24 de março de 2015

RESENHA: UM LUGAR CHAMADO LIBERDADE - Ken Follett



Olá, pessoal!

E vamos para mais uma resenha da ARQUEIRO nesse mês que tivemos muitas resenhas da editora nas terças e sextas. Agora vou falar do brilhante UM LUGAR CHAMADO LIBERDADE do KEN FOLLETT.

Um Lugar Chamado LiberdadeUM LUGAR CHAMADO LIBERDADE
KEN FOLLETT
Editora: ARQUEIRO              
Ano: 2014
Nº págs: 400
Gênero: Drama, Romance

SINOPSE: Escócia, 1766. Condenado à miséria e à escravidão nas brutais minas de carvão, Mack McAsh inveja os homens livres, mas nunca teve esperança de ser como eles. Até que um dia ele recebe a carta de um advogado londrino que lhe revela a ilegalidade da escravidão dos mineiros e um novo horizonte se abre aos seus olhos. Porém, para realizar seu sonho, Mack precisará enfrentar todo tipo de opressão das autoridades que não estão acostumadas a serem questionadas. Já na idealizada Londres, ele reencontra uma amiga de infância, Lizzie Hallim, agora casada com Jay Jamisson, membro da família que tanto o atormentara na Escócia. Lizzie não se conforma em viver submetida aos caprichos dos homens e constantemente escandaliza a sociedade com seu comportamento e suas ideias não convencionais. Quando Mack é acusado injustamente de um crime, ela quebra protocolos e sai em sua defesa, mas o amigo é deportado para a América. Mack logo descobre que se trata de uma mera mudança de continente, não de ares sociais, pois a colônia também vive momentos de tensão: se na Inglaterra os trabalhadores não desejam mais ser explorados pela elite, ali os colonos preparam o caminho que os levará à independência do jugo inglês.

Quando divulguei esse lançamento do FOLLETT no face, um leitor veio me dizer que era um livro maravilhoso, fez diversos elogios e disse que eu deveria ler. Confesso que em momento algum pensei em solicitar esse livro, mas, pedido de leitor é ordem, e resolvi que deveria conhecer a escrita do tão aclamado KEN FOLLETT. Resultado: Não precisei ler nem 10 páginas para descobrir que eu já amo esse homem *____*

Em UM LUGAR CHAMADO LIBERDADE temos romance? Sim! E como temos! Lizz é a personagem feminina dessa trama que nos envolve com suas “artes.” Linda e geniosa, ela faz a cabeça dos homens revirar e sempre consegue arrancar deles o que quer. Ela é a típica mocinha desses livros: romântica, a frente de seu tempo e que tem um despertar para as injustiças dos endinheirados e passa a ver as situações pelo lado dos mais fracos e oprimidos. Foi justamente por essa evolução que passei a amar a personagem. A princípio ela foi meio tosquinha, mas depois se tornou uma grande mulher. Adoro personagens que vão crescendo no enredo e se transformando em pessoas mais justas e humanas. Nesse ponto, posso dizer que a mulherada que gosta de romance de época vai se derreter, pois FOLLETT explora muitíssimo bem o amor e o sexo através da personagem. Gostei muito das cenas sexuais que o autor criou, pois elas foram apropriadas e convenientes. Odeio cenas de sexo sem propósito, e FOLLETT não me decepcionou uma única vez fazendo isso. Pelo contrário, a tensão sexual que ele faz pairar por muitas das páginas é deliciosa de acompanhar *_*

Mas nem só de romance e sexo vive UM LUGAR CHAMADO LIBERDADE. Longe disso! No enredo vemos um embate familiar entre os Jamissons. O primogênito e o mais novo brigam por terras, cavalos e mulheres. O que iniciou como uma guerrinha tola entre irmãos, foi crescendo de forma a ganhar uma amplitude na trama que muitas vezes me chocou, tamanha atrocidade que cada um dos irmãos era capaz de cometer em nome daquilo que queriam. O mais interessante é que no início da trama FOLLETT fez parecer que o irmão mais novo era bonzinho, mas com o desenrolar percebemos que não salva um único membro dessa família, nem o pai, que é o mais ganancioso e pior deles, nem a mãe morta do primogênito, que esconde segredos assombrosos, mas que me fez rir ao descobri-los, pois estava cansada de ver o viúvo falando dela como santa; nem a mãe do mais novo, que confesso: apesar de não ser do bem, foi uma das personagens que mais me agradou por seu lado prático, audácia em enfrentar o marido e inteligência para enrolá-lo e conseguir o que queria.

