25 de abril de 2011

SEGUNDAS L&PM: HISTÓRIAS DE FANTASMAS

Prontos para mais uma segunda L&PM?

Após reler UM CONTO DE NATAL para postar a resenha no blog, fiquei muito interessada em ler outras obras do Dickens. Como esse primeiro me colocou no clima dos fantasmas, escolhi para hoje HISTÓRIAS DE FANTASMAS, um modo de conhecer mais do autor, mas falando do mesmo assunto.

 O livro é composto por treze contos. Treze contos de fantasmas. No entanto, Dickens não é um Poe ou um Lovecraft, seus contos de fantasmas não são assustadores ou causam medo, o que nos causam é uma tremenda tensão psicológica.
  
O que eu mais gosto em Dickens é que seus contos (quase sempre) costumam ser uma “embalagem” para mostrar uma moral (como nos contos de fadas) ou fazer uma crítica à época que o autor viveu, fazendo com que percebamos o quão genial ele é.

O SINALEIRO é o primeiro conto do livro, e creio que não haveria modo melhor de começá-lo. Um conto que desperta a curiosidade e que dá o perfeito impulso para continuarmos a ler os demais contos. Esse conto faz parte da seleção de MELHORES CONTOS DO SÉCULO XIX.

MANUSCRITO DE UM LOUCO conta sobre um casal unido em matrimônio pelo interesse na família da noiva no dinheiro do esposo. Percebendo que fora vítima de um golpe o noivo resolve vingar-se, mas a loucura bate à porta de sua casa. Foi o conto que mais gostei, e o que mais me deixou ansiosa para saber o final.

A HISTÓRIA DOS DUENDES QUE SEQUESTRARAM UM COVEIRO fala sobre esses pequenos seres que sequestraram um coveiro para lhe dar uma lição. Em alguns aspectos esse conto me lembrou muito UM CONTO DE NATAL, pois o coveiro é um sujeito mal-humorado, e não suporta ver as pessoas festejando o natal, o que me fez lembrar muito de Scrooge.

 

UMA CRIANÇA SONHOU COM UMA ESTRELA é uma narrativa um tanto diferente das demais, é uma história triste e cativante que quase nos faz chorar.

 

Esses são apenas alguns dos contos do livro. Como disse anteriormente, apesar de falar sobre aparições fantasmagóricas, a intenção de Dickens não é assustar, e sim levar o leitor a reflexão acerca das atitudes e pensamentos de suas personagens. Soma-se a isso o modo de narrar de Dickens, que em momento algum procura dar um tom sombrio aos contos, pelo contrário, muitos são contados com humor e ironia.

 

A cada conto fui descobrindo uma nova faceta do autor e entendendo a razão de tanta gente ser apaixonada por Dickens. Acabo de me apaixonar também e mal posso esperar para ler outras obras dele. Esses dois livros de Dickens, editados pela L&PM, merecem ser lidos e guardados na estante por toda a vida.  



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