RESENHA: O SEGREDO DE ELLA & MICHA - Jessica Sorensen (Geração Editorial)

Bom dia, pessoal.

Hoje vou falar sobre um livro que causou grande auê na blogosfera, mas que não me cativou de forma alguma: O SEGREDO DE ELLA & MICHA, da JESSICA SORENSEN lançado pela GERAÇÃO EDITORIAL.

O SEGREDO DE ELLA & MICHA

JESSICA SORENSEN

Editora: GERAÇÃO EDITORIAL                                 

Ano: 2013                  

Nº págs: 264

Gênero: New Adult

SINOPSE: Este livro que você vai ler agora arrancou suspiros de uma legião de leitores americanos, entusiasmados com a escrita provocante de Jéssica Sorensen. O segredo de Ella e Micha trata do romance entre dois jovens, mas não é só isso. Os protagonistas vão tecendo, em primeira pessoa, uma trama complexa e ao mesmo tempo simples, que envolve temas delicados como dramas familiares, traumas psicológicos, medo do futuro e da morte, com naturalidade e sinceridade. Eis o que torna o livro tão comovente: sua realidade. Em qualquer lugar do mundo, cada jovem têm um pouco destes dois heróis paradoxalmente frágeis com seus traumas, mas fortes para enfrentar a dura realidade da existência e superar seus conflitos mais difíceis. Respire fundo, prepare-se para acompanhar uma história de amor com pitadas generosas de sensualidade e adrenalina.

Quando se falou do lançamento de O SEGREDO DE ELLA & MICHA, vi um burburinho enorme no twitter. Muita gente comentando sobre o livro, a autora e o enredo. A princípio, havia torcido o nariz para o livro, primeiro por que é uma série, e estabeleci como meta não começar novas séries em 2014, e segundo por que é New Adult, gênero que passo longe e que não consigo gostar de forma alguma. Contudo, os elogios foram tantos que resolvi arriscar.

Não vou poder falar muito sobre o livro, pois abandonei a leitura. Sim, não deu, gente, esse negócio de New Adult não é para mim, tudo me irrita. Confesso que o início pareceu bastante promissor, mas depois “brochei”. Acho um EXAGERO essa coisa de uma menina com 18, 19 anos ter tantos segredos, esconder tantas coisas, ter uma personalidade tão diferente e blá blá blá. Acho forçadinho #prontofalei. Tenho a sensação que os autores querem colocar meninas de 18, 19 anos aparentando ter experiência de vida de mulheres de 30, 35 anos, mas se comportando como se tivessem 15, 16.

Os diálogos desses New Adults me estressam completamente! São rasos, melosos e grudentos, e por mais cheio de “nhé nhé nhé” que sejam, ainda assim, para mim, parecem superficiais. Não consigo ler um NA e acreditar nesse amor louco, intenso, insano, puro e verdadeiro que as personagens tentam fazer o leitor acreditar.

Como já disse outras vezes, e repito agora, essa sublimação do amor adolescente me irrita. É como se o mundo desses personagens girassem em torno do relacionamento. Nada mais importa, nada mais conta.

Ok, alguns de vocês vão dizer que eu não gosto desse tipo de livro porque prefiro policiais, sim, mas também leio romances melosos, amo SPARKS com todo meu coração, acho seus livros belos e a criação de seus personagens perfeita, na medida certa para cada idade. O que me incomoda nos NAs é o tamanho da carga emocional das personagens, como disse acima: meninas-mulheres de 18, 19 anos tentando me convencer que têm experiências de mulheres de 30.

Todas as vezes que peguei um NA para ler, só consegui pensar: “por favor, um pouco de realidade!” Acredito que se tivéssemos um ou outro livro que abordasse esses assuntos dessa forma melosa, até daria para engolir, mas existe uma avalanche do gênero, todos com a mesma fórmula e parecendo completamente iguais!

E os apelidos? Para mim, a pior parte desse gênero são os apelidos: amor, meu bem, querido, vida, ok, são apelidos carinhosos normais, mas nos NAs é um exagero extremo, apelidos que variam de beija-flor (como em Belo ‘ARGH’ Desastre) à mocinha linda, como em O SEGREDO DE ELLA & MICHA. É bonitinho, é fofo, mas por que raios em todas as páginas Micha têm que chamar Ella assim? Não li nem até a página 100 e perdi as contas de quantas vezes vi escrito ‘mocinha linda’.

Bom, gente, é isso. Essa foi minha última tentativa com o gênero New Adult. Não gosto e pronto. Não gosto dessa sublimação do amor, não gosto de como os autores fazem parecer que aos 18, 19 anos você encontrou o amor da sua vida, sua alma-gêmea, que o relacionamento tem que ser eterno, mesmo que seja destrutivo. Para mim, essa lenga-lenga é absurda. Acredito que adolescentes têm que viver suas experiências, diversas delas, mas sem focar sua vida em um relacionamento amoroso. As decepções devem existir, pois isso nos faz crescer como pessoa e um dia agradecer pela experiência, por mais dolorosa que seja quando acontece, um dia passa e com certeza algum aprendizado fica.

Para mim, New Adult, tem muito drama para minha praticidade e bom senso. 

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