No meio dessa guerra familiar existe Mack, um dos rapazes que trabalha na mina da família Jamisson e que é escravizado por eles. É na figura de Mack que encontramos a maior busca e a maior luta pela liberdade. Mack descobre que não precisa ser um escravo, e daí começa uma guerra particular e aberta com os Jamissons, que vão caçá-lo até outro país. Esse rapaz é uma das figuras mais incríveis do romance, pois ele luta por si mesmo, por seus companheiros, por seus ideais e por suas convicções. É impressionante a forma como ele sempre consegue se meter em encrenca por lutar pelo que acredita. Por causa disso, torci de forma vertiginosa a cada aparição sua. Era só o nome de Mack aparecer em uma frase que meu coração se enchia de esperança. Para mim, ele é o tipo de mocinho ideal desse tipo de trama: galente, mas que não vive só de amor, politiqueiro, e sempre disposto a enfrentar quem quer que seja, nem que isso o crucifique.

Um ponto na leitura que preciso compartilhar aqui com vocês foi quando FOLLETT descreveu uma cena de sexo de Mack e falou sobre camisinha. O livro se inícia em 1766, e, para mim, isso havia sido um erro, mas ao pesquisar sobre a camisinha na internet, fiquei extremamente surpresa ao ver que ela havia surgido muito antes disso. Adoro livros em que os autores colocam em xeque nossos conhecimentos e nos fazem parar a leitura para fazer  pesquisa. Ao final também fiz outra pesquisa, pois o autor cita, mesmo que brevemente, o presidente George Washington, e achei INCRÍVEL esse ganchinho que ele pegou. 

Aliás, achei tudo incrível. Do começo ao fim fui seduzida pela narrativa do FOLLETT e fiquei cada vez mais maravilhada como seu enredo foi se tornando denso e complexo. Agradeço ao leitor que me indicou o livro e já me sinto preparadíssima para mais KEN FOLLET. Quais vocês recomendam?


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11 comentários:

  1. Nossa to louca pra ler os livros dele...ja tenho 4 mas nao li nenhum...são muito grandes hahaha e tenho outros na fila...

    Tenho Os Pilares da Terra, Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Eternidade Por um Fio...

    Fico feliz de você ter gostado dele, assim sei que provavelmente vou gostar dos que tenho me esperando..

    bjos

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  2. É, Ken Follett é fera! Esse livro já está na minha mira, vou começa-lo assim que concluir o terceiro livro da trilogia do século, que é monumental! Além do prazer da leitura, já me considero um expert em história do século 20...

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  3. Ainda não li Ken Follett apesar de querer muito ler Os Pilares da Terra por causa da minissérie britânica e sua resenha só aumenta minha vontade de conhecer esse escritor. Adoro romances históricos ainda mais quando não é focado em contar a historia de um casal mas tem outras tramas, intrigas e você percebe que teve bastante pesquisa do autor para retratar a época.

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    Respostas
    1. Rafa, estou tão arrependida. Em uma dessas promoções loucas nas Americanas vi a série por R$ 16,90 e não comprei :( Queria muito assistir

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  4. Confesso que, apesar de todos os elogios que já ouvi com relação a escrita do autor, ainda não consegui me interessar completamente pelas sinopses de nenhum dos livros. Talvez por não me identificar com o gênero, talvez por apenas nunca ter tido contato com as obras do autor, o fato é que ainda não me interessei por nenhum dos livros.

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  5. Estou lendo nesse momento Pilares da Terra e a história é muito boa e bem descrita. Personagens que você torce o tempo todo, além de boas reviravoltas.

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  6. Nunca li nada desse autor, mas tenho muita vontade em ler Os Pilares da Terra. A escrita dele parece ser ótima e fiquei ainda mais curiosa para ler algo dele depois dessa sua resenha. Amo romances históricos, então acho que adorarei a leitura.
    Beijos!

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  7. Olá, ainda não tinha lido nada desse autor, não conhecia o livro nem de vista. Gostei bastante da resenha, você foi bem detalhista e me deixou com vontade de conhecer o autor!!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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  8. Olá, ainda não tinha lido nada desse autor, não conhecia o livro nem de vista. Gostei bastante da resenha, você foi bem detalhista e me deixou com vontade de conhecer o autor!!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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