27 de janeiro de 2014

RESENHA: O ÚLTIMO HOMEM BOM - A.J. Kazinski (Ed. Tordesilhas)



Oi, gente!

Vou começar a semana falando do gênero que mais gosto: suspense policial. Recebi de parceria com a editora TORDESILHAS o livro O ÚLTIMO HOMEM BOM, da dupla A.J. KAZINSKI (sim, A. e J. são abreviaturas de dois autores).

O Último Homem BomO ÚLTIMO HOMEM BOM
A.J. KAZINSKI
Editora: TORDESILHAS                                  
Ano: 2013                  
Nº págs: 480
Gênero: Suspense, Policial

SINOPSE: Em Pequim, um monge cai morto em sua cela. Uma marca terrível e desconhecida cobre-lhe as costas. Em Mumbai, um economista adorado por ajudar os pobres morre de forma repentina. Seu cadáver ostenta a mesma marca. Ao redor do mundo, há relatos de mortes semelhantes – e todas as vítimas eram humanitários. Em Veneza, um policial dedicado lança pela Interpol um alerta para a polícia das principais capitais do mundo: encontrem as pessoas boas do seu país e digam-lhes o que está acontecendo. Em Copenhague, onde estava para ser realizada a Conferência Mundial sobre o Clima, a tarefa é entregue ao detetive Niels Bentzon. Treinado para enxergar o pior da humanidade, a princípio ele não é bem-sucedido em sua busca. Quando já estava quase desistindo, conhece Hannah Lund, uma cientista brilhante que o ajuda a juntar as peças do quebra-cabeça: segundo as escrituras judaicas, a cada geração existem na terra 36 pessoas boas, ou “justas”. Sua função é protege-los, e sem elas a humanidade pereceria. Trinta e quatro estavam mortas e era preciso encontrar as outras duas.

Ao ler a sinopse fui imediatamente atraída pelo livro. Adoro esses suspenses que envolvem caçada, descobrimentos fantásticos, ciência, e principalmente, religião. Sabendo que O ÚLTIMO HOMEM BOM teria todas essas características, sabia que iria adorá-lo, e foi exatamente isso que aconteceu.

O enredo é fabuloso. Achei incrível a ideia de os autores buscarem como núcleo principal da trama a história sobre os 36 homens justos, melhor ainda trabalhar em cima do assassinato desses homens e criar uma história muito rica e convincente em cima das razões das mortes deles.

Mesmo tendo um enredo fabuloso, cheio de reviravoltas, com muita explicação científica e pitadas de religião, o que mais chama atenção em O ÚLTIMO HOMEM BOM são os protagonistas: Tommaso, investigador italiano, que é quem começa a estranhar as mortes dos justos, e Niels, o investigador dinamarquês, o único que dá credibilidade à investigação de Tommaso. É muito prazeroso acompanhar a dinâmica desses dois investigadores que além de estarem em pontos distintos do globo, não falam nenhuma língua em comum e morrem de medo de viajar.

A história demora um pouco para alavancar, pois primeiro é mostrado as descobertas de Tommaso e a falta de credibilidade que ele sofre. O investigador italiano acredita que a morte de pessoas ao redor do globo, sempre com uma marca nas costas, tem algum significado e estão interligadas, e enquanto ganha a dúvida de todos de seu departamento, é apenas Niels, depois de passar por algumas situações estranhas, que acredita no colega e resolve fazer uma investigação mais a fundo. Para isso, ele conta com Hannah, uma personagem brilhante e inteligentíssima que nos deixa embasbacados com seu conhecimento.

Nessa corrida contra o tempo para evitar a morte dos dois últimos homens justos, os personagens vão se deparando com os mais diversos assuntos: de mitos a verdades, de religião à ciência, mas, o que mais chamou minha atenção foi quando o tema do terrorismo foi abordado.

Quem acompanha o blog já deve ter lido algumas resenhas em que falo que odeio livros que abordam o terrorismo e o mundo Árabe. Detesto os nomes complicados, as mil “facções” existentes e as confusas explicações. Quando O ÚLTIMO HOMEM BOM caminhou para essa esfera fiquei arrepiada, estava gostando tanto do livro e ao ver o assunto do terrorismo vindo à tona estava pronta para abandonar a leitura, contudo, fui totalmente surpreendida pela dupla de autores. Poucos nomes complicados foram citados e as explicações foram bastante detalhadas e completamente compreensíveis, o quê me fez imaginar se acabo por não gostar dos livros americanos que abordam o assunto por achá-los com explicações demasiadas complicadas, enquanto que os dinamarqueses fizeram tudo para simplificar e deixar tudo bastante acessível. Isso foi uma das coisas que mais me surpreendeu, mesmo tratando de terrorismo e de alguns aspectos do mundo Árabe, O ÚLTIMO HOMEM BOM continuou sendo um livro excelente e que em momento algum me fez sentir vontade de parar a leitura. Pelo contrário, os autores dosaram isso de uma forma tão magnífica que a cada página só me sentia mais e mais instigada.

Como disse, o livro aborda diversos assuntos, mas achei que no final, quando os autores abordam o tema da experiência de quase morte, se perderam um pouco. Não que o assunto não tenha sido bem trabalhado, pois tudo no livro é maravilhosamente bem explanado, mas simplesmente achei um pouco forçado.

Achei também que poderia haver uma maior profundidade ao falar das relações familiares e amorosas dos investigadores, fala-se bastante sobre isso, mas senti que ficou faltando mais, contudo, como um outro livro da dupla vem aí, creio que teremos mais explicações sobre essas relações.


O ÚLTIMO HOMEM BOM é um livro fantástico, que me fascinou ao extremo por ter misturado um tema que detesto e mesmo assim conseguir fazer com que eu amasse o enredo e cada mínimo detalhe que foi apresentado. Adorei, adorei, adorei! Leiam para ontem! 



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3 comentários:

  1. A sinopse me deixou com uma pequena saudade de Touch, já que a série também abordava a questão dos 36 justos. Mas resenha me deixou super curiosa pelo livro.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Gabis, nunca ouvi falar nessa série. Fiquei curiosa, vou pesquisar

      :*

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  2. li no ano passado, 2013- confesso que a principio, como estava com outros livros para ler, fui deixando o último homem bom, prá depois. qdo. finalmente, resolvi começar a leitura, não mais consegui parar. a trama e a maneira de escrever, vão te envolvendo de tal forma, que vc. quer chegar ao término, para ver desvendado o mistério. e ai vem a tristeza, de saber que o livro está no fim....os bons livros tem esse dom, de aprisionar o leitor. foi um dos melhores livros que li em 2013.

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