisas
as claras. Ela fica se martirizando com situações que não sabem se existem e
faz idiotices infantis para ver se descobre os dois, como colocar laxantes no
café que ele toma na madrugada enquanto está no estúdio. Mesmo com situações
claras, ela não confronta ninguém. O máximo que faz é estragar algumas
coisinhas do marido, que junto com Polly pensam em internar a esposa por
acharem que ela está louca. ¬¬
Foi a parte que eu achei mais ridícula! Mesmo sabendo do plano dos dois,
ela não os enfrenta, não cobra satisfações, pelo contrário, deixa que eles a
acusem de estar errada. É muito marasmo para uma pessoa só.
O final até que me agradou um pouco, mas não posso dizer que compensou a
história, pois seria um tremendo exagero. Ele apenas camufla um enredo ruim,
com personagens sem atitudes, de um livro que é menos que mediano.
FICHA DO LIVRO
JULIA CROUCH
Editora: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Nº págs: 460
Gênero: Suspense
